Desastrada?

347 25 19
                                    

Ela acabou pegando no sono, mas ele ficou acordado, pensando em muitas coisas, mas principalmente no que ele faria dali em diante, sem perceber enquanto andavam seus pensamentos ele voltou a fazer movimentos circulares com a palma da mão nas costas dela, até que notou que ela estava gelada, quando olhou pra ela, percebeu que ela estava um pouco encolhida, puxou a colcha e a cobriu, não demorou muito tempo e ele a sentido relaxar no seu colo, entrando em sono profundo, porém ele foi acometido de uma vontade incrível de ir ao banheiro como se tivesse tomado 20 litros de água, ele não queria acorda-la, então foi saindo da cama o mais tranquilo possível pra que ela não despertasse, a deixou sobre os travesseiros, puxando a coberta até cobrir o pescoço dela, ela resmungou um pouquinho mas logo voltou a dormir e ele finalmente pode ir ao banheiro desesperadamente e fazendo de tudo pra fazer menos barulho possível. 

Depois de fazer sua necessidade e lavar as mãos voltou ao quarto pegou a mala e procurou um shortes mais confortável, voltou ao banheiro para se trocar e escovar os dentes, quando voltou ela estava sentada na cama olhando pra ele:
- Ué acordou? -  perguntou ele
- O que você tava fazendo?- retornou ela.
- Fui trocar a calça por algo mais confortável e escovar os dentes, porque você não tira a calça também? -  Disse ele
- Não tenho outra pra por e a essa hora minha mãe já está dormindo,  não vou ficar só de colant não é, não me sinto a vontade.- explicou ela
- Porque não se sente a vontade? Você fala como se eu já não tivesse te visto com menos roupa que isso. - disse ele
Ela mais do que rápido diz indignada:
- Rugge!!
-  O queeee  - a imitando - to mentido? - perguntou ele.
Ela meio sem jeito responde:
- Não, mas...
Ele a interrompe e diz:
-  Mas nada tira logo isso aí, e digo mais eu se fosse você tiraria tudo, a calça o colant, eu te empresto uma camiseta minha e você vai dormir mais confortável!
Ela começa a respondê-lo, mas ele não dá atenção e procura uma camiseta na mala, encontra a parte de cima de seu pijama que é mais larguinho, da a volta na cama, ela seguia dizendo:
- ... as coisas não são bem assim!.
-  De fato... - Entrega a camiseta pra ela - Vai se trocar -  diz ele apontando para a porta do banheiro com o olhar.
Ela sabia que ele não tinha prestado a atenção em uma palavra que ela havia dito, no entanto de fato a calça era desconfortável pra dormir, se levantou e foi ao banheiro trocar de roupa, ele ficou ajeitando a cama tirando o excesso de travesseiros e arrumando as cobertas. Depois de tirar a roupa e colocar a camiseta dele que ficava praticamente um vestido, ela foi pegar o pote de sabonete na saboneteira de vidro e a deixou cair, fazendo um som alto de algo quebrando, ele se assustou, indo em direção ao banheiro  disse em voz alta:
- Mas sempre desastrada...
Se chocou com ela na porta, ela parou com as mãos no peito dele,  ele a segurou pelos pulsos devido ao choque, se olharam e virando o olhar pro lado ela disse:
- Derrubei a saboneteira mas não quebrou! 
- Karol Sevilla, sendo Karol Sevilla. -- disse ele
Ela retornou serrando os olhos e fazendo gesto com a mão:
- Ah para nem sou mais tão desastrada assim, só um pouquinho.
Ele riu, notando como ela estava linda mesmo que coubesse mais 3 pessoas dentro daquela camisa, ela se soltou dele e foi em direção a cama, ele foi pelo outro lado, ela se sentou e cobriu rapidamente as pernas, ele afofou os travesseiros e se deitou um pouco inclinado, abriu o braço esquerdo e olhou pra ela, ela retribuiu o olhar, ficou um pouco pensativa, mas se deitou sobre o braço dele, apoiando a mão no seu peito, fazendo pequenos círculos com o indicador. A noite estava fria, logo ele puxou mais cobertas sobre os dois,  ela continuava com a mão sobre o peito dele porém com o olhar perdido no espaço, ele deu um beijo em sua cabeça, apagou um pouco as luzes, deixando só as arandelas da cabeceira acesas, pois ela não gostava de escuro total. Os dois ficaram ali juntos, aquecidos pelas cobertas, cada um com seus devaneios, até que ela levantou a cabeça para olhar pra ele, e ele retribuiu.
Se olharam por alguns instantes, até que ela colocou a mão sobre a bochecha dele, o olhando profundamente, num arroubo se pôs sobre ele, ficando rosto a rosto, ele pousou as mãos nos quadris dela, seguiram se olhando até ele passar a língua no lábio inferior e mutuamente eles começarem a se beijar. Sentiram falta um do outro por quase 3 meses até esse momento chegar, então tinham que aproveitar ao máximo cada segundo, pensava ele, enquanto seguia beijando-a.
Por vezes ela acariciava o cabelo dele, ele que já havia erguido boa parte da camiseta, acariciava lentamente o fim das costas e o quadril dela, ao mesmo ritmo que se beijavam. Ele sentou levantando-a, parou de beija-la para tirar a própria camiseta, a puxou pra mais perto, ela passou os braços pelo pescoço dele e voltaram para os beijos, porém agora mais implacáveis de quase os deixarem sem fôlego. Quando ela menos percebeu já não estava mais vestida e os dois estavam perfeitamente encaixados,  seguiram daquela forma noite a dentro, até caírem no sono abraçados um de frente ao outro.

BoomerangWhere stories live. Discover now