Crescendo

259 13 6
                                    

Antonella entrou devagar no quarto, havia uma música suave, como uma canção de ninar no ambiente, aquele cheirinho de bebê invadiu seu olfato, era uma atmosfera muito aconchegante e tranquila. Ela se aproximou com cuidado de sua nora, para ver por primeira vez de pertinho sua neta, que ainda mamava, era tão pequena, aqueles olhinhos que se entreabriam entre cada engolida, os pezinhos que se mexiam indicando que ela estava desfrutando do seu momento com a mamãe e obviamente de seu alimento. Ela prosseguiu vendo a cena com muito carinho para registrar na memória, seu filho já bem crescido, com uma carreira bem construída, ao lado da esposa, que amamentava sua primeira neta, Antonella não poderia estar mais satisfeita com a vida, nem sempre tudo eram flores, mas esses momentos é que faziam a vida ter sentido. Quando Lorenza finalmente terminou de mamar e Karol a levantou de encontro ao seu peito para arrotar, Antonella disse emocionada:
- Ela é tão  pequenininha, mas tão linda! Quer dizer é claro que dá primeira foto que você enviou filho, ela já cresceu um pouquinho, mas mesmo a foto não deu a dimensão certa
do tamanho dela.
- É que a minha mãe é pequena nonna por isso eu sou pequenininha também! - disse Rugge com a voz suave.
Antonella e Karol riram, logo Lorenza arrotou seguido de um bocejo, sinal de que voltaria a dormir brevemente, Antonella então seguiu perguntando:
- E você Karol tudo bem?
- Tudo bem, os 2 primeiros dias foram meio incômodos, mas agora já estou quase no normal. - respondeu Karol.
- Se nota, nem parece que esteve grávida - afirmou Antonella - E foi tudo tranquilo? - continuou.
- Foi sim - respondeu Karol olhando para Rugge que complementou.
- Demorou mais tempo para evoluir as contrações do que o nascimento em si... foi meio assustador de início, mas depois que ela saiu e começou a chorar, foi um grande alívio - ele troca olhares com Karol - pra nós dois, obviamente muito mais pra Ka, mas eu estava ligeiramente preocupado e nervoso, mas ao ouvi -la chorar e ao ve-la por primeira vez tudo passou.
Karol e Antonella seguem conversando, enquanto Rugge observa Lorenza que havia virado a cabeça para olhar para ele, que disse com a voz amena:
- O que que voxê tá me olhando hein?? Princesa mais linda do papai!
Lorenza lhe deu um meio sorriso em resposta. Karol se lembrou do presente que Rugge havia mandando fazer para as avós e disse:
- Ah Nella temos um presente pra você!
- Não mios amores, vocês já são o melhor presente que eu tenho! - exclamou Antonella.
- É algo especial para as avós. - Retornou Karol.
- Amor deixa eu ficar um pouquinho com ela - interrompeu Rugge.
Karol entregou a filha ao Pai, que a segurou a deixando de frente a ele para que se olhassem, enquanto ela ia em busca do presente da vovó no armário, o papai enchia a filha de beijinhos, deixando Antonella com o olhar terno e orgulhosa de seu filho. Karol encontrou  a caixinha que continha o presente e entregou a nona, mas Lorenza começou a soluçar, o que fez Karol retornar  ao armário por uma mantinha.
- Eita soluço seu feio! - brandou Rugge, levando Lorenza de encontro a seu peito, para aquece-la.
Karol logo levou a coberta até eles, cobrindo a filha e dizendo:
- Enrola ela Baloo!
- É  o soluço mais fofo que eu já ouvi na vida - disse Antonella.
Karol riu e disse:
- Nella abre seu presente.
- Ah é verdade, me perdi vendo mia bambina! - exclamou Antonella.
- Eu sei bem como é Mamma, tem horas que ficamos olhando pra ela e nem vemos o tempo passar. - disse Rugge enrolando a filha na coberta fazendo o soluço parar.
Antonella então abriu o presente, era uma correntinha com uma medalinha em formato de menininha, ao ver ela ficou muito emocionada.
- É pra você carregar ela sempre com você Mamma! - disse Rugge.
Antonella ficou mais emocionada ainda, acabou por abraçar  Karol fortemente, lhe agradecendo diversas vezes, depois foi por seu filho, fazendo carinho em seu rosto, por fim acabou falando:
- Melhor decermos seu pai ja deve ter feito o café e certamente ele e Léo estão  ansiosos por conhecer questa bambina!
- Bruno e Leo também vieram Nella?? - perguntou Karol se encostando no ombro de Rugge dando uma olhada na filha estava bem desperta.
- Sim, eles vieram e me parece que os demais chegam logo, sua mãe está que não  se aguenta de ansiedade!
- A família reunida outra vez! - Disse Rugge.
- Estou morrendo de saudades da minha mãe! - exclamou Karol.
- Imagino que sim Ka, logo ela chega, mas vamos descer? - seguiu Antonella.
- Vamos sim Mamma. - confirmou Rugge.
Antonella foi na frente com Karol conversando para o corredor e Rugge logo atrás com Lorenza que resmungava um pouquinho. Ao começarem a descer as escadas Antonella advertiu:
- Desce com cuidado figlio mio.
- Tranquilla Mamma. - disse Rugge.
Ao chegarem na sala de estar, Rugge parou e desencostou um pouco Lorenza de seu peito, para abserva-la pois ela seguia com resmungos.
- Que foi princesa? - disse ele analisando a filha.
Lorenza mexia a cabeça e as mãozinhas, os olhos estavam mais abertos do que ultimamente, ela olhava atentamente o pai, que deflagrou alguns beijinhos em suas bochechas rosadas, mas ela estava impaciente parecia procurar algo, até seu pai dizer:
- Você  quer a mamãe né filha - Lorenza fez menção de chorar - shhh Shhh, vamos lá pequena não precisa ficar braba.
Rugge caminhou até  Karol que já estava quase na porta da cozinha com sua mãe, quando foi chama-la, Lorenza resmungou mais alto, fazendo Karol ir imediatamente por ela.
- Que foi minha pequena?? - perguntou Karol se encostando em Rugge novamente para olhar a filha.
Lorenza olhou fixo para a mãe, mexeu a boca como se quisesse falar, até  fazia alguns sons, mexia as mãozinhas, o que fez Karol se inclinar para lhe dar beijinhos, que fizeram Lolo fechar os olhinhos e se tranquilizar, Rugge ao ver a cena disse baixinho:
- Você ama a mamãe não é filha?
- E o papai também! - exclamou Karol ainda dando beijinhos na bebê.
Com Lorenza mais sonolenta eles entram na cozinha, Antonella estava falando da neta ao marido e ao filho, Leo e Bruno ao verem Rugge com Lorenza no colo, se aproximaram, os dois ficaram com os olharem brilhantes e curiosos para conhecerem a mais nova integrante da família, Rugge logo entregou a filha nos braços  do Nono, que emocionado  disse:
- Como pode ser tão pequena! - olha para o filho caçula - Venha Leo conhecer sua sobrinha filho!
Leo olhou para a sobrinha, que piscava suavemente os olhinhos, como seu pai havia dito ela era bem pequena, mas tão linda, com aquele cabelinho ralinho de bebê, os olhos azulados e arredondados, era quase uma boneca, seu instinto após finalmente conhecer a sobrinha foi ir buscar o abraço de seu irmão que agora havia se tornado pai.
- Congratulazioni fratello, è bellissima!Sono molto orgoglioso di te! - disse Leo.
- Grazie! - agradeceu  Rugge batendo nas costas do irmão.
Ele não tinha muito o que dizer, a felicidade era tão aparente que o deixava sem palavras, tinha um brilho no olhar, o sorriso leve e solto. Olhou para Karol junto a Bruno que ainda segurava a neta no colo, se aproximou é fazendo carinho no cabelo de Karol disse:
- Parece que alguém gostou do colo de Nono!
- Ela pegou no sono mesmo. - disse Karol observando a filha com ternura.
- Vocês dois não tomaram café, deixa seu pai um pouco com a neta filho e vamos tomar café! - exclamou Antonella, organizando a mesa da península.
Enquanto eles tomavam o café da manhã junto a Antonella e Leo, Bruno foi com a neta nos braços para a sala se sentar, ele tinha medo de derruba-la de tão pequena, sentado pode admirar a nova jóia da família, como respirava, como alguns traços lembravam sua mãe,  mentalmente fazia os votos mais graciosos que podia a vida de sua neta.
Na cozinha todos conversavam, Leo fazia muitas perguntas ao irmão sobre como era ser pai, Antonella tentava acalmar o filho caçula dizendo que Lorenza tinha acabado de chegar, que Rugge tinha muito para descobrir sobre a paternidade, mesmo assim Rugge respondeu o irmão com o que já havia passado, de repente  sentiu Karol encostar em seu ombro, ela estava com os olhos fechados, ele respirou fundo, olhou pra mãe e disse:
- Ela está cansada.
- É muito recente ainda filho, embora vocês tenham criado uma rotina, vai demorar pra acostumar, além dela também estar se recuperando. Porque não a leva pra sala de TV pra descansar mais confortável?? - perguntou sua mãe.
Rugge deu um beijinho na testa de Karol, a desencostou de seu ombro e ficou de pé, o que a fez entre abrir os olhos, ele se abaixou e disse baixinho a pegando a no colo:
- Se segura em mim.
Ele a levou pra sala de TV, a colocou no sofá aquecida com uma manta, pegou no sono igual a filha, Rugge voltou a cozinha conversou um pouco mais com a Mãe e o irmão, mas precisava ligar para a produtora, pediu licença e foi até  a sala buscar um envelope, quando viu seu pai sentado com Lorenza no colo.
- Pai ainda está com ela? Pode colocar ela no carrinho do lado da cozinha, ela fica bem ali. - disse Rugge carinhosamente enquanto pegava o envelope na estante.
- Ah figlio mio, lasciami stare ancora un po 'con lei. - respondeu Bruno.
- Da vontade de ficar olhando pra ela o dia todo, eu sei! - disse Rugge indo em direção a eles e dando um beijinho na mãozinha de Lorenza - Bom vou trabalhar um pouquinho, qualquer coisa me chame.
- Tranquilo filho. - concluiu Bruno.
Rugge seguiu para a sala acústica para fazer algumas ligações e arrumar algumas papeladas, Antonella e Leo ficaram na cozinha ajustando tudo para o almoço, Karol ficou dormindo na sala de TV, enquanto Lorenza seguia sendo observada pelo Nono Bruno, que ao ficar observando a neta perdeu a noção do tempo, já estava quase na hora do almoço quando Lorenza começou a se mexer a abrir os olhinhos.
- Que foi princesa do Nono? - disse Bruno.
Ela levou as mãozinhas a boca e foi se agitando cada vez mais, Rugge vinha pelo corredor falando ao telefone:
- ... Sim Alvarenga.... Aham... isso te envio pelo motoboy... tranquilo... até! - olhou pro pai e para a filha, olhou no relógio do celular e disse - Pai você ficou com ela né hehe, mas ela deve estar com fome.
Foi ele dizer e Lorenza disparar o choro, Rugge foi por ela a pegando do colo do pai e a levando contra seu peito, mas a fome dela falava mais alto então ela seguia chorando, ele pediu licença ao pai e foi em direção a sala de TV falando com Lorenza:
- Já vai princesa, deixa eu chegar até a mamãe, calma.
Chegando na sala de TV, ele contornou o sofá, Karol ao ouvir o choro da filha se sentou ainda me sonolenta.
- Fominha amor. - disse Rugge.
Ele entregou Lorenza a Karol, e a ajudou a colocar a almofada por baixo da bebê, em segundos ela parou de chorar e começou a mamar, Rugge olhava para Karol, a fez carinho no rosto, ela estava visivelmente com sono, mas firme.
- Tudo bem? - perguntou ele.
Ela assentiu com a cabeça.
- A julgar pelo aroma minha mãe já deve estar com o almoço pronto, vou buscar pra você tá. - seguiu Rugge se levantando a beijando na testa e indo em direção a cozinha.
Lorenza para variar estava com muita fome, começou mamando agitada e olhando pra Karol, que logo começou a fazer carinho com o indicador na testinha da filha que foi se acalmando. Rugge retornou com um prato e um garrafa de água que pousou sobre a mesinha e com o prato na mão se sentou ao lado de Karol, ligou a TV para ver o jornal local, enquanto dava colheradas do risoto que Antonella havia feito, para ela na boca intercalando com goles d'água  enquanto sua filha seguia mamando.
Dali se ouvia um alvoroço vindo da cozinha, Karol depois de engolir perguntou:
- O que será  que está acontecendo?
- Não sei amor... - começou  Rugge.
- Cadê minha abelhinha!! - Disse Caro contornando o sofá.
- Mama! - exclamou Karol.
- Ai filha desculpe - disse Caro com a voz mais baixa ao ver a filha amantentando.
- Tudo bem Má! - disse Karol mastigando.
- Fico mais tranquila vendo que está bem cuidada - olha para Rugge - normalmente a pessoas só  querem saber do bebê e esquecem que a mãe precisa de atenção e carinho também! - disse Caro.
- Humm ele tem - engole - cuidado de mim direitinho Má! - retornou Karol.
Mas sua mãe lhe olhava ternamente com os lábios contraídos, o que fez Karol lhe perguntar:
- Que foi Mamá?
- Nada - segura uma lágrima - ... minha menina cresceu e virou mamá...
- Ah! Mas ainda sou sua filha louquinha, tranquila, Lolo é um bônus! - disse Karol comendo e rindo.
Caro foi até ela lhe dando um beijo suave na testa, depois a olhou no olhos e por fim olhou a neta que mamava muito bem.
- Ela pegou bem não é? - perguntou Caro.
- Uhum, os  dois primeiros dias a sucção não estava boa, machucava um pouco, mas no terceiro dia ela achou seu jeito e agora está mamando super bem. - respondeu Karol orgulhosa.
- Se nota, da primeira foto que Rugge enviou ela já mudou um pouquinho. - disse Caro acariciando a cabeça da neta.
- Ela mama bem, não  faz miséria não. - disse Rugge.
- Karol come 10 tacos em uma sentada, você come super bem, era óbvio que a filha de vocês não faria menos! - disse Montse entrando na sala.
- Prima! - exclamou Karol antes de Rugge lhe dar mais uma garfada.
- Tá cuidando dela direito né senhor?? - perguntou Montse objetivamente.
- Ele está sim. - disse Caro.
- Estou sim tia Montse! - exclamou Rugge.
- Ai meu deus virei Tia é oficial! - disse Montse se sentando no Puff.
Rugge percebeu que Lorenza iria parar de mamar, verificou que o absorvente de leite estava bem cheio então pediu a Montse:
- Tia Montse, tá vendo essa caixa aí, dentro dela tem um monte de coisas, uma delas é uma caixa com a foto de um bebê mamando dentro dela tem esses absorventes - mostra - me alcança um, porque esse já tá no limite.
Montse encontrou a caixa e logo lhe alcançou o absorvente, foi o tempo suficiente para Lorenza terminar de mamar. Karol arrumou a roupa e levantou a filha para com batidinhas nas costas fazê-la arrotar e não demorou muito.
- Ushi! Esse foi alto! - exclamou Karol rindo e inclinando a filha para olhar pra ela.
Karol deu alguns beijinhos nas bochechas de Lolo e logo Rugge pediu a pegando no colo:
- Vem com papai um pouquinho pra mamãe terminar de comer princesa. - olha a filha com atenção - Eita esse narizinho - olha pra Montse - Montse alcança um cotonete pra mim, tem aí na caixa.
Karol coloca a almofada sobre o colo do Rugge, para ele poder apoiar Lorenza, logo Montse se senta ao lado dele e lhe entrega o cotonete, Karol então diz:
- Ela não gosta de limpar o nariz, fica super incomodada!
- Mas tem que limpar amor! - disse Rugge ajeitando Lorenza.
Com cuidado ele fez a limpeza do nariz da filha que ficou brava, fez careta e resmungou, o que fez Montse dizer:
- Ela faz exatamente a carinha da Ka quando fica brava!
- Não é?! - indagou Rugge.
- Hum - comendo - Baloo coloca a touquinha nela, deixa ela enroladinha pra não dar soluço de novo. - pediu Karol.
- Montse me alcança a touquinha por favor. - disse Rugge.
- Hunf virei empregada - disse Montse em tom de ironia enquanto alcançava a touquinha.
Rugge colocou a touquinha na filha, abriu a coberta pra arruma-la, então  Lorenza bocejou, fazendo Montse ter um ataque de ternura e Rugge dizer:
- Esse leite da mamãe tem sonífero né  filha.
Karol lhe deu um tapa na perna em protesto.
- Ai! - reagiu Rugge - Eu falei no bom sentido amor! - disse ele.
- Não tenta arrumar Rugge! - disse Montse segurando a mãozinha da sobrinha.
- Mas eu... - começou  Rugge.
- Se você  tivesse dito que dava soninho tudo bem, mas sonífero Baloo? - indagou Karol.
- É Rugge ficou ruim isso aí! - seguiu Montse.
- Me ajuda sogra... - pediu Rugge olhando para Caro sentada no Puff em frente.
- Meninas, ele só  quis dizer que seu leite é muito bom filha e por isso da sono na Lolo. - disse Caro acalmando os ânimos.
- Eu estava brincando mãe! - disse Karol.
- Eu não! - deixou claro Montse.
- Montse vamos na cozinha ver se a Nella quer ajuda com alguma coisa e se Miguel e Mau conseguiram trazer as malas! - induziu Caro.
- Má mi hermanito veio? - perguntou Karol animada.
- Veio sim filha, logo ele vem te ver. - respondeu Caro - Vamos Montse!
- A empregada tá indo! - disse Montse acompanhando sua tia até  a cozinha.
Os dois ficaram sozinhos com a filha na sala, Karol logo se encostou no ombro de Rugge para os gracejos de Lorenza.
- Quem vai tomar seu primeiro banhinho hoje? Quem vai? - disse Rugge modulando a voz e falando com a filha.
- Mas não  é só  quando ela completar 1 semana amor? - perguntou Karol estranhando.
- Mas ela praticamente tá fazendo uma semana hoje Moglito, ela nasceu de segunda pra terça, então sim faz uma semana. - respondeu Rugge fazendo carinho nas bochechas da filha.
- Como passou rápido essa semana! - disse pensativa Karol.
- Oi, posso entrar - disse Maurício da porta da sala.
- Hemanitoooo!!! - Exclamou Karol contendo a voz.
- Claro Mau, chega aí! - disse Rugge.
Maurício quase nem conseguiu chegar até eles, Karol foi direto abraçar o irmão.
- E aí mana como você está? - perguntou Maurício a abraçando forte.
- Estou bem, me recuperando, mas super feliz de te ver aqui e toda a família. - respondeu Karol ainda abraçada com ele.
Eles se soltaram um do outro, ela o puxou pela mão o conduzindo até  Rugge dizendo orgulhosa:
- Vem! Vem conhecer sua sobrinha.
Maurício olhou para Lorenza no colo de Rugge, tentou conter mas uma lágrima escorreu, então ele disse:
- Que pequenininha que ela é. Mas da foto que o Rugge mandou de terça passada, ela já cresceu um pouquinho parece.
- Ela mama bem, por isso está crescendo. Quer segurar ela um pouquinho? - perguntou Rugge.
- Será, tenho medo? - retornou Maurício.
- Nada, senta aqui. - indicou Karol.
Maurício se sentou ao lado de Rugge, que passou Lorenza a ele com cuidado, a bebê mexeu os pezinhos, mas continuava sonolenta, deu duas piscadinhas e acabou pegando no sono.
- É tão  incrível, a algumas semanas ela estava aí dentro, agora está aqui,  a natureza é uma loucura. - disse Maurício.
- Baloo tem alguém te ligando pega o celular na mesinha - É o Alva. - disse Karol alcançado  o aparelho a ele.
- Eu vou atender na outra sala, já volto. - disse Rugge se levantando.
Ele deu um selinho em Karol e foi rumo a sala acústica falar com o Alvarenga. Karol ficou junto do irmão  zelando pela filha, Maurício logo perguntou:
- Rugge está cuidando de vocês direitinho mana?
- Uhum, esta sim, super atencioso, precavido e protetor, SUPER protetor. - respondeu Karol rindo.
- Mais do que quando você  estava grávida? - retornou Maurício.
- Sim! - revirou os olhos - Ele respeita meu espaço  e meu tempo com ela, mas quer garantir que estamos bem e que não nos falta nada o tempo todo... Na realidade não posso reclamar, confeço que esse lado Pai dele o deixa mais bonito. - respondeu Karol  sorrindo ternamente.
- Fico mais tranquilo, sei que as circunstâncias são completamente diferentes, sei que ele te ama, mas se ele pisar na bola me avisa! - deixou claro Maurício.
Eles são interrompidos por Caro que trazia Miguel pra conhecer a bebê, Caro se sentou ao lado do filho que logo passou a sobrinha para a mãe, que ficou emocionada por ter as recordações dos filhos pequenos avivadas.
- E como estão os preparativos do casamento Má? - perguntou Karol.
- Já está quase tudo resolvido filha. - respondeu Caro.
- Sua mãe está indecisa quanto a comida, não sabe se fazemos um jantar típico de casamento, ou um buffet da especialidade da família. - complementou Miguel.
- A Eli não vai aguentar cozinhar tudo Miguel, quero a família aproveitando a festa não trabalhando. - contestou Caro.
- Posso sugerir algo? - perguntou acanhadamente Karol.
- Claro Ka - respondeu Miguel.
- Porque não fazem um jantar típico mas montam uma mesa com os ingredientes dos tacos e cada um monta o seu a gosto? Assim ninguém se sobrecarrega. - retornou Karol.
- Que esplêndida ideia filha! - exclamou Caro
- Ha! Eu sei que sou demais! - disse Karol esguendo os ombros da camiseta.
Miguel e Caro se entre olham e Miguel  perguntou:
- Ela se tornou mãe mesmo?
- Sim, mas sem perder a forma de ser! - respondeu Caro, nitidamente feliz.
- Ter mais responsabilidade não  quer dizer que precise deixar de ser quem sou Mi. - concluiu Karol.
Mais tarde Caro colocou a neta no carrinho ao lado da porta da sala de jantar e se juntou a toda a familia para saborear o jantar. Era bom ter a família reunida outra vez, aquele falatório, assuntos diversos, boa comida, Rugge estava quieto, apenas observava Karol atentamente, por vezes seus ouvidos buscavam ruídos ao lado da porta, mas Lorenza seguia dormindo, estava perdido em seus devaneios quando os olhos de Karol encontraram os dele, se olhavam carinhosamente, aquele velho dialeto próprio, a arte de falar sem dizer uma palavra, de tocar com o olhar, ele se aproximou lhe beijando a testa, ela percebeu que ele não havia tocado no prato e perguntou:
- Não vai comer?
- Vou sim... - começou Rugge.
Ele se aproximou mais dela lhe beijando suavemente, após o beijo Karol o olhou nos olhos e disse baixinho:
- Eu tô bem!
- Eu sei. - confirmou Rugge em mesmo tom.
- Você que não vai ficar bem se continuar se burlando da comida e eu preciso de você bem. - o contestou Karol.
Por fim ele acabou comendo. Depois do jantar, todos foram arrumar os quartos, Karol foi tomar banho e Rugge ficou no terreo aguardando Lorenza acordar para poder dar o primeiro banho dela em casa. Pouco tempo mais tarde Lorenza começou a se mexer no carrinho, Rugge foi por ela a pegando no colo e subindo imediatamente, foi até  seu quarto, encontrou Karol enchendo a banheirinha e monitorando a temperatura d'água. Ele colocou  Lolo sobre a cama e tirou toda a roupinha dela e a fralda, e a enrolou em uma fralda de pano. Foi até  Karol que já estava desligando a torneira e disse:
- Mamãe meu umbigo caiu e eu tô começando a ter umas dobrinhas de leve.
- Sério? Você tá crescendo minha princesa! - disse Karol dando beijinhos na testa da filha - A agua ja esta na temperatura  papai!
Rugge levou Lorenza até a banheira começou a lavar o rostinho e o cabelinho e Karol disse:
- Vou buscar roupinhas limpas pra ela já volto!
- Tá bom amor, mas não demora, vou precisar de ajuda com a toalha. - advertiu Rugge.
Ele seguiu com o banho da filha, a desenrolando da fralda e emergindo ela na água, ela estava acordada e olhava ele com atenção, mexia as perninhas quase que sem parar, mas a agua quentinha estava a deixando mais relaxada, quando a virou de bruços, ela levou a mãozinha a boca e começou a succionar.
- Papai está terminando, já já você  mama princesa. - disse Rugge.
Karol retornou com as roupinhas, ajudou colocando a toalha esticada sobre o peito de Rugge que sem demorar tirou a filha da banheira a enrolando na toalha e a levando pra bancada, para seca-la e colocar a roupinha, enquanto Karol esgotava a banheira.

Rugge começou a secar Lolo e a colocar a fralda e a roupinha, mas ela seguia com a mãozinha na boca, logo ele disse:- Mamãe tem alguém com fome aqui!Karol se aproximou e perguntou:- Tá com fome minha princesa, é? O papai já termina de colocar sua ...

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Rugge começou a secar Lolo e a colocar a fralda e a roupinha, mas ela seguia com a mãozinha na boca, logo ele disse:
- Mamãe tem alguém com fome aqui!
Karol se aproximou e perguntou:
- Tá com fome minha princesa, é? O papai já termina de colocar sua roupa e você já mama. - olha para o Rugge - Vou me arrumar na cama. - disse Karol.
- Trouxe a almofada? - perguntou ele.
- Minha mãe trouxe. - respondeu ela.
- Tá, já te levo ela. - concluiu Rugge.
Ele terminou de colocar a roupa na filha e a enrolou na mantinha, Lorenza estava começando a querer chorar, Rugge a pegou no colo e lhe dando beijinhos foi até  o quarto, a entregou para Karol e em poucos instantes estava  mamando  tranquilamente com os olhinhos fechados, desfrutando de cada gota do leite de sua mãe.
- Ela está crescendo Baloo. - disse Karol a Rugge que estava sentado ao seu lado.
- Está sim, amanhã  no exame vamos saber direitinho o quanto ela já cresceu.- disse Rugge.
- O banho a deixou mais tranquila. - seguiu Karol.
- Ela vai dormir bem hoje! - disse Rugge.
- É nos também hehehe. - concluiu Karol.
- Sim! - risos - Temos que acordar cedo porque a consulta dela é as 8:15. - continuo Rugge.
- Ela vai acordar 7:30 pra mamar, nos arrumamos e vamos logo em seguida, nem que ela vá mamando no carro.
- Vai ter que ser porque esse horário tem trânsito na estrada. - da um beijinho na filha - Vou tomar banho amor, já volto. - falou Rugge.
- Tá bom papai, mas não demora. - disse Karol fazendo bico.
- Vou em um pé  - selinho - volto no outro. - terminou Rugge indo ao banheiro.
Lorenza terminou de mamar e arrotou rapidinho, estava completamente dormindo em seguida, Karol a colocou no bercinho encaixavel ao lado da cama, se arrumou pra dormir, quando Rugge chegou e também se arrumou na cama, a abraçando, ambos pegaram no sono na mesma velocidade.
Lorenza acordou as 1:30 pra trocar a fralda, depois as 3:40 pra mamar, as 6:15 pra trocar outra vez. Karol e Rugge já se arrumaram, desceram com a filha sem fazer muito barulho para não acordar o resto da família. Na garagem Rugge abriu a porta de traz para Karol sentar, depois se sentou no banco do motorista, ligou o carro e quando estava chegando no portão, Lorenza começou a chorar as 7:30 em ponto e como previsto foi todo o trajeto até  o hospital mamando.
No hospital Dra Marta esperava por eles, a acompanharam até  o consultorio e ela prontamente pegou Lorenza no colo e a levou até a maca para examina-la, estava bem, depois foi ver o peso e o comprimento.
- Ah olha só alguém cresceu 1 cm e engordou 300 gramas, muito bom pra primeira semana! Como esta a coloração do leite e a opacidade Karol? - analisou e perguntou Marta.
- Bem grosso e um pouco amarelado. - respondeu Karol.
- Perfeito significa que está bem cheio de nutrientes, você está cuidando da alimentação direitinho senão  não  estaria desse modo. Bom a princesinha está super bem e liberada! Agora é a vez da mamãe, papai segura sua mocinha. - disse Marta entregando Lorenza a Rugge.
Os exames em Karol foram breves e estava tudo bem. Liberados, retornaram ao carro, dessa vez Rugge colocou Lolo no bebê conforto, Karol continuou atrás para atender a filha se necessário fosse. Saíram do hospital sentido Navarro, eles conversavam sobre o desenvolvimento da filha até ali, quando Rugge mudou de rota.
- Onde você  está indo Baloo? - perguntou Karol sem entender.
- Já que estamos aqui, vamos no café  em frente a praça de maio, tomar café da manhã. Me lembrei dos churros.
- Humm, boa ideia... salivei só de lembrar. Mas não quero expor muito ela Baloo. - disse Karol.
- Eu peço pra viagem amor, paro mais pra frente onde tem os bancos que é mais vazio, assim ela toma um pouquinho desse sol pra ajudar a fixar as vitaminas. - esclareceu Rugge.
Assim o fizeram, chegando ao café  Rugge pediu croissants, café e uma porção de churros pra viagem, retornou ao carro, dirigiu até  a área mais tranquila, estacionou, os dois desceram, Rugge pegou o bebe conforto com a filha e colocou sobre o banco, deixou as mãozinhas dela expostas ao sol da manhã, pegou o pacote com a comida e os copos de cafés e se sentou ao lado de Karol para saborear tudo. Depois de comerem Rugge apoiou o celular na janela do carro e com o auxílio do timer tirou algumas fotos de sua família.

BoomerangWhere stories live. Discover now