Ela se afastou dele e ficou em silêncio. Sem poder ver e sem poder tatear, ele contava com o olfato e com a audição. Escutava a música instrumental oriental ao fundo e um barulho que lembrava metal sobre porcelana.
- Você não vai me matar, né?
- Só se você quiser, quer?
Ele riu, um riso meio nervoso, meio de brincadeira. Ele sentiu que ela se aproximava. Logo sentiu os bicos dela na sua boca, ele os mamou por alguns segundos, já que ela logo se afastou de novo.
- Vejamos se gosta! – sussurrou ela no ouvido dele, mordiscando o lóbulo direito e passando sobre seus lábios o que parecia ser mel de laranjeira. Ele passou a língua sobre os lábios molhando-os e sentindo o gosto melado. Sentiu a língua dela pincelando o lábio dele. Mexeu o pescoço para beijá-la, mas ela não permitiu.
Em poucos segundos, sentiu um dedo dela roçando seus lábios, o dedo parecia estar embebido em álcool, talvez uísque, talvez outro destilado. O dedo circundou seus lábios e depois entrou na boca.
- Mama ele, mama – pediu ela, alisando o pau com os dedos da outra mão.
Chupando, sinto que é o dedo médio, lambo-o, sugo, chupo, mamo. Ela o deixa ali na minha boca sem nada falar, apenas alisando meu peito, minhas coxas, o saco com a ponta das unhas. Retira o dedo. Lambo o beiço.
Você se aproxima de novo e coloca dois dedos melados de mel sobre meus lábios inferiores e os pincela, depois contornando até os superiores. Minha língua lambe o açúcar até que sinto dois dedos mais melados entrando na minha boca.
- Como você está com fome, vai mamar dois.
Mamo os dois dedos, seco-os, até que ela os retira. Beija minha boca, sinto a língua dela voraz querendo minha boca, minha língua, minha saliva, meu gosto. Suas mãos vão até a parte de trás da cadeira e desatam o nó. Antes que eu possa usar os braços para abraçá-la, ela põe as duas mãos sobre meu peito e diz:
- Não! Quero que deite – ela estende a mão e me conduz em dois passos até um canto do quarto.
- Cuidado, não é degrau, é o colchão no chão, é para você deitar – meu pé sente o lençol e o colchão.
Me ajoelho e me ajeito, me deitando. Ela deixa seus seios perto da minha boca, os chupo por alguns segundos até que ela se afasta. Ela pega meus braços e os deixa sobre minha cabeça. Sinto ela os envolvendo atando os a alguma coisa. Fico assim com os braços presos com meus cotovelos como se formassem os dois ângulos da base de um triângulo.
- Vamos fazer agora diferente, tá?
- Diferente? Que você vai aprontar?
- Nada que ele não goste pouco! – disse alisando a cabeça do pau, babado.
- Mas...
- Ajoelhou, tem de rezar!
Mesmo sem entender a matemática que ela quer, obedeço. Meus joelhos se erguem. Ela afasta uma perna da outra, como se eu fosse dar à luz uma criança. Sinto-a passando um laço no meu tornozelo esquerdo, depois no direito. Dessa forma consigo mexer ainda os pés, erguer os joelhos, mas não muito.
- Mas que é isso?
- Você não acha que vai entrar na minha, no meu quarto, no meu mundo e fazer do seu jeito, né? Vou te fazer meu – quando ela conclui a frase, sinto um arrepio por todo o meu corpo.
- Aiiii – sinto gelo na cabeça do meu pau e no saco.
- Só está começando!
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A máscara
General FictionEle tinha 41 anos, era empresário bem-sucedido, divorciado, parecia viver para o trabalho. Era o primeiro a chegar, o último a apagar as luzes. Ele parecia perfeito demais. Devia ter um segredo a esconder. Todos usavam máscaras. Talvez naquele bar e...