– Nina
Ele era tão lindo. Desde a ponta dos seus pés aos seus loiros cabelos, agora despenteados. Não conseguia parar-me a mim mesma. Tinha que o observar, – era uma necessidade. Era algo a que me tinha habituado a fazer. Precisava de ter uma vista perfeita dos seus olhos azuis que mais pareciam dois cristais com o reflexo do mar. Não conseguia descrever a sua perfeita estrutura. Ele era um perfeito ser humano. Mesmo com os seus pequenos defeitos, assim o considerava. Todas as imperfeições dele pareciam perfeitas, para mim.
Observava-o, com uma mão pousada sobre o seu peito, que subia e descia conforme a sua respiração lenta. Tinha deixado a minha marca nele. Pequenas manchas vermelhas estavam sobre o seu tronco, pescoço, e ombros. Eu estava a contemplá-lo, a examiná-lo a dormir, no seu estado pacífico, mas mesmo assim, um pouco tenso. Os seus lábios estavam um pouco entreabertos, dando-me uma visão dos seus brancos e direitos dentes. Lembrei-me logo do seu sorriso. Como aquele simples gesto conseguia logo captar de mim uma imensa felicidade.
Considerava-me feliz. Felicidade nadava em mim e Luke era a causa dela. E estava-lhe tão, mas tão grata.
Passei a minha mão pela sua bochecha e acariciei a mesma com o meu polegar, recebendo um som de satisfação vindo dele. Manti-me calada, apenas a apreciar a sua presença. A apreciar o facto de que, eu, Nina Stevens, estava deitada ao lado de Luke Hemmings, o meu ex-tutor de matemática e agora namorado, a ouvir o bater dos nossos corações e o som do oxigénio a sair e a entrar dos nossos pulmões.
Era estranho, num bom sentido. A palavra namorado. Nós éramos um casal. Inacreditável, mas incrivelmente bom.
Eu sorri. Sorri por tudo o que tinha acontecido na minha vida. Sorri por Luke, sorri pela minha felicidade, pela dele. Sorri pelo momento que tinha decorrido a noite passada. Sorri pela lembrança dos seus lábios presos aos meus e sorri pelo facto de as nossas mãos ainda estarem entrelaçadas e as nossas peles pressionadas. Sorri por mim. Sorri por ele. Sorri por nós.
Enrolei a manta que nos cobria em volta do meu corpo e não me atrevi a olhar para baixo, uma vez que Luke estava completamente nu ao meu lado. Ele soltou um som de desconforto e eu gargalhei baixinho, deitando-me por cima dele, sentindo assim tudo o que pertencia ao seu corpo. Não me importava de ficar assim o dia todo.
"Estás a esmagar-me" – ouvi a voz matinal de Luke, um pouco mais profunda. Ri-me mais uma vez antes de responder.
"Estás a chamar-me gorda?" – fingi-me ofendida, afastando-me e colocando a mão no peito coberto pela manta. Luke abanou de imediato a sua cabeça e elevou o seu tronco. A sua essência estava na manta e este era um dos melhores cheiros que iria alguma vez cheirar.
"Porque estás tapada com isso?" – apontou para a manta – "Vi-te completamente nua ontem" – deu um meio sorrisinho e senti as minhas bochechas a arder.
"É lindo, o teu corpo" – murmurou com uma voz cansada – "E é lindo ver-nos assim, dois corpos nus..." – agarrou na manta, pousando-a sobre o colchão – "Pressionados um contra o outro" – puxou-me para o seu colo e eu engoli em seco, fitando os seus pálidos olhos.
"És linda, no total, Nina" – sussurrou, pousando um beijo sobre o meu ombro, e depois sobre o meu pescoço. Senti a necessidade de fechar os olhos e inclinar a cabeça para trás, dando-lhe mais acesso à minha pele descoberta. Ele desviou os meus cabelos acastanhados do caminho e pressionou de novo os seus lábios contra o meu pescoço, deixando pequenos mas longos beijos no mesmo e dando-me uma sensação de puro conforto e bem-estar.
Entreguei-me a Luke, mais uma vez, deixei-o fazer o que ele queria comigo. Até que, passados alguns segundos, a sensação que tinha no pescoço desapareceu. Ia abrir os olhos para protestar, mas encontrei-me a apreciar ainda mais os seus lábios perto do meu peito.
"L-Luke" – disse baixinho. Não me cansava de o ter assim, por perto. Eu amava-o.
"Shhh" – silenciou-me. Desceu os seus beijos para perto dos meus seios descobertos, e, segundos depois, senti a sua língua perto do meu mamilo, o que me fez soltar um grunhido de satisfação. As minhas mãos foram de imediato até aos seus cabelos loiros despenteados, puxando-os levemente. Luke soltou um baixo gemido contra a minha pele e encontrei-me a gostar demasiado desta nova sensação.
Quando se afastou, olhou-me durante breves segundos nos olhos, com pura adoração. Adoração. Esbocei um pequeno sorriso e envolvi-o nos meus braços, abraçando-o como se não houvesse amanhã. Nada interessava neste momento. Apenas nós.
O que sabíamos sobre amor? Éramos apenas adolescentes; tínhamos dezenas de anos para viver. Mas este sentimento não era algo normal, vulgar. Tanto nos podia fazer sentir imensamente bem como nos arruinar.
As nossas ações eram feitas com amor, com carinho. Cada pequeno gesto simbolizava o nosso amor; e apercebi-me de algo.
No filme Peter Pan falavam sobre uma tal Terra do Nunca. Onde os sonhos das crianças podiam tornar-se realidade...?
Luke era a minha Terra do Nunca. Ele podia até ser o meu sonho mas... Felizmente, era real.
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Treehouse ➤ Luke Hemmings [Completed]
Fanfic☪ ☪ ☪ ❝ Eram um pouco diferentes. Dançavam na rua, perto do lugar onde tudo estava a decorrer. Contudo, conseguiam ouvir a música perfeitamente. A grande mão de Luke descansava sobre a anca da rapariga perante si, enquanto que a outra era...