Querido H
Os polos em que nos encontramos é a representação de nossas vidas, você está ao norte e eu ao sul.
Nem mesmo uma bússola seria capaz de me levar até você, nem sequer um nanômetro mais perto do teu corpo. Porém em direção ao norte eu percorro, em direção a ele eu te encontro em meus sonhos a merce do meu coração onde não me sinto tão só.
- Seu Boo
Harry Edward Styles - Londres
A sua perna esquerda estava apoiada sobre o assoalho e seu corpo repousado sobre um banco inteiriço de metal, havia um estofado ao topo do banco em frente a bancada do clube onde costumava frequentar. Seus dedos envolto do copo batucavam o vidro, seu pé sobre o chão remexia devido a sua agitação interior causado da urgência em respostas. Seus membros se encontravam fatigados devido a sua corrida urgente até o estabelecimento enquanto estava a espera do amigo moreno. Ligou de um telefone público a seu escritório e exigiu sua presença no mesmo dia em poucos minutos.
A porta fora aberta e o torso do Harry girou sobre o banco a fim de avistar e saber se ao menos ele havia chegado, porém nada do amigo. Cansado da espera pediu uma nova dose de bebida, dessa vez em uma quantidade moderada já que iria precisar de todos seus neurônios funcionando para a conversa em questão a qual estava planejando ter.
Enquanto lentamente o tempo se rastejava sobre o espaço tempo em alguma camada de plano astral, seu subconsciente o envolveu em memórias da meia noite. Em específico os dias em que seu corpo se desprendia daquela personalidade dura e rígida perante todos que tanto necessitava manter, depois de algumas doses e o cansaço insistente de uma vida como aquela o seu ser se encontrava em paz quando transbordava em copos de whisky, perdendo a noção do espaço onde estava e em que ano estavam vivendo. Memórias copostas por borrões e olhos azuis, aqueles mesmos que estiveram em seu quarto no dia em que perdera de si mesmo novamente. Só então o corpo de Harry se despertou e percebeu o quanto aquele ser esteve perto dele, porém ao mesmo tempo tão distante.
Questionou a si mesmo em como poderiam dois corpos ocupar o mesmo espaço e um deles amar ao outro tão intensamente e ainda sim, passar despercebido.
Atordoado e com a provável ajuda da substância alcoólica se sentiu atordoado ao sentir-se tão cego em toda a sua vida. Porém, diferentes destes sentimentos o seu peito emanava uma chama incomum, urgente e sedenta por quem sabe vê-lo uma única vez e enfim descobrir o que seria daqueles dois corpos habitando no mesmo espaço, ciente de todos os segredos guardados em sua pequena caixa de pandora acima da sua escrivaninha onde passou noites lamentando do seu amor incorrespondido.
— Você me parece péssimo! - Ouviu a voz aveludada do amigo por trás do seu corpo e vagou novamente para aquele local, deixando para trás seus devaneios.
— Preciso de um favor.
— Outro!? Irei começar a cobrar. - Disse o amigo com um grande sorriso largo e convincente, beirando a malícia enquanto se sentava ao seu lado e apoiava os braços sobre o balcão. Fez sinal com o dedo indicador e seu copo vazio fora preenchido em segundos.
— É importante Zain - Disse Harry encarando-o com seriedade.
— Não diga que pretende se casar com Anelie! - O moreno lhe lançou um olhar incrédulo com um ar horrendo estampado em sua íris, deixando nítida a demasiada falta de afeição pela mulher.
— Por Deus! Não mesmo - Harry balançou a cabeça. Aquilo nunca havia passado em sua cabeça e tinha certeza que futuramente não seria diferente. - é sobre o homem em que mora na casa em que pedi as chaves.
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A última carta | L.S.
Fiksi PenggemarÉ 1970 e Louis Tomlinson esconde seu amor vindo de um fruto proibido em suas cartas, denominadas a H.