PUTA QUE PARIU EU JÁ DISSE QUE AMO ORLANDO?
Aquele lugar transformava qualquer ser humano numa criança, não tinha como não ser um ser humano adulto naquele lugar gente, aquilo era magnifico.
- Qual vai ser nosso roteiro? – Alex estava com o mapa em mãos e todo incorporado no look parque de diversões, de mochilinha, tênis, bonezinho, blusa temática e óculos de sol.
Alex havia chegado naquela manhã em Orlando e ficaria conosco hoje, e ainda estava decidindo se iria pra Califórnia ou seguiria conosco pra Georgia, pra conhecer meus pais e amigos. Estávamos, eu, Soph e Alex na frente do parque Island of Adventure, tentando decidir se entraríamos nele ou se iriamos pro Universal.
- Vamos no Island primeiro, depois seguimos pro Universal e fim de tarde vamos pro Magic e é isso. – Soph deu de ombros olhando o mapa do meu amigo.
A cena estava tão fofa de nós três incorporados no look Disney que eu me pegava rindo da situação quando estávamos a caminho do primeiro parque do dia.
- EU PRECISO VER OS DINOSSAUROS DO JURASSIC PARK, EU SÓ VIM AQUI PRA ISSO – Alex sorria animado, com os olhinhos brilhando e chacoalhando as mãos.
No grupo tínhamos divisões com quesito atrações, já que a Soph era louca pela Marvel, Alex doente pelo Jurassic Park e no caso desse parque, pra mim, Hogwarts era meu ponto favorito e mais esperado.
- Vamos pro castelo depois a gente contorna o parque, porque a fila de Hogwarts é imensa – sugeri pros dois que já estavam no impar ou par pra ver pra onde iriamos primeiro.
Começamos a caminhar na direção do castelo, já aproveitando as atrações do caminho já que não poderíamos explorar cada cantinho do parque pela falta de tempo. Quando passamos a avistar o castelo a sessão de fotos começou junto com os nossos pulinhos, porque ali era todo mundo fã de Harry Potter. A fila estava meio imensa, mas a gente aproveitou a deixa pra fotografar o local e ficar fazendo amizade na fila, e isso quem se encarregava era o Alex que adorava falar com as crianças.
Nossa primeira passada foi pelo Harry Potter and the Forbidden Journey, que era cheio de efeitos especiais, e nessa parte tive que me conter com a vontade de fotografar, porque não podia. No fim ficamos meio em duvida se iriamos já pra Universal, mas decidimos ficar por ali e ir nos vilarejos temáticos pra comprar coisinhas temáticas e beber a butter beer, que eu já tinha bebido, mas eu ficava nojenta quando provava. Me sentia a própria bruxinha.
Acabamos não indo na Ollivanders porque todos ali já tinham varinha e o showzinho só começaria dali uma hora, então preferimos seguir. Como os três já haviam estado por ali, era melhor pra aproveitar os detalhes de cada lugar, e passear mais tranquilamente pelo parque e comprar aquelas coisinhas inúteis que você sabe que é só pra guardar de lembrança.
Depois da sessão Harry Potter, fomos pro Jurassic Park e, eu queria era chorar com aquela musiquinha, mata fechada e pessoas a caráter, era tudo tão do filme que deixou meu coraçãozinho quentinho. O Alex parecia uma criança nas sessões de brinquedo ou doce de um supermercado, porque ele tirava foto até da folha da arvore, e eu morria de rir da situação do nosso adolescente de doze anos. Começamos pelo Jurassic Park River Adventure, que estava com um tempo mais que propicio pra agua que iriamos levar no corpo, e eu sinceramente tinha me esquecido de como aquilo retratava bonitinho o filme. Era uma atração que demorava um tempinho considerável tanto de espera quanto dentro, mas que a espera na fila valia completamente a pena porque era mágica a experiência.
Nós três saímos completamente encharcados do lugar, e já começamos a ir na direção do Raptor Encounte PRA VER OS DINOSSAUROS AAAAA.
- MEU LUGAR FAVORITO DO PARQUE AGORA, NÃO FALA COMIGO – Alex colocava a mão no peito fazendo dramatização.
Coloquei no meu celular o instagram e no primeiro contato dele com a atração, gravei um vídeo dele no story, ele estava todo emocionado, e eu achei que ele fosse chorar mesmo. Eu e Soph gargalhávamos no fundo e curtíamos a experiência com ele, achando extremamente bonitinho. Ele decidiu no fim da atração comprar um dinossauro de triceratops filhote que era de pelúcia e uma camiseta nova, porque segundo ele a dele estava desgastada. Por ultimo passamos no Discovery Center, que era tipo de um laboratório e assistimos um dinossauro nascer, e foi nessa hora que eu quase chorei mesmo.
- E LÁ VAMOS NÓS PRA MARVEL QUE EU TÔ SEDENTA – minha amiga saltitava pela saída do Jurassic Park chamando uma atenção considerável.
- Eu tô com fome – Alex resmungou do lado e se Soph tivesse olhar infravermelho, adeus Alex.
- Só porque tá na hora do meu parque né seu cu – ela mantinha seu olhar cerrado na direção dele, e apontava ameaçadoramente.
- No caminho a gente para pra comprar alguma coisa, para de brigar seus porra – xinguei os dois parecendo a mãe de duas crianças.
Eles concordaram e começamos a caminhar na direção do Marvel Super Hero Island, eliminando a parte dos Toon Lagon e o Skull Island porque não daria tempo. Mas como estavamos adiantados e com sorte nas filas talvez na volta pegássemos a montanha russa do Toon. No meio do caminho paramos pra comprar alguma coisa pra comer, e eu fiquei só no sorvete porque aquele parque estava me queimando mais que a praia de ontem, fiquei até passando protetor quando paramos.
Estávamos quase próximos da atração favorita da Sophie, e advinha? Ela já tinha começado os surtos querendo tirar foto até com a plaquinha dos lugares. Quando pisamos na área da Marvel, com aquela montanha-russa do incrível Hulk imensa, minha amiga já iniciou os pulinhos de felicidade. Entramos na fila pra Incredible Hulk Coaster, e a fila estava imensa, e eu creio que ficamos lá por volta de uma hora.
- Eu acho que vou morrer – Alex tinha uma careta quando entramos na fileira de cadeiras pra entrar na montanha russa.
- Para de ser cuzão Alex – minha amiga balançava os pés pendurados na cadeira, animada.
Estávamos na primeira fileira e a minha barriga gelava, enquanto a Soph dava berros e meu amigo tinha uma careta no rosto, decidi dar a mão pra ele que segurava na trava de segurança. A montanha russa começou a andar, e uma voz ecoava no túnel iluminado de luzes verdes, mas aquela lentidão não levou nem um minuto direito, porque no minuto seguinte eu já estava gritando a todo pulmão.
- PUTA QUE PARIU – nas primeiras voltas Alex gritava desesperado, e eu não sabia se ria ou se gritava.
Quando passamos pela primeira linha reta do percurso ouvia a respiração pesada minha e do Alex, já que ele estava no meio.
- Jesus Cristo isso é de cair o CU PORRAAAAAA – ele não teve nem tempo de terminar a frase, que já voltamos a alta velocidade.
Foram alguns bons minutinhos naquela coisa, que sinceramente eu amei, e se eu pudesse entrava de novo na fila.
- Me lembrem de nunca mais vim nessa coisa – Alex colocava a mão no peito e sua respiração era descompensada o que me fazia rir horrores.
- É UMA DAS MELHORES DO MUNDO MESMO. EU AMO UM LUGAR – Soph era só sorrisos, e agora corria na direção do The Amazing Adventures of Spider-Man, que era tipo de um negocio com óculos 3D.
Alex e Sophie chegaram radiante no local, porque os dois eram fãs do personagem em quadrinho. Fiquei tirando foto deles com a minha câmera que eu havia trazido na mala, e eu até havia esquecido ela na verdade, mas retirei-a do fundo da mala para trazer. Começamos entrando numa espécie de montanha russa pra acompanhar algumas coisas e era genial toda montagem do local, eu confesso que estava fascinada. Como não estar fascinada nesse lugar?
- MEU DEUS É O HOMEM ARANHA EU VOU ATRÁS DELE – o personagem havia acabado de passar na nossa frente e a minha amiga feito uma desesperada passou na frente de todas as crianças pra tirar foto com o moço.
Eu e Alex ficamos apenas rindo da situação e das mães bravas. Depois ficamos ouvindo ela choramingar que não havia visto o Capitão América que geralmente também ficava por ali.
Passamos por toda locação do local e começamos a caminhar pelo parque ao redor das outras atrações. Gastamos boa parte do nosso período ali na Marvel, e mesmo não admitindo Alex estava todo apaixonadinho, assim como Sophie porque ambos amavam os quadrinhos.
Agora estávamos voltando pelo mesmo local do parque calculando as horas para ver se conseguiríamos ir no Tood ou se teríamos que deixar passar. Decidimos ficar na fila enquanto esperávamos o aplicativo do parque funcionar e liberar a saída do Expresso Hogwarts para irmos até a Universal. A fila estava imensa, mas uma moça que o Alex fez amizade com o filho deixou que entrássemos com ela porque o marido dela tinha desistido, então adiantou e muito nosso tempo. Alex conseguia acalmar o garoto que estava assustado com o brinquedo.
Entramos no Dudley Do-Right's Ripsaw Falls secos e saímos encharcados, e foi a partir dai que eu conclui que da próxima vez venho de maiô e short porque é a segunda vez que eu me molho nesse parque, e eu sinceramente tinha esquecido desse ponto. Nossas roupas estavam coladas no corpo, e prontamente nos despedimos da mãe e da criança que tinham sorrisos brilhantes no rosto, e estavam tão encharcados quanto nós três.
Pegamos o caminho de volta para pegarmos o Hogwarts Express e foi necessário dar aquela famosa corridinha para não perdemos o horário. Conseguimos chegar a tempo, mas tivemos que sentar separados pela falta de lugares juntos. O caminho era incrível e cheio de atrações, sinceramente, uma das coisas mais emocionantes de se ver era a felicidade das pessoas naquele lugar.
Chegamos no Universal Studios era horário de almoço e já começamos pelo Harry Potter and the Escape from Gringotts, que não tinha uma fila tão imensa, acho que pelo horário de almoço. A atração era tipo uma montanha russa 3D, que era cheia de efeitos e detalhes que impressionava qualquer ser fã de Harry Potter e os não fãs também.
Quando saímos do brinquedo nos limitamos a ficar ali pelo vilarejo combinando quais lugares cortaríamos da lista no parque, para conseguirmos chegar no parque da Magic pelo menos umas seis da tarde. Antes de irmos comer no Caldeirão Furado, fomos no Grimmauld Place, que era a casa do Sirius Black no filme Ordem da Fênix e depois fomos na Travessa do Tranco e ai sim, comida.
Após o almoço, decidimos pular San Francisco e Nova York, e irmos direto pra Hollywood Rip Ride Rockit que tinha uma fila imensa, acho que a maior que pegamos no dia de hoje. Mas como qualquer atração aqui, valeu a pena, e o Alex sempre rezando do inicio da fila, até a entrada no brinquedo. Só faltava fazer promessa, e isso aumentava ainda mais a diversão, porque era motivo de muita risada por minha parte e da minha amiga.
Eu como uma fã de Meu Malvado Favorito não deixei passar o Despicable Me Minion Mayhem, que não era uma coisa muito longa, mas sempre me fazia surtar com aqueles simuladores. Depois caminhamos na direção do E.T Adventure e já estava os três com lencinhos nas mãos porque esse filme tocava o coração de qualquer ser humano, e aquela atração sempre deixava a gente mais criança que o normal. Entramos no local, pegamos os nossos "cartões-passaporte" com nossos nomes e tudo, e começamos a seguir os roteiros do local. Quando chegamos na parte final que começa a musica do filme e a clássica cena, já tá eu e Soph fungando.
Saímos ainda meio emocionadas do local e o Alex sorria que nem besta pra gente falando que estávamos extremamente fofas chorando por causa de uma coisinha tão meiga que era esse filme. Por ultimo iriamos no The Simpsons Ride, que era um simulador incrível, mas que balançava bastante, por esse motivo Soph pediu pra não ir porque na ultima vez acabou vomitando.
É claro que a cada passo que dávamos e nos deparávamos com algum local, tirávamos foto, e no momento eu acho que já tínhamos conseguido umas quinhentas fotos na minha câmera.
- Adeus Universal, você nunca me decepciona – Soph tinha um olhar melancólico enquanto passamos pela catraca do parque.
- Chegou a hora de a princesinha Disney surtar com a Magic Kingdom – Alex estava sorrindo e agora era eu quem saltitava.
Fomos até o estacionamento e o trajeto até o parque era de aproximadamente uns trinta minutos, mas acabou levando uns quarenta por estarem um tanto movimentadas as estradas. Quando chegamos no local, era um pouco mais de seis da tarde e eu confesso estar morta de cansada, então me dedicaria a fazer minhas coisas favoritas no parque.
A atração do castelo da cinderela ficaria por ultimo por motivos óbvios que era o show de fogos que ali havia. Como em Orlando escurecia muito tarde, deixamos a Main Street pro final onde teríamos as atrações dos fogos de artificio. Começamos pela Tomorrowland, e já caminhamos direto pra Space Mountain, que era a montanha russa no escuro do parque, e eu era toda besta com ela. Eu achava ela super divertida.
Sophie saiu de lá me xingando porque alegou não lembrar que chacoalhava tanto. Deixamos passar o show de stand up que tinha por conta do horário e focamos nas lojinhas do Mickey que tinha por ali E APROVEITEI PRA COMPRAR MINHAS ORELINHAS E ME TRANSFORMAR OFICIALMENTE NUMA CRIANÇA.
Cada um de nós estava com uma tiara diferente, a da Soph era a tradicional da Minnie e a minha era bem parecida só que tinha lantejoula, a do Alex era igual a da minha amiga, e sim ele comprou uma orelinha. Ficamos caminhando e já não cabia mais as coisas dentro da mochila do Alex, mesmo que tivéssemos esvaziado a bolsa no carro. Um tanto consumista na Disney esse trio.
Fomos então para a região mais Disney do parque que era a Fantasyland, e eu já queria chorar quando entrei ali, porque era muito meu sonho de princesa.
- Ai meu Deus ela vai chorar Alex – minha amiga pegou no braço do nosso amigo e fez uma pausa dramática enquanto eu andava sorrindo entre as atrações.
Como tínhamos o Fast-pass conseguíamos passar mais rápido pelas principais atrações dali, que eram a montanha russa dos 7 anões e o Peter Pan's Flight, e é óbvio que depois eu fui tirar foto com as princesas, Minnie, Mickey e companhia porque se não o passeio não era completo pelo parque. Tirei fotos sozinha e com meus amigos, e sinceramente, tinha bem mais criança que adulto, mas eu nem ligava, pelo meu tamanho, as vezes eu era considerada uma mesmo.
Por ultimo voltamos a Main Street, e eu tive a sorte de pegar o espetáculo Move It! Shake It! Dance & Play It! Street Party, que era quando os personagens da Disney faziam um mini showzinho e dançavam pelas ruas com as pessoas que passavam, e eu sempre me divertia horrores quando dançava com eles. Soph e Alex fizeram um escândalo dizendo que eu era bailarina, então um dos príncipes que ali estavam me chamou pra dançar o que foi filmado pela Soph, na minha câmera e pelo Alex no celular.
- Faltou o vestido, porque você estava uma verdadeira princesa – meu amigo olhava a filmagem que havia gravado no story quando nos sentamos num dos bancos a espera dos shows noturnos.
- Não brinca com eu emocional infantil – fiz beicinho na sua direção, arrancando uma gargalhada sua, e até uma foto.
- Eu acho que nem sinto mais minhas pernas depois do dia de hoje – Soph estava estirada no banco com a cabeça jogada pra trás.
- Valeu a pena, mas eu tô morto e só queria minha caminha mesmo – Alex completou imitando a posição da minha amiga.
Eu ri da situação de ambos e tirei uma foto deles naquele estado cômico.
- A gente podia comer algo, tipo uma besteirinha porque eu tô com cansada até pra mastigar, mas a fome é muito grande. – a garota tinha a mão na barriga e eu conseguia ouvir ela roncar. – Viu? Ela clama por comida – a voz da morena era afetada, me fazendo rir.
Nos limitamos a ir numa lanchonete que tinha ali próximo de onde estávamos e já era quase nove horas da noite, horário que começaria o Once Upon a Time seguido do Happily Ever After, que anunciava o fim das atrações do parque em um show incrível no castelo da Cinderela. Assim que acabamos de comer fomos pra uma região que não estava muito lotada e assistimos o espetáculo com duração de vinte minutos e, como sempre, a mensagem do show me fazia chorar.
A mensagem da Disney é que sendo corajosos e ousados todos nós podemos alcançar nossos sonhos, assim como o Walt Disney, sempre falou.
EU CHORO MUITO NESSA PARTE ALGUEM ME PARA.
- Eu nunca vi um ser chorar tanto num parque como você, e agora eu tô chorando, vai tomar no cu Sky – Sophie estava derrubando lagrimas e limpando o nariz enquanto brigava comigo.
Alex ficou tirando fotos nossas aos prantos e depois ficou todo besta quando eu agradeci por eles estarem ali comigo.
- Eu amo vocês, quero chorar de novo – eu estava limpando as lagrimas enquanto eles vinham me abraçar.
- PARA DE SER FOFA GAROTA TA MALUCA – minha amiga me deu um tapa no braço seguido de uma abraço.
Eu definitivamente tinha tido um dos melhores dias da minha vida.
[...]
Havíamos chegado onde estava ocorrendo o show do garoto Mendes, os três mais Disney do que nunca, com orelhinhas, blusas temáticas, broches e apetrechos em mãos. Eu havia até trazido presente.
Ficamos na região de fora da Arena porque pelo horário o show já teria terminado e os meninos já deveriam estar saindo pra ir em direção ao ônibus. Sophie cochilava no banco de trás do carro, deitada sobre seu Mickey de pelúcia, e abraçada ao seu BayMax.
- Você vai pra Atlanta com a gente? – me virei de lado no carro pra observar meu amigo que descansava a cabeça apoiada nas mãos.
- Acho que vou pra Nova York, tenho um amigo de Londres que mora lá, ai ele me chamou pra ir quando contei que estava por aqui hoje. – Alex agora buscava algo no porta luvas do carro.
- Hum. – assenti e me ajeitei melhor no banco. - E como estão os preparativos pra Califórnia?
- Vão bem, acho que vou fechar um apartamento com um garoto que é de lá, aquele que eu visitei com a Soph – ele agora tinha um maço de cigarros na mão, tirando um de lá de dentro.
- E seus pais? – observava enquanto ele acendia com facilidade o tabaco, me oferecendo em seguida, e eu neguei.
- Mesma coisa, meu pai tá abrindo uma nova filial da empresa dele, então tá me deixando em paz esse tempo – ele dava um sorrisinho. – Mas e a senhorita como vai? Shawn Mendes já se apossou do seu coração?
- Para Alex – revirei os olhos, e roubei o cigarro da sua mão, abrindo a janela em seguida para soltar a fumaça. – Estão bem, acho.
- Sophie comentou que você anda estressada – seu olhar era analisador.
- Você e a Soph ficam só fofocando de mim né – eu franzi o cenho o fazendo rir em seguida, e roubando seu cigarro de volta.
- Pura preocupação – ele colocou a mão na minha perna e deu umas batidinhas.
No instante seguinte começamos a ouvir a voz dos garotos lá fora, e então começamos a sair do carro, chamando Soph que não estava nada disposta. Meu amigo apagou o cigarro pisando em cima do mesmo, e depois jogou no lixinho do carro. Começamos a caminhar na direção do ônibus, sem a minha amiga, que se negou a sair do carro.
- E ai, como foi? – Geoff vinha na minha direção sorrindo.
- Melhor dia, eu não sei nem o que dizer – eu sorria largamente, fazendo com que ele me abraçasse em seguida.
Shawn estava logo atrás dele, e eu encontrei seu olhar quando abracei meu primo. Alex o cumprimentou e eles começaram a conversar sobre como havia sido o nosso dia. Brian, Matt, Tom e Mike, os atentados, foram até o carro pra acordar Soph quando meu amigo contou que ela estava desmaiada no banco de trás.
Falei com os outros, e agora eu estava abraçada com Dave, observando o show que minha amiga daria quando os meninos a assustassem no carro, e é óbvio que um "PUTA QUE PARIU" foi ouvido daqui, e os xingamentos variavam do inglês pro português, quando ela abriu a porta e os meninos gargalhavam de se curvarem. Geoff agora estava com Andrew rindo da situação da minha amiga, e Stella balançava a cabeça num ato de negação.
Sophie caminhava xingando na nossa direção e com as suas tranças toda espetada pra fora, e seu ódio era extremamente visível, com seu olhar mortal sendo destinado ao mundo.
- VOCÊS ACHAM QUE EU NÃO VOU ME VINGAR NÉ? VOCÊS ACHAM?- seu tom ameaçador só fez todos nós rirmos ainda mais.
Quando ela se aproximou de vez, foi abraçar Stella que ria baixinho junto com o Geoff.
- Stella me deixa dormir – ela resmungou abraçada na irmã, fazendo a mesma sorrir e passar a mão na sua cabeça, afagando-a.
Ficamos um período parados ali, os meninos já haviam jantado antes do show e nós tínhamos comido no parque, então estávamos prontos pra partir pra mais uma viagem. Alex começou a se despedir de novo de nós, e nos entregou as coisas que deixamos no carro. Agradeci a ele pela viagem, e ele ficou um tempo abraçado comigo antes que finalmente pegasse o carro pra ir a caminho do aeroporto, onde embarcaria pra Nova York.
Os instrumentos já estavam a postos, então poderíamos iniciar mais uma parte da viagem, entrando agora todos no ônibus em fileirinha. Até parecia uma excursão escolar.
Assim que entramos, Soph foi direto pra sua cama pegar as coisas pra tomar banho e eu fiquei no sofá estirada, ainda com a minha tiarinha e mochila jogadas do meu lado.
- Como foi? – Shawn parou ao meu lado, se jogando no sofá.
- Toda vez que eu volto da lá eu tenho mais certeza que aquele lugar é um dos meus lugeres favoritos no mundo – eu sorria pra ele, que retribuía. – AH EU TROUXE UM PRESENTE PRA VOCÊ – falei exasperada, buscando na minha sacolinha a camiseta da Grifinória pra ele.
- Obrigado – ele sorria pra mim agradecendo, todo bonitinho.
- Comprei um cachecol também, mas não achei, depois te dou – eu ainda caçava na bolsa o outro presente mas acho que deveria estar com a Soph.
- Obrigado, de verdade. – seu sorriso era largo e ele admirava a estampa da camiseta vinho.
Eu acompanhava seu sorriso, era impossível não sorrir quando ele sorria, era até meio involuntário.
- Senti sua falta hoje – agora seu tom era baixo, e ele apoiava a cabeça no meu ombro.
- Como foi seu show hoje, seu dia? – eu não queria comentar, mas eu também senti muita falta dele.
- Foi muito bom, é sempre especial. – e lá estava seu sorriso mais uma vez. – Hoje eu passei o dia me dedicando numa música pro próximo álbum.
- A mesma que você estava tendo problemas? – perguntei agora com ele deitado no meu colo.
- Outra – ele comentou, enquanto eu comecei a fazer carinho no seu cabelo.
- O CASAL XX, VAMO PARAR DE CHAMEGO!– Sophie saiu do banheiro gritando e eu juro que se tivesse algo próximo teria tacado na cara dela.
Olhei com meu melhor olhar "mal" e ela saiu rindo. Fiquei mais um período ali com o Shawn até criar coragem pra ir tomar meu banho.
- Shawn, preciso ir tomar banho – me curvei pra olhar seu rosto que estava ainda no meu colo.
- Não – ele agarrou minha perna como uma criança manhosa
- Garoto eu tô grudando de suor – reclamei, rindo da situação.
- Deixa eu tomar banho com você então – ele levantou o rosto, com um olhar esperto.
- Shaaawn... – meu tom havia sido baixo e eu sabia que ninguém havia escutado porque os garotos estavam mais a frente conversando alto. – É melhor não.
- A gente espera o pessoal dormir – sua expressão era apelativa.
- Não é só isso – eu mordia meu lábio inferior, e observava agora seu olhar questionador. – Eu não me sinto bem, eu quero tomar banho com você, mas não sei se consigo, entende?
- Mas Sky eu já te vi nua – ele agora olhava com cuidado na minha direção meio desconfiado.
- É difícil de explicar, eu só não consigo. – ele pareceu considerar e se ajeitou melhor no sofá. – Você quer dormir na minha cabine hoje? – agora eu forçava um sorriso largo pra ele, que estava um tanto emburradinho.
- Você vai cair de novo? – suas sobrancelhas eram arqueadas.
- HAHAHA idiota – revirei os olhos – Eu vou tomar banho, e depois você desse pra minha cabine quando o pessoal tiver dormindo. – sussurrei.
Ele assentiu e continuou lá, com a mesma carinha de antes, meio emburradinho, magoado? Eu não sabia definir. Olhei ao redor antes de sair e vi que ninguém estava olhando na nossa direção, então roubei um selinho dele, e coloquei a mão na sua coxa, na parte interna, fazendo com que ele se mexesse de leve e em seguida segurasse na minha mão.
Seu olhar foi na direção do corredor e ele me guiou até o banheiro me empurrando, e assim que ele encostou a porta silenciosamente ele começou a me beijar, me prensando contra a porta. Seu beijo era rápido e cheio de desejo, fazendo com que eu ficasse o tempo todo na meia ponta, enquanto ele segurava meu rosto. Ele iniciou uma trilha de beijos pelo meu pescoço e eu já sabia aonde chegaríamos com isso, e eu não sei se ele estava jogando comigo, mas eu não ia ceder ao desejo dele e ao meu de transarmos no banho.
- Shawn – eu pedia suplicando, enquanto minha cabeça era erguida e ele tinha mais acesso ao meu pescoço. – Vão ouvir a gente. – nem eu estava dando crédito pra minha voz.
Ele continuou durante um tempo, depois voltou para a minha boca, me beijando mais uma vez, dessa vez mais lento, fazendo com que o beijo durasse mais tempo. Separamos as nossas bocas, e ele colou nossas testas.
- Vou pegar suas coisas de banho. – ele tinha os olhos fechados. – Tá na sua bolsinha embaixo da cabine né?
Assenti, e fiquei segurando sua mão quando ele se afastou de mim. Ele abriu a porta em seguida e eu fiquei atrás dela, e consegui ouvir seus passos indo na direção das cabines.
Fiquei sentada na privada tentando recuperar o folego do beijo, e com o coração meio descompensado. Mordi meu lábio inferior e joguei minha cabeça pra trás, apenas pensando o que estava acontecendo comigo.
- A Sky tá no banheiro? – era a voz do Geoff atrás da porta e ele falava com alguém.
- Ela entrou assim que eu sai e pediu pra mim pegar suas coisas, porque ela esqueceu – Shawn falava com ele.
Em seguida ouvi alguém batendo na porta e um principezinho lindo sorrir, passando meu nécessaire, roupa e toalha pela pequena fresta que ele tinha feito na porta. Ele se inclinou mais um pouquinho e eu depositei um beijinho nos seus lábios, fechando a porta em seguida.
Comecei a tirar minha roupa para entrar no chuveiro e para minha completa agonia eu teria que dormir com o cabelo úmido, porque não poderia secar meu cabelo tão bem agora a noite por causa do barulho. Depois do banho sequei os fios e coloquei meu shortinho de malha cheio de coroinhas e a camiseta com estampa de princesas. Recolhi minhas coisas e sai do banheiro seguindo para o local onde deixávamos as toalhas e depois fui até minha cabine.
Shawn não estava lá, ele provavelmente iria depois ou havia desistido, então coloquei meus fones e fiquei olhando as fotos que tínhamos tirado no dia. Quando o silencio reinou sobre o ônibus recebi a mensagem do garoto perguntando se podia descer, e com a minha confirmação, minutos depois ele estava entrando no local. Eu fiquei na região da "parede" porque fiquei traumatizada pela queda.
- Tá escutando o que? – ele sussurrou quando me viu ajeitando os fones.
- Panic at the disco – respondi, pegando um fone pra entrega-lo, e ele aceitou colocando na sua orelha.
Continuei vendo as fotos, agora deitada no peito dele, e mostrando os vídeos e momentos que eu havia registrado nos parques. Depois que as fotos acabaram, ficamos em silencio apenas ouvindo a playlist que ecoava pelos fones, até pegarmos no sono.***
E mais uma vez estou aqui para postar no lugar da Vitória. Espero que todos tenham uma ótima leitura e se divirtam muito com meu triozinho favorito.
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The Only Thing || S.M
Fanfiction|CONCLUÍDA| Sky Warburton, é uma garota americana, que conquista a oportunidade de cursar balé em uma das melhores companhias de dança da América, sendo que para isso ela precisará se mudar para o Canadá, mais especificamente Toronto. Ali ela terá q...