Capitulo 56

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Eu olho para o copinho com chá e giro a pequena colher de açúcar para mexer o liquido, suspirando fundo.


JUNIA: Acho que não faz sentido quebrar a cabeça tentando adivinhar o que houve.


Lisa concorda. Seus longos cabelos loiros caem em seus ombros. Seu rosto está sério, com um olhar triste.


LISA: Isso só nos leva de volta à tragédia.

JUNIA: Ao mesmo tempo... É normal que isso esteja nos afetando tanto, certo?

LISA: Sim, claro.


De repente, a porta da sala onde a policia está fazendo os interrogatórios se abre. Daryl sai. Ele parece exausto e caminha devagar.

Sem o seu sorriso habitual, ele quase parece outra pessoa. Meu coração fica dolorido ao ver o seu rosto. Mas agora não é hora de choramingar.

Eu luto bravamente contra as minhas lágrimas e consigo segurá-las. Eu respiro fundo e volto toda a minha atenção para o meu noivo.

Eu me levanto, decidida. Eu caminho até Daryl, me livrando da angustia e me concentrando no desejo de aliviar a sua dor.

Ele abre os braços. Eu entro em seus braços e me penduro em volta do pescoço dele.


JUNIA: Como foi?

DARYL: Eles me fizeram muitas perguntas. Eu sinto como se tivesse sido nocauteado.

LISA: Você conseguiu responder tudo?

DARYL: Infelizmente, não. Paul era muito reservado. Não sei muitos detalhes sobre a sua vida pessoal. Além disso, desde que a Junia e eu estamos juntos, tenho estado sem tempo... Não tenho visto Paul fora do horário de trabalho há algum tempo. Além disso, eu não estava na cena do crime. Não acho que fui capaz de ajudar muito. No entanto, gostaria de poder ajudar.

JUNIA: Você deveria se sentar um pouco, Daryl. Você parece exausto. Venha aqui.


Eu o puxo até uma cadeira que acabei de colocar próximo a nós e o ajudo a sentar. Ele se joga na cadeira, sem reação. Seus olhos estão húmidos de lágrimas. Isso me faz querer chorar também.

Adam aponta o queixo em direção à porta.


ADAM: Eu acho que é a sua vez, Junia.


Uma policial está na porta, com um caderno na mão. Ela gesticula educadamente, me convidando para se juntar a ela na sala.

Antes de me levantar, eu olho para Daryl, tentando ganhar um pouco de força.


DARYL: Boa sorte, Junia.


Ele consegue abrir um discreto sorriso para acompanhar as suas palavras de encorajamento. Algo simples, talvez... Mas é um pequeno passo em direcção ao seu eu habitual.

Eu sinto um pouco de energia novamente em mim.


JUNIA: Obrigada.


Enquanto isso, Lisa tira o telefone da bolsa.


LISA: A propósito, vou ligar para o Allan. Quero ver se ele pode descobrir alguma coisa. Com os seus contactos, ele pode conseguir informações. Incluindo detalhes que a policia não revela ao publico em geral!


Adam não diz nada. Eu suspiro e tento me encher de coragem.

Vamos lá, Junia. Esta não é a primeira vez que você precisa fazer esse tipo de coisa, afinal de contas.

Não será muito diferente de quando Mark causou o desastre!

Eu viro as costas para os meus amigos e sigo a policial até a sala de interrogatório.

Quando os interrogatórios terminaram, fomos liberados. Nosso voo, obviamente, foi cancelado devido à tragédia.

Amor Nas Nuvens - DarylOnde histórias criam vida. Descubra agora