Capitulo 118

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DARYL: Espero que você não esteja pensando em ir à Antártida. Não temos combustível suficiente para isso. E imagino que os pinguins não estejam muito interessados em suas drogas, de qualquer maneira!


Liang ri discretamente, mas não dá mais detalhes.

Estamos voando para o sul há várias horas. O piloto automático está ligado e Daryl está amarrado connosco.

O sol está se pondo sobre o mar do sul da China. O cockpit está repleto de luz laranja e vermelha, sob o céu cor de fogo.

Eu me lembro das vezes em que estava aqui com Daryl, ao pôr do sol e nascer das estrelas. Eu inclino a minha cabeça lentamente e a deito no ombro do meu noivo.


JUNIA: Onde você acha que estamos?


Os meus lábios estão secos e rachados, de sede. O meu estômago está se contorcendo de fome.


DARYL: Provavelmente perto da Malásia.


Estamos sussurrando em francês, já que todos falamos esse idioma. Esperamos manter a conversa privada de Liang e os seus capangas.


DARYL: Acho que muito tempo se passou, mas baseado na posição do sol... Ele me fez programar o piloto automático para Perth, na Austrália, e baseado na curvatura...

LISA: Teremos combustível suficiente para chegar ao sul da Austrália?

DARYL: Sim, temos até de sobre. Não se preocupe. É metade do percurso Xangai – Nova York.


Ele olha para mim.


DARYL: Nós vamos sair dessa, sãos e salvos.


Ele tenta me tranquilizar com a sua voz rouca e fraca. Apesar da situação, é bom saber que ele está ao meu lado.


HAYDEN: Não me surpreende se ele estiver indo para Perth.

LISA: Ah, é? Porquê?

HAYDEN: Ele pode nos forçar a pousar em uma base aérea deserta e escapar com facilidade. Não faria sentido pousar em um aeroporto, onde ele poderia ser facilmente pego assim que desembarcasse.

DARYL: Onde quer que pousarmos, ele pegará as suas drogas e fugirá imediatamente. Nós ficaremos bem.

JUNIA: Eu espero...


A minha voz está cheia de duvidas...


JUNIA: Você acha que estarão procurando por nós?

DARYL: Definitivamente! Já faz horas desde que desaparecemos. Eles devem estar tentando nos rastrear pelo radar.

HAYDEN: Mas você desligou o transponder, não? O avião não está fora dos radares?

DARYL: Nós desaparecemos da imagem do radar principal. Mas ainda aparecemos como aeronave não identificada no espaço aéreo. Só desapareceremos completamente do radar quando voarmos abaixo de uma certa altitude. Acho que ele vai nos obrigar a descer quando nos aproximarmos. Assim eles não saberão exatamente para onde estamos indo. A área de busca será muito maior...

LISA: Que droga! Depois do que aconteceu com o Mark, como vamos suportar isso?

DARYL: Admita, Lisa! Você estava se jogando aos pés dele!

LISA: Não fale comigo sobre esse crápula! Ele conseguiu me enganar com o seu sorriso gentil e falso. De agora em diante, só vou me interessar por homens assumidamente maus. Haverá menos surpresas!

JUNIA: E os olhos, Lisa, não se esqueça dos olhos. Foi isso que seduziu você.

LISA: Junia, por favor, não piore as coisas ainda mais!


Eu seguro uma risada, apesar da situação tensa. Depois, olho para Liang, do outro lado do cockpit. A faca ainda está na mão dele, ele apoio o queixo na outra.

Ele observa a paisagem através da janela, parecendo sério e um pouco preocupado.

Amor Nas Nuvens - DarylOnde histórias criam vida. Descubra agora