Capitulo 137

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DARYL: Eu vou dar uma olhada.

JUNIA: Eu vou com você.


Antes de ir atrás de Daryl, eu olho para trás, por cima do meu ombro.


JUNIA: Lisa, fique de olho no Hayden!


Caminhando rapidamente com os meus pés descalços na areia quente, eu alcanço o Daryl.

Como muitos outros passageiros, seguimos em direção ao cadáver de um felino, aos pés de uma árvore.


DARYL: Uma pantera de pernas compridas. Ela sobe as árvores para caçar, após o anoitecer.


Ele se agacha perto do animal e coloca uma mão no corpo ensanguentado.


JUNIA: Você acha que foi isso que ouvimos enquanto estávamos caminhando?

DARYL: Certamente, sim.


O seu tom de repente parece um pouco ansioso, longe do seu calor e bom humor habitual.


JUNIA: O que está acontecendo? Como você acha que ela morreu?


A testa de Daryl franze de preocupação e ele olha em volta.


DARYL: Ela foi morta com uma faca.


Debaixo de uma palmeira, um pouco afastada dos outros, estou com Daryl e Lisa sobre um grande lençol.


LISA: Bem, resumindo a lista de problemas... O calor... O sol... A falta de agua potável... Liang, perambulando por aí, matando pessoas e animais... Hayden, que está com febre devido à infeção e precisa de cuidados médicos emergenciais... Esqueci alguma coisa?


Com angustia, eu adiciono mais elementos à nossa lista de problemas.


JUNIA: Há o simples facto de que a ajuda não chegou! Além disso, precisamos de mais comida.


Daryl está coçando a cabeça. O cabelo dele está um pouco duro, coberto de areia. O meu não está muito melhor. Mas nossos cabelos nem se comparam aos de Lisa, completamente embaraçados.


DARYL: A comida ainda é o menor dos nossos problemas. Nós podemos pedir aos quatro americanos para trazer mais frutas. Há muitas árvores frutíferas por aí. Agora, durante o dia, podemos encontra-las mais facilmente. Comer nada além de frutas não é perfeito, mas é melhor do que nada! A agua, no entanto, é um problema sério.


Eu olho para ele com ansiedade. Sinto como se eu não conseguisse recuperar o fôlego, apesar de estarmos parados. Meu peito está apertado.

Meus lábios estão secos e rachados.


JUNIA: O que podemos fazer quanto a isso?

LISA: Não podemos mandar as pessoas pela ilha à procura de uma fonte... É perigoso se perder. Além disso, como podemos transportar a agua que encontrarmos?

JUNIA: Se todos nós nos afastarmos da praia, não seremos vistos pelos aviões e helicópteros de busca.

DARYL: Não entrem em pânico, meninas. Estou tentando lembrar de coisas que eu li... Como eu sou apaixonado por arqueologia, li muitos livros sobre civilizações antigas. Sendo assim, estou tentando lembrar se há alguma maneira de tornar a agua salgada potável...

JUNIA: Beber agua salgada é fatal, certo?

DARYL: Acredito que sim. Temos que impedir as pessoas de fazer isso, mas será difícil quando a sede começar a ficar insuportável. Acho que é possível remover o sal da agua usando energia solar, mas não sei como. Além disso, podemos tentar ferver a agua e coletar o vapor, isso tira bastante o sal... Fogo não será problema...


Ele está perdido em seus pensamentos, acariciando a gaze que imobiliza os seus dedos quebrados.


DARYL: Se coletarmos agua do mar usando os suprimentos do avião e fervê-la na fogueira... ela irá evaporar.

Amor Nas Nuvens - DarylOnde histórias criam vida. Descubra agora