Capitulo 133

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Como sempre, o tom alegre de Daryl tranquiliza um pouco o clima tenso.

Não sei se eu suportaria todos os momentos dolorosos da minha vida sem ele ao meu lado.

Pelo menos eu sei que ele estará sempre comigo... Eu espero.


JUNIA: Vamos tomar cuidado, por favor...


De repente, ouço galhos quebrando à minha direita. Eu me assusto e agarro no braço do meu noivo.

Eu olho para o lado, assustada, olho para trás, por cima do ombro. Entre os bandidos e os animais selvagens... Teremos sorte se sairmos daqui vivos!

Não consigo ter o mesmo optimismo de Daryl sobre a nosso situação.


DARYL: Ali!


Daryl estica o braço e aponta.

Eu levo um susto, o seu grito me faz temer o pior. Pode ser uma onça ou um ninho de cobras.


DARYL: Frutas!


Eu suspiro de alivio.

Um pouco adiante, vemos várias frutas penduradas abaixo de grandes folhas verdes. Em uma das árvores, há frutas que parecem ouriços, avermelhados, pouco menores do que um melão.

Em outra, há uma fruta parecida com batata, amarela e irregular.


JUNIA: Você sabe que frutas são essas?

DARYL: Não, nunca vi. Estas...


Seu dedo indica ouriços do mar.


DARYL: Eu acho que estas são caquis. São comestíveis e muito saborosos. Eu não sei sobre o fruto amarelo, mas aqueles avermelhados...


Seu índice toca o tronco de outra árvore próxima.


DARYL: Acho que isso aqui é jaca. Também são comestíveis, estamos com sorte!

JUNIA: Já é alguma coisa! Pelo menos não vamos morrer de fome!


Eu olho novamente para o que Daryl chamou de caqui.


JUNIA: Certo, vamos tentar colher o máximo possível, sem sermos picados por insectos! Eu posso colher as jacas, elas estão à minha altura.


Os passageiros americanos se dispõem a subir nos troncos e colher os frutos mais altos.


JUNIA: Temos que pegar o máximo que conseguirmos, e rápido, pois a noite está prestes a cair. Logo, não conseguiremos enxergar nada.


Eu me aproximo da jaqueira enquanto os quatro estudantes americanos sobem nos troncos das árvores vizinhas.


DARYL: Tome cuidado para que não haja insectos escondidos nas frutas antes de pegá-las!


Eu sorrio para ele.


JUNIA: Obrigada por me lembrar disso, Daryl!


Ele me dá um grande sorriso.


DARYL: Claro, meu amor! Vá em frente, eu fico aqui vigiando.


Naquele instante, eu começo a separar as frutas dos galhos.

Dois dos estudantes americanos sobem nas árvores enquanto os seus amigos pegam as frutas antes que caiam no chão.


JUNIA: Mas nós ainda precisamos encontrar agua, Daryl. Podemos passar um tempo sem comida, mas não sem líquidos. E não podemos beber agua salgada... Isso poderia nos matar ainda mais rápido do que qualquer outra coisa.

DARYL: Haverá suco nas frutas, mas é muito doce. Isso pode ser um problema sério. Mas uma coisa de cada vez, amor. Com as frutas e o que trouxemos do avião, todos ficarão bem até amanhã. Então podemos procurar mais coisas, se for o caso. Vamos enfrentar os dias um por um. Saber que estamos perto de tantas frutas já é um grande alivio. Além disso, todos aqueles animais que estávamos falando precisam beber alguma coisa.

JUNIA: Certo... Vamos levar as frutas até os outros, ok?

DARYL: Sim, acho que pegamos o suficiente. Se pegarmos mais, não conseguiremos carregar tudo! Vamos voltar então.

Amor Nas Nuvens - DarylOnde histórias criam vida. Descubra agora