A estreia

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***

Eram oito da noite quando ele estacionou o carro na frente do apartamento dela. Mandou uma mensagem dizendo que a esperava. Ela respondeu com um emoticon. Desligou o carro. Colocou em uma rádio qualquer. Não conseguia escutar nada. Estava preocupado, tenso, temeroso, excitado. Iria ser exposto a um grupo de pessoas que nunca tinha visto, nem conhecido. Temia que aquilo fosse parar nas redes sociais, que sua empresa fosse colocada em risco, que tivesse de mudar de país diante do escândalo, mas, estranhamente, ele parecia pensar com a cabeça de baixo. Ela tinha se impregnado nele. O prazer que sentia em se submeter a ela era cada vez mais intenso, como se fosse uma droga a que ele só teria acesso se fosse buscar nas mãos dela.

Ela abriu a porta e entrou. Deu um rápido beijo sobre em seus lábios.

- Vamos?

- Para onde?

- Segue o waze pelo meu celular, tá?

- Tá.

- Você está como eu pedi?

- Sim.

- Ótimo, vai ser uma estreia triunfal! Hahahaha

Ele nada respondeu. Um frio perpassou a coluna, as mãos pinicaram, o pau ficou duro sob a calça jeans.

- Vai, vamos!

Ele dirigiu se orientando pelo mapa do waze, sem saber ao certo qual destino.

- Você imagina para onde vai?

- Não, nenhuma ideia.

- Imagina quem vai encontrar?

- Pelo que você falou, dons, dommes, subs. Um clube...

- Bem diferente de ficar pelado no clube ou no vestiário da academia

- Sim, nunca fiz nada disso.

- Mas não se preocupe com a privacidade: ninguém entrar com celular, fotos não são permitidas. É como um "De olhos bem fechados", um clube privado em que não se busca o escândalo, mas o prazer.

- Não sabia que existiam de verdade lugares assim.

- Existem. Todos temos nossas fantasias, perversões, desejos. Basta encontrar as pessoas que têm gostos similares. Esse lugar vai ser sua estreia de fato. Nunca fiz isso, nunca expus um submisso ao olhar de outros. Você não tem ideia de como estou – ela disse isso abrindo o zíper da calça jeans que vestia e enfiando dois dedos sob ela. Retirou-os e ofereceu pra ele chupar.

- Sente como você me deixa, sente como estou molhada, pingando, como me dá tesão ter você.

Ele lambeu e secou os dois dedos dela, experimentando o tesão da dona. O pau ficou ainda mais duro. Ela viu e apertou o pau duro sobre a calça.

Alguns minutos e vias depois, chegaram a uma rua em que se destacava uma grande casa com um muro alto. Estacionaram o carro. Havia alguns outros veículos parados ao redor. Ela pressionou uma senha no teclado do interruptor que fazia as vezes de porteiro eletrônico. Entraram.

Logo na porta havia uma moça que os olhou.

- Tudo bem?

- Tudo ótimo.

- Veio acompanhada?

- Meu cachorrinho veio estrear nesse mundo. Hahaha

O riso das duas fez com que ele se sentisse ainda mais frágil. Não conseguiu encarar a moça, nem sua dona. Teve vontade de sair correndo dali. Mas não o fez. Ficou postado encarando o chão, com o rosto em brasa.

- Celulares terão de ser colocados ali naqueles armários. Só trancar com chave, tá?

Ele seguiram e guardarem os celulares em um dos 20 lockers que ficavam à vista. Deram mais alguns passos e chegaram ao salão principal da mansão. Havia algumas mesas redondas, um grande balcão em que ficavam bebidas e uma espécie de palco em que algumas luzes se destacavam no teto. Havia algumas pessoas sentadas nas mesas, mas ele não conseguia levantar os olhos e vê-las. Ela ofereceu uma cadeira para ele e sentaram-se.

- Vai até o bar e pega um vinho para mim. Você quer algo?

- Água.

- Vá, as bebidas ficam no balcão.

Ele se levantou e não olhou para os lados. O rosto ardia. Ele sabia que o pedido dela não fora aleatório. Era uma demonstração de quem controlava e quem obedecia. Quem estava nas mesas ao lado tinha certeza de que ele era o submisso. Foi até o balcão e encontrou uma garrafa de vinho tinto já aberta. Pegou uma das taças dispostas e despejou o tinto. Pegou um copo de água e foi andando.

Seu coração teve um sobressalto quando notou que havia mais uma pessoa na mesa. Colocou o vinho dela sobra mesa.

- Obrigada, meu cachorrinho.

O rosto dele ardeu ao ouvir ela se referindo a ele na presença de um estranho.

- Diga Oi para o senhor Asgard.

Ele engoliu a seco, mas as palavras vieram.

- Oi.

- Oi o quê?

- Oi, senhor Asgard.

- Oi...Cachorrinho? – ele riu - Devo chamá-lo como?

- Cachorrinho está ótimo - eles riram.

- Veio para a cerimônia?

- Sim, sempre quis fazer isso e encontrei o submisso perfeito, né, cachorrinho?

Ele engoliu a seco e encarou seus tênis. O rosto ardia. Ele tremia.

- Então podem ir para os quartos. Aqui vai começar em uns quinze minutos, tem vocês e mais um outro.

Ela se levantou e pegou a bolsa.

- Vem, cachorrinho. Está chegando a hora.

Deixaram o salão principal e foram percorrendo um corredor fracamente iluminado. Uma porta à direita estava aberta. Eles entraram. Era um quarto com uma casal de casal, uma televisão e um guarda roupa. Ela colocou sua bolsa sobre a cama. Tirou dela a coleira e a guia que usavam.

- Tira a roupa, cachorrinho.

Ele encarou o chão. Tirou os tênis e as meias. Tirou a camisa social que vestia. Começou a retirar o cinto de couro. Depois abriu o botão da calça jeans e derrubou-a. Estava com a mesma cueca que tinha usado na sessão com a Lena e a dona. A cueca que na frente era um V e atrás era um fio dental. A frente dela já estava babada e a ponta do pau já escapava ao término do tecido que grudava na cintura.

- Ajoelha, meu puto, minha puta.

Ajoelhou-se na frente dela. Sentiu ela ajustando a coleira ao redor do pescoço e escutou o clique da guia sendo presa.

- Fica de quatro, cachorrinho.

Ele se postou como ela ordenou.

- Deixa o plug bem lubrificado pro teu cuzinho.

Ela pôs o plug na boca dele. Ele chupou. Lambeu. Molhou. Depois de alguns instantes, tirou da boca dele. Afastou o fio que roçava o cu dele e começou a pincelar ao redor do cu dele e a pressionar o plug. Quando venceu a resistência inicial, enfiou todo.

- Pronto, agora está pronto. Vamos mostrar sua condição a quem veio nos prestigiar.

Ele nada respondeu. Tentou se levantar, mas ela não permitiu.

- Não, agora é de quatro, como um cachorro que entende e sabe o seu lugar.

A máscaraOnde histórias criam vida. Descubra agora