Amor Nas Nuvens - Daryl

Capitulo Final

Daryl se inclina sobre mim e toca os meus lábios com os dele. Ele lambe algumas gotas de suco de coco em minha boca. E me beija com muito carinho e paixão.

Com uma mão no meu pescoço e a outra no meu ombro, ele me gira um pouco e me coloca deitada. Ele me segura para que eu não caia rápido demais e acabe me machucando.

Ele toma todas as precauções deste tipo desde que engravidei. Por exemplo, ele faz de tudo para proteger a minha barriga. E eu me deixo ser mimada como uma criança indefesa.

Às vezes eu me aproveito um pouco da situação.

Depois de me beijar, Daryl deita ao meu lado.

DARYL: Então, o que você acha se, na nossa ultima semana de férias, velejarmos até outra cadeia de ilhas? Há uma onde podemos nadar com tartarugas. Porque eu não admito irmos a algum aquário ou zoológico, onde os animais estão fora do seu habitat!

JUNIA: Aí está você! Sempre preocupado com os outros, incluindo animais. É por isso que eu me casei com você!

DARYL: E por acaso você está gostando?

JUNIA: Sim, você não tem ideia. Eu não quero ir para casa... A lua de mel está uma delicia.

Ele se apoia em um cotovelo.

DARYL: Quando eu propus isso a você, fiquei com medo de estar sendo egoísta. Velejar era o meu sonho. Mas você teve, recentemente, uma terrível experiência em ilhas tropicais... Obrigado por aceitar o meu convite mesmo assim.

JUNIA: Não é um sacrifício. Está sendo realmente incrível. Como eu acabei de dizer, não quero voltar!

DARYL: Nós podemos começar tudo de novo. Quando a nossa criança estiver um pouco maior, podemos tirar um ano de licença não renumerada. As minhas economias são mais do que suficientes. Podemos sair nós três em um veleiro, como estamos fazendo, e ele descobrirá o mundo com a gente. E claro, também vamos levar o Snowflake. Eu tenho que admitir que estou com saudades daquele pestinha.

JUNIA: Será uma viagem maravilhosa, é claro.

DARYL: Enquanto isso, mesmo em Nova York ou voando, eu pretendo tornar todos os dias especiais.

Eu pego a mão dele.

JUNIA: Eu sei.

Os meses continuaram passando rapidamente.

JUNIA: Não acredito que ele chegará no meio da noite!

DARYL: Ou ela, nós ainda não sabemos.

Todo o meu corpo se contrai. Eu me viro no travesseiro.

É como se uma lança perfurasse a minha barriga.

JUNIA: Ele ou ela, agora, eu não me importo! Está doendo muito!

DARYL: Respire, amor!

Eu tento inspirar e expirar ritmicamente. Mas conforme as contrações aumentam, fica cada vez mais difícil.

Gotas de suor escorrem na minha testa. Eu aperto a mão de Daryl, com muito força, mas ele me deixa fazer isso sem reclamar.

DARYL: Eles disseram que o anestésico fará efeito em poucos minutos. Tudo vai dar certo. Você é forte e corajosa! Você já provou isso muitas vezes! Logo, tudo acabará e nossa criança virá ao mundo.

Eu fecho os meus olhos.

JUNIA: Vai logo! E eu não estou dizendo isso só porque estou ansiosa para conhecê-lo!

Daryl ri.

DARYL: Infelizmente eu não posso fazer nada além de te apoiar com palavras. Então, saiba que, pelo menos você tem todo o meu apoio moral!

JUNIA: Se isso adiantasse alguma coisa...

Uma nova onda de dor me atinge.

JUNIA: Argh!

Eu continuo me contorcendo contra o travesseiro. Eu aperto as minhas pálpebras e os meus dentes.

Estou rezando para que a anestesia faça efeito logo e diminua a minha dor.

Algumas horas depois...

O meu bebé está em meus braços e eu esqueço de todo o meu sofrimento. Eu admiro os seus finos cabelos escuros, as pálpebras fechadas, os pequenos dedos apertando o meu indicador.

Uma forte onda de amor toma conta de mim enquanto lágrimas escorrem dos meus olhos.

DARYL: Ele é lindo.

Eu olho para o pai. Os seus olhos estão cheios de emoção.

DARYL: Que vida perfeita... Eu sou o homem mais feliz do mundo. Graças a você, Junia, minha amada.

Eu sorrio para ele. Os meus olhos vão do rosto do meu bebé ao do meu marido.

JUNIA: Obrigado a você, meu amor.

Daryl beija delicadamente a cabecinha do bebé. Ao mesmo tempo, ele acaricia o meu rosto.

DARYL: Vamos navegar juntos no nosso oceano de amor e felicidade.