capitulo 28

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(Christian ON)

Ela confia olhando , bem nós olhos de cada um de nós,  a ansiedade com um misto do sentimento  de culpa começa  a crescer , ela sabe...E nós  sabemos que ela sabe.

  - Por que? - fala minha sogra, sinto um pouco de mágoa  em sua voz.
  - O-oque querida? - o senhor Angel insiste  em  finge não  saber  a que ela se refere.
  - Edward...não me trate como uma burra, por que eu NÃO sou- falou ela fazendo com que  o sentimento   de culpa aumenta dentro de mim.

Todos estávamos calados, sem coragem para olhar em seus olhos,  olhos que estavam famintos  pela verdade.

  - Já que ninguém quer se pronunciar , me dêem  pelo menos a hora de contar uma bela historinha  a vocês - fala a minha sogra trocando de posição  na cadeira, agora ela estava em uma posição  mais relaxada - Era uma vez,  um rei, seu nome era Angel, ele tinha  uma rainha que ele dizia que a amava mais do que tudo, mas à rainha estava muito mas muito doente e mesmo o rei tendo feito de tudo e gastando toda a sua fortuna a rainha nunca melhora, até que um certo dia o rei Drevil do reino vizinho  decidiu ajudar o rei Angel, o rei aceitou a ajuda mas em troca ele teria que cumprir um acordo acordo: que a primogênita  do rei Angel  se casaria com o filho do rei Drevil que já estava a caminho - diz ela e logo em seguida olha para o seu marido que a olha com um olhar culpado - Anos se passaram desde acordo, a rainha conseguiu a sua cura e finalmente conseguiu ter a tão  esperada primogênita,a rainha Drevil se tornou uma grande amiga dela,  o rei Angel  não   contou a sua rainha sobre o acordo, agora a princesa  está no via do príncipe.
 
- A-amor...- fala meu sogra com medo.

  - EU AINDA NÃO  TERMINEI EDWARD!- ela gritou fazendo todos nós nos encolhemos nas nossas cadeiras.

  - Como pode fazer isso Edward?  Ela é  nossa filha! E você Amélia...você  minha amiga, você passou por tudo isso, você  viu  seus pais passando por isso , viu o sofrimento que é  um casamento  sem amor - ela fala olhando pra meu sogro e em seguida para minha mãe  que já se encontra como rosto molhado de lágrimas.

  - Eu...Eu não podia mais indeferir...já estava feito...minha amiga....minha irmã...Eu sinto muito...- disse minha mãe  caindo no choro logo em seguida,  Clarisse a olha com carinho e tristeza , sei que ela não está com raiva, magoada  sim mas não  com raiva.

  - vocês me decepcionaram tanto...fazer nossos filhos passarem por isso - diz com a voz chorosa.

  - Isso foi por vo...- meu sogro foi interrompido  por Clarisse.

- Me poupe  de suas explicações Edward,  com você eu me entendo em casa, Amélia,  em uma coisa o seu marido acertou " é  mais fácil  conquistar uma cidade do que uma pessoa magoada " - diz se levantando  de seus cadeira indo embora, meu sogro nos  olha por um instante antes de segui a dona Clarisse.

Olho para minha mãe  que está com a maquiagem  borrada pelas lágrimas, sei O quanto ela gosta da dona Clarisse, eu me levanto para estender meus braços  para abraça-lá , sem demora ela se joga em meus braços  e chora, chora como se houvesse amanhã.

  - Pa-parece que t-tudo está virando de cabeça  para baixo meu filho - fala tirando a cabeça  do meu peito e olhando em meus olhos - primeiro aquela...aquela...aquela meretriz volta, casada com um dos nossos sócios querendo frequentar a nossa empresa, depois a Clarisse descobre sobre o casamento arranjado,  Deus! Oque mais falta acontecer?

  - mãe - digo passando a mão  em seu rosto - de tempo para ela...ela está magoada , mas ela sabe minhas meus...minhas intenções   com a Clara, se não  ela não  me ajudaria com a surpresa.

  - Ela tem razão,  eu deveria ter intervindo nessa situação, mas você está certo...darei tempo a ela ,mas vamos pra o seu apartamento?  Eu posso dormir la?, não  é  só ela que precisa de um tempo para pensar.

  - Você vai dormir la? Oque o seu Drevil fez dessa vez?- digo pois conheço meu pai e conheço ainda mais minha mãe,  são loucos um pelo outro  mas são  como fogo e gasolina.

minha mãe  já dormiu fora de casa algumas vezes por causa de brigas , saia sem dizer para onde ia, só voltava dias depois, meu paí chegava  a contratar um detetive, mas minha mãe  sempre foi ótima em se esconder. Ela me olha triste.

  - Tudo bem ! Vamos - digo colocando minha mão  em seu ombro, entramos no café para   pagar pela comida que nem tocamos, o tal de Lyam veio com um monte de sacolas em minha direção,  eu as peguei.

  - por conta da casa...mande lembranças  minhas a fleur du désert (flor do deserto) isso é  para ela, diga que estou com saudades! - diz ele com um tom nostálgico.

  - para Clarisse ? - digo sorrindo.
 
( acho melhor meu sogro se cuidar a concorrência está grande)

  - não  para  mon ( minha) Clara- diz o desgraçado  com um sorriso de orelha  a orelha no rosto.
 
(como é  filho da puta?)

Aprendendo  a ser Seu (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora