28 de fevereiro de 1970

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Querido H.
Escrevo está carta apoiado sobre minha escrivaninha velha com um copo de Whisky em uma de minhas mãos. Eu o remexo arduamente, repetidas vezes como se o conteúdo pudesse visualizar as feiçõe do seu rosto uma última vez.

Pensei em lhe ditolografar uma carta, mas tu mereces uma carta escrita a mão mesmo que minha letra seja horrenda perante a sua. Tu mereces um amor real, digno dos poucos romances em que li. Sou um velho escritor atordoado a beira da noite, pensando no quanto teus olhos são harmoniosos. A forma como sua íris muda de cor demonstrando sua sutil mudança de humor está gravada aqui dentro, onde ninguém pode tirar. Mas tudo o que está aqui dentro eu decidi registrar em algum lugar, para amenizar o peso do meu coração que não pode te ter.

- Boo.


Notas: A narrativa se inicia apartir do capítulo de número onze

A última carta | L.S. Onde histórias criam vida. Descubra agora