Durante uma semana Miguel e eu vivemos felizes, era como se a vida tivesse reiniciado e estivéssemos começando do zero: eu não me lembrava da Miranda, da vingança ou de qualquer outro problema. A única coisa da qual Miguel e eu falávamos, além de nós, era a busca por uma forma de unir a Karla e o Manoel. Mas infelizmente, um dia tivemos que dar adeus ao paraíso e voltar para o lugar ao qual pertencíamos.
— Vai ser uma pena largar esse mar lindo e votar pra realidade._ Falei, sentada na areia de uma praia quase deserta, enquanto Miguel fazia massagem no meu ombro_ Ou melhor, pros problemas.
— Nem me lembre, não tô engolindo o fato de a Miranda não ter invadido o casamento pra atrapalhar.
— A gente não avisou pra ela.
— Mas ela não é burra e é claro que sabia de tudo.
— Faz sentido. Ela tá armando alguma coisa e é isso que me preocupa. Minha irmã sempre mostra o que tá sentindo, o que tá planejando, mas dessa vez não tá demonstrando nada.
— Nós temos que ficar atentos.
— Principalmente porque vamos ter que ficar morando lá em casa por enquanto.
— É verdade, espero que tudo esteja pronto em breve.
— Esperamos.
— E por falar em "em breve", acho que já devemos voltar pro hotel, tomar banho e ir pro aeroporto.
— Não podemos ficar aqui?— Falei com cara de tristeza, me esticando na areia.
— Eu queria que pudéssemos, mas vamos fazer o seguinte: uma vez por ano nós vamos voltar pra cá. O que acha?
— Acho uma ideia maravilhosa!— Eu o beijei.
— Então tá prometido! Vamos fazer isso todos os anos no nosso aniversário de casamento.
— Agora vamos entrar pela última vez... Esse ano... Nesse mar?
— Mas é claro que sim!
Ele me pegou no colo e fomos até o mar, onde ficamos por algum tempo antes de voltarmos para o hotel e acabarmos de arrumar tudo. Corremos para o aeroporto e pegamos o voo que nos levou novamente para a nossa cidade de sempre.
...
Chegando em casa, fomos bem recebidos por minha mãe e Manoel, já Karla chegou junto conosco. Ela parecia ter passado mais tempo na nossa casa do que na dos tios, e aquilo me parecia um bom sinal.
...
— Senhor Fernando, fico feliz que tenha me recebido.— A voz de mulher ecoou pela grande biblioteca da fazenda dos Fernandes.
— Diga logo o que quer,não tenho tempo pra falar com uma empregada, ainda mais fora da época de colheita e no estado que você está.
— Não queria falar com o senhor, mas com o seu filho. Acho que os empregados se confundiram, eu posso voltar outra hora.
— Quem pensa que é pra entrar na minha casa procurando o meu filho? Ainda mais com um bebê na barriga. O que é? Veio falar que é dele e dar o golpe da barriga?
— Não me insulte, eu sou pobre mas honrada, nunca me prestaria a vir aqui dar um golpe em alguém como seu filho.
— Não pense em insistir falando que esse bebê é dele. O Felipe é meu filho, é como eu, e acho que já percebeu que, mesmo com muitos boatos, nenhuma mulher conseguiu me fazer assumir nenhum filho além dos que eu tive com a minha esposa.
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Apesar Da Vingança
RomanceCONCLUÍDO "Porque apesar da vingança, eu me apaixonei pelo filho do homem que destruiu meus sonhos." Olá. Me chamo Maria. Nessa história, vou lhe contar como meu mundo perfeito desmoronou, me transformando em uma mulher fria e vingativa. Depois de m...