• occultatum: Oculto em latim
Harry Edward Styles - 16:55 PM
Sua secretária lhe preparou um copo de café quente, com uma pequena gota de chantilly recompensando o demasiado gosto amargo do conteúdo em seu copo. Ele observou a fumaça esvair da xícara, se dissipando em meio ao ar e lançou um olhar severo a sua secretária a qual compreendeu que era o seu momento de deixa-lo novamente a sós. Ele passou os olhos sobre algumas planilhas repousadas acima da sua mesa, a letra cursiva das letras e os números redondos ocuparam seu campo de visão até ele segurar os contratos dos quais deveria repensar em assina-los aquele dia.
Havia decisões a serem tomadas, mas sua mente estava absorta quase a outro plano astral, ele passou a ponderar a possibilidade daquela noite ter sido irreal exceto por sua bebedeira. Era difícil ocultar a parte em que ele ainda sentia pequenas enxaquecas ocasionadas por aquela noite.
Fazia quase uma semana que aquele acontecido o deixava inquieto, mas se alguém realmente esteve com ele, onde estava essa pessoa nos seus últimos dias?
Harry esperou.
Esperou em seu escritório ficando um pouco ainda mais tarde do que seu horário habitual. Esperou na cafeteria em frente a empresa, sentado em uma cadeira extremamente desconfortável e inteiriça, até mesmo se aventurou pelo cardápio bastante limitado.
Esperou no bar onde sempre costumava ir e era bastante conhecido, questionou Esteven - O barman - de forma bastante prudente, totalmente reservada sem que ele se desse conta enquanto servia marguerita para mulheres mais jovens e atraentes, mas nada que se encaixasse no padrão de Harry.
Aquele momento o recordou de Analie e a forma como ela começou a manter distância dele em uma noite a qual ele perdera o controle e a insultou, como se a culpasse por ele se sentir um fracasso total. Aquilo ficou explícito sem que ele tenha dito diretamente. Mas Analie não era a razão ou o motivo que o levava a se sentir daquela forma obscura e vazia se não ele mesmo.
Harry causara sua própria dor, afundando sozinho naquele mundo o qual se aconchegou e o fez dele. Seu objetivo sempre fora chegar ao topo da escada, do pódio e do mundo se fosse capaz. Agora que chegou, o que viria depois disso? Era sua pergunta mais frequente até ela começar a ser repetida poucas vezes e ele tomar uma vida monótona.
Nesse momento ele estava amassando um contrato após encontrar tanto erro ortográfico. Ele pensou: "se uma pessoa escreve daquela maneira quem dirá como conduz uma empresa.", de forma rude ele concluiu aquele pensamento e de forma certeira jogou a bola de papel no cesto.
O sol se pôs atrás dos seus ombros largos enquanto ele escrevia uma carta, resposta de uma grande proposta para sua nova plataforma petroquímica. Acrescentou nas últimas linhas o desejo de novas sugestões para uma construção mais segura do que a atual, uma da qual não lhe fosse causar prejuízos futuros e nem sangue em suas mãos. Suspirou pesadamente quando largou a caneta e girou a cadeira em direção a sua janela de vidro, o céu estava repleto de estrelas e ele conseguiu encontrar o cinturão de Órion em meio as conteslações.
Recordou-se da história que sua babá contou sobre o grande guerreiro que Zeus - o senhor dos céus - colocou Órion nas estrelas após sua morte e por fim Harry respirou profundamente quando sua lembrança fora revestida pela imagem de pares de olhos azuis.
- Licença senhor Edward. - Ouviu a voz da sua secretária se fazer presente, baixa e hesitante. - o meu horário se cumpriu. O senhor precisa de mais alguma coisa?
Ele lançou um último olhar as três estrelas perfeitamente alinhadas e girou sua cadeira, voltando a postura habitual e a encarou balançando a cabeça de forma negativa.
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A última carta | L.S.
FanfictionÉ 1970 e Louis Tomlinson esconde seu amor vindo de um fruto proibido em suas cartas, denominadas a H.