- Vamos? – ele perguntou quando entraram no carro dele.
Ela sorriu da pergunta, beijou a boca dele e mordiscou os lábios. Aproveitou para mudar o enfoque.
- Aos 22 anos, não tenho casa própria, moro com duas meninas, mas tenho TOC de motel, não acho que eles limpam direito. Melhor na sua casa, não?
Ele ficou pensativo por alguns segundos, tempo suficiente para ela se aproximar dele e tocar com a mão sobre a calça dele e sentir o pau duro. Beijou a boca dele de novo. Ele ligou o carro. Não respondeu para onde iam, mas ela estava confiante de que o tinha direcionado para onde ela queria e onde ele se sentiria mais confortável, tão seguro que seria presa ainda mais fácil.
Deixou a mão repousando sobre a coxa direita dele, enquanto ele dirigia pelas ruas, de vez em quando a mão se aproximava do pau para provocá-lo, o que fazia com que se remexesse no banco. Quando paravam no sinal, ele procurava a boca dela. Tentou uma vez alisar as coxas dela sobre a calça jeans que ela usava, mas ela afastou a mão dele.
- Meu corpo, minhas regras.
O tom que a frase tinha sido dita tinha feito ele parar de tentar. Em alguns minutos o carro parou de frente a um portão verde escuro em uma rua arborizada com algumas casas comerciais, residenciais e três grandes prédios. Ele pegou um controle na frente da caixa de câmbio do carro e apertou o botão azul. A porta da garagem se abriu e, quando o carro parou na vaga, se fechou. Era uma casa térrea com um jardim e uma fonte de água na frente. Desligou o carro e a beijou. Um beijo longo, intenso, molhado. Ele tentou de novo alisar as coxas dela, tocar na frente da calça ou apalpar os seios. Ela não permitiu. Na terceira tentativa, encarou-o com os dois olhos castanhos claros e com o dedo indicador no queixo dele disse:
- Odeio repetição. Meu corpo, minhas regras. Hoje vai ser diferente. Não quero que me toque. Acostume-se.
Havia autoridade na voz dela e havia algo de misterioso. Por que ela dizia aquilo? Ela queria uma noite diferente? O que seria diferente? Para um amante de livros policiais como ele, aquilo só aumentava o tesão.
Beijou a boca dele e levou a mão esquerda ao centro da calça dele, apalpando o pau e sentindo sua rigidez. Ele estava bem excitado.
- A gente não tem mais idade pra ficar se pegando no carro, né?
Ele riu. Ela abriu a porta do seu lado e saiu. Ele pegou a pasta no banco traseiro, fechou o carro, acendeu a luz pela tomada ao lado da fechadura e abriu com chave a porta da sala.
Era uma sala sem muitos móveis, com uma grande televisão presa à parede, um balcão quadrado e uma adega envidraçada. Ela beijou-o na boca e passou a mão sobre a calça dele. Sentiu o pau duro.
- Tá com tesão?
- Muito!
- Vai ficar ainda mais. Põe uma música e tira a roupa pra eu ver esse pau duro!
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A máscara
Fiksi UmumEle tinha 41 anos, era empresário bem-sucedido, divorciado, parecia viver para o trabalho. Era o primeiro a chegar, o último a apagar as luzes. Ele parecia perfeito demais. Devia ter um segredo a esconder. Todos usavam máscaras. Talvez naquele bar e...