29 de Março de 1970

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Querido H.

Tenho dedilhado meu violão antigo o qual trouxe escondido no fundo da minha mala. Eu não dedilhava estas cordas a mais tempo que posso ousar tentar me recordar, mas quando te vejo eu queria poder fazer música sobre o teu riso, pois ele é a música mais linda para meus ouvidos.

Eu me lembro ainda como te conheci, talvez eu deva fazer uma música sobre isso ou escrever em uma outra carta, mesmo que você nunca vá ouvir ou ler estas demonstrações do meu amor nutrido por ti. Mas parte de mim quer deixar registrado em alguma parede o quanto o amor pode surgir da maneira mais inesperada possível, pois nossos ancestrais não deixaram instruções de como lidar com um amor como este. Com um  amor do qual não posso dizer "nosso" pois apenas quem partilha dele sou eu.

- Seu Boo.

A última carta | L.S. Onde histórias criam vida. Descubra agora