– Nina
Costumam dizer que todas as flores são bonitas. Ninguém as julga por terem determinada altura, cor, peso. Ninguém as julga por serem demasiado altas ou baixas, por serem demasiado azuis ou vermelhas, por serem demasiado macias ou ásperas. Todas as flores são bonitas à sua maneira. E era isso mesmo que deveríamos de pensar de nós próprios. Não devia existir nenhum ideal de peso, beleza, altura, pois somos todos imperfeitamente perfeitos da maneira que somos.
Encontrava-me agora a caminhar pela casa, sem saber o que fazer. Estava completamente aborrecida e não tinha ouvido falar de Luke há dois dias. Uma parte de mim tinha medo que ele me estivesse a evitar, mas continuava a repetir para mim mesma que o rapaz de olhos azuis não o faria.
"Summer has come and passed, the innocent can never last, wake me up when September ends--" – o meu telemóvel despertou de um silêncio. Senti-me curiosa num ápice. Quem é que me estaria a ligar?
Rapidamente corri em direcção à mesa que estava no centro da sala, – quase caí devido à excitação. Assim que peguei no telemóvel, li o nome escrito no ecrã. Luke. Atendi num rápido movimento, com medo que ele desligasse.
"Estou?" – falei, num tom demasiado excitado.
"Olá Nina" – ouvi a sua voz, mas algo estava diferente. Parecia cansado.
"Está tudo bem?" – inquiri, preocupada.
"Não" – Luke foi directo ao assunto – "Estou doente" – tossiu um pouco – "Podes vir cá a casa? Se não poderes, tudo bem, mas... És minha amiga e os amigos devem cuidar uns dos outros não é?" – ele fez uma breve pausa, vendo que eu não estava a responder – "Oh, esquece, foi uma ideia parva"
"Eu vou, Luke" – sorri para mim mesma, soltando um baixo riso.
"Podes fazer-me uma sopa quente?" – pediu, num sussurro.
"Sim, eu faço-te uma sopinha, Lukey" – revirei os olhos, rindo – "Estarei aí em dez minutos"
"A porta está destrancada e não está cá ninguém" – ele disse – "Obrigado, Nina"
"Não agradeças, Luke" – declarei, desligando depois a chamada.
Guardei o telemóvel no bolso e respirei fundo três vezes, antes de me dirigir à porta de entrada. Coloquei os meus cabelos castanhos claros num rabo de cavalo e abri a porta, não me esquecendo de a fechar assim que saí de casa. Parte de mim sentia-se feliz pelo facto de Luke me ter ligado a pedir pela minha ajuda. Ele era simplesmente imprevisível. Eu gostava quando ele o era. Assim, como um livro cheio de surpresas.
Soube que tinha chegado à casa dele quando ouvi um alto espirro. Ri-me mentalmente e decidi entrar dentro deste grande espaço à minha frente, inspecionando depois cada canto do mesmo. O loiro rapaz pareceu ter notado na minha presença, pois tentou esforçar-se ao gritar a frase "és tu, Nina?".
"Não, Luke, é a tua esposa" – eu respondi, à medida que subia as escadas, com o objectivo de encontrar o seu quarto.
"Mas eu não tenho esposa" – ele declarou, num tom confuso, o que me fez rir e abanar ligeiramente a cabeça.
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Treehouse ➤ Luke Hemmings [Completed]
Fanfiction☪ ☪ ☪ ❝ Eram um pouco diferentes. Dançavam na rua, perto do lugar onde tudo estava a decorrer. Contudo, conseguiam ouvir a música perfeitamente. A grande mão de Luke descansava sobre a anca da rapariga perante si, enquanto que a outra era...