Lessye é uma confeiteira de mão cheia e pés no chão. Gosta de ter controle sobre sua vida, pois se acha refém da falta dele. Até conhecer Toni. Toni é como um copo transbordando e uma fogueira em chamas. Desperta nela coisas que jamais conheceu.
Qu...
Não esqueçam de mudarem a cor de leitura para branco, assim viverão uma melhor experiência.
DIZEM QUE O PAPAI NOEL IRÁ PASSAR ESTA NOITE
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LessyeAnamarie | Madrid, Espanha ─ 24 de Dezembro, 2018.
A casa cheia sempre passava a sensação de paz na minha vida. Dannah e Claire estavam animadas em uma disputa de vídeo game com Theo, que a essa altura já era como um mascote dentro do nosso grupo. Maurinho havia chegado a quase uma hora e parecia mais interessado em ficar na minha cozinha, digitando no celular do que conversar com qualquer um de nós.
Aaron não sabia cantar. Não é uma grande afirmação, mas no momento Aaron machucava nossos ouvidos no karaokê do rádio. Tudo estava realmente bom. O clima, meus amigos. Eu. Theo estar aqui.
Não podia querer algo mais.
— Sinceramente, Lessye sua decoração de natal é sempre uma superação. — Marlee me disse.
A esposa de Maurinho era como uma grande conselheira. Desde que comecei a trabalhar com seu marido, sempre passávamos os natais todos juntos.
— Apostei com Justin que ninguém me superaria esse ano.
— Ela ganhou a aposta. — Justin gritou em resposta. Era o filho mais velho do casal. E um grande amigo também. — Pensei que a vizinha do 17 ia te superar com as renas flamejantes em vermelho fogo bem na entrada, mas o que você fez aqui foi ótimo.
— Comecei a decoração antes mesmo de saber decorar. Não tinha como ela me vencer, queridinho.
— Lessye, se importa se eu levar o cachorro lá fora? — Jason questionou, se aproximando com a coleira em mãos. Era o caçula de Maurinho e Marlee.
— Não, mas me deixe ir junto. — Olhei a redor. Todos pareciam animados. — Quer vim, Theo?
O menino saltou do sofá na mesma hora, se agitando ao entregar o controle de vídeo game nas mãos de Dannah, que murmurou algo em baixo som e nós rimos já sabendo ser uma reclamação.
— Pegue o casaco. — Entreguei o de Theo e o de Jason que estavam no cabideiro e peguei o meu. — Não vamos demorar.
— Posso comer?
— Se tocar em algo antes de meia-noite terá problemas com dois cozinheiros irados. — Claire mostrou sua língua, e abri a porta ignorando esse fato.
Estava frio, era fato. Mas nada que já não estejamos acostumados. Às ruas estavam lindas e cobertas de um branqueado fino. O condomínio onde eu morava era encantador nessa época do ano. Em todas as épocas no geral, mas com o natal vinha toda a decoração e todas as luzes. Claire e eu amamos o natal. Amamos tudo que ele representa. Esse também foi um dos fatores para que viéssemos morar nesse prédio. Amamos a decoração. Amamos o espírito do mês de dezembro.