Capitulo 33

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DARYL: Bem, rapazinho? Papai Daryl vai garantir que você fique bem!


Nós já fomos de tio para papai desse gatinho... Sua voz está repleta de carinho pelo pequeno felino. Eu acho isso absolutamente adorável.

Eu penso em dizer isso a ele, mas ele se antecipa e me olha. Ele parece sério. Por um momento, tenho medo que ele diga algo preocupante.


DARYL: Junia, tudo bem se nós adiarmos a nossa ida ao restaurante até a próxima visita a Xangai? Eu sei que prometi que iríamos hoje, mas...

JUNIA: Porquê? O que você tem em mente?

DARYL: Eu quero visitar algumas casas do bairro para ver se este pequenino é de alguém. Desculpe, eu só não tenho coragem de deixá-lo aqui na rua, tão pequeno... Nem quero pensar o que pode acontecer com ele, se estiver mesmo perdido da mãe. Eu quero tentar encontrar o lar dele. Você ficará chateada? Sinto muito sobre os nossos planos para esta tarde... Mas eu fico muito abalado quando vejo um animal em perigo. Principalmente se for tão pequeno e indefeso! Eu perco toda a noção, às vezes.


Ele parece um pouco envergonhado. Eu rio, mas não estou tirando sarro dele. Pelo contrário, acho adorável e emocionante que ele leve tão a sério o bem estar desse pequeno animal. É comovente, uma atitude a ser respeitada. Eu respeito a sua humanidade.


JUNIA: Ei, sem problemas. Eu entendo, isso é uma emergência! Eu vou te ajudar, é claro. Se trabalharmos juntos, podemos fazer isso mais rápido, vamos cada um para um lado. Assim, ainda teremos tempo de pegar as nossas malas e chegar ao aeroporto sem atraso!


O rosto de Daryl brilha instantaneamente.


DARYL: Obrigado, Junia! Eu sabia que estava certo ao fazer de você minha noiva!


Eu dou um leve soco no braço dele e ele sorri.


DARYL: Bom, vamos nos apressar. Vou pegar o lado direito e você, o esquerdo, ok? Vamos visitar o maior numero de casas possível e nos encontrarmos aqui em uma hora.


Eu olho as horas no relógio do meu telefone.


JUNIA: Tudo bem. Espero que todos aqui falem inglês ou francês, porque não sei uma palavra em chinês!

DARYL: Nem eu, além de cumprimentos básicos. Acho que deveríamos digitar o que queremos dizer em um tradutor do telefone e mostrar a eles o resultado.

JUNIA: Boa ideia. Vamos, nos vemos daqui a uma hora!


Nós nos separamos, cada um cuidando de um lado diferente da avenida arborizada. Daryl leva o gatinho com ele.

Na hora combinada, eu o vejo caminhando lentamente em minha direcção. Eu vejo imediatamente que o gatinho ainda está em seus braços. Ele parece desapontado.

Droga... Ele também não teve sorte...


DARYL: Nada por ali?

JUNIA: Absolutamente nada. Metade das casas estavam vazias, ou pelo menos não atendiam a porta. Quanto aos outros, todos disseram 'não' à minha pergunta.

DARYL: O que faremos agora? Não podemos deixá-lo aqui, ele pode ser atropelado ou morto. Ele ainda é pequeno demais para sobreviver sozinho.


Ele olha para o gatinho e faz uma cara triste, acariciando a sua cabeça com os dedos.


DARYL: Além disso, já passamos tanto tempo juntos que me sinto apegado a ele... Não quero que nada aconteça com ele.

Amor Nas Nuvens - DarylOnde histórias criam vida. Descubra agora