Primeira Semana

281 16 4
                                    

Finalmente chegaram em casa, Rugge estacionou na garagem, desceu rapidamente, começou a contornar o carro quando viu Karol saindo pela porta de traz, foi até ela e exclamou:
- Eu vinha te ajudar!
- Eu não preciso mais de ajuda meu Baloo! - disse ela o abraçando.
Juntos deram a volta, Rugge pegou o bebê conforto com Lorenza no banco de trás, Karol fechou a porta do carro, ele foi em direção a porta da cozinha, segurava a cadeirinha com uma mão e com a outra abria a porta, Karol então perguntou:
- Quer que eu segure ela amor?
- Já abri a porta Moglito, tranquila. - respondeu ele dando a última volta da chave.
Eles entraram, Rugge colocou a chave no porta chaves, depois colocou o bebê conforto sobre a península, soltou o cinto de Lolo pra deixar ela mais confortável, ficou olhando pra filha enquanto Karol fechava a porta e seguia a seu encontro. Ela o abraçou de lado, que logo passou o braço por ela, ficaram olhando aquele ser tão pequeno por um tempo, até Rugge dizer:
- Você conseguiu amor!
- Não! Nós conseguimos! - rebateu Karol.
- Mas você ficou com a pior parte... - começou ele.
- Se você não estivesse comigo eu não conseguiria! - interrompeu ela.
Ele virou de frente a ela, a olhando fundo nos olhos, ele não era mais capaz de imaginar uma vida sem ela, foi ficando mais próximo, encostou o nariz no dela, ambos fecharam os olhos, devagar se aproximou dos lábios dela a beijando doce e calmamente. Brevemente foram interrompidos por Lorenza que começava a se agitar, Rugge deu um beijinho na testa de Karol, a soltou e com cuidado tirou a filha do bebê conforto dizendo:
- O que você quer princesa? Fome não é porque você mamou bem antes sairmos... - ele apalpa a fralda - ahhh... Já sei o que é, papai vai trocar você já já!
Ele entrega Lolo a Karol, que estranhando logo pergunta:
- Ue, onde você vai?
- Vou no carro amor, deixamos as bolsas la, eu vou pegar. - respondeu Rugge saindo pela porta.
Lorenza seguia mexendo as perninhas e resmungando, começou a querer chorar, mas Karol logo a deixou na vertical com o rostinho bem próximo ao dela, Lolo passou a observar a mãe com atenção, ela tinha os olhinhos meio azulados de recém nascido, mas era possível ver que seriam claros. Rugge logo voltou com as bolsas, juntos foram em direção a sala de TV, onde ele esticou o trocador no sofá, Karol colocou Lorenza sobre ele, ajudando Rugge com lenços, pomada e fralda, ele fez troca bem rapidinho, estava adquirindo cada vez mais pratica, por seguinte se levantou indo rumo ao piso superior dando o lugar a Karol, que pegou a filha a deixando de bruços sobre o peito a ninando um pouquinho.
Logo Rugge retornou, ele havia indo em busca do carrinho, para ficar ali na sala, assim quando Lorenza pegasse no sono seria mais fácil de a deixar dormindo e locomove-la se necessário a outro cômodo. Ele deixou o carrinho bem aconchegante, como ela havia pego no sono novamente Karol a colocou no carrinho e a cobriu, dormia como um anjinho, com aquela carinha serena e a boquinha levemente aberta. Karol e Rugge estavam cansados, afinal haviam sido muitas emoções nos últimos dias, ele então se deitou no sofá a puxando sobre ele a abraçando, deixaram tudo que eles precisassem a mão e sem demora obviamente adormeceram também.
Karol quando entrou em sono profundo passou a sonhar com o futuro, Lorenza em idade escolar, ela e Rugge fazendo seus shows, a família vindo passar períodos com eles em casa, enquanto seguia com a projeção de futuro, escutava um chorinho ao fundo, quando Lorenza no sonho, começou a repetir a ela "mamãe acorda!!", ela se levantou no susto quase esmagando Rugge em baixo dela ao se sentar bruscamente, percebeu que a filha estava chorando um pouco desesperada, se levantou com cuidado, foi até o carrinho, Lorenza estava muito agitada com as mãozinhas bem fechadas, um tanto vermelhinha, ela a pegou no colo rapidanemente mas Lolo seguiu chorando, ela olhou no relógio abaixo da TV eram quase 16:30, havia passado um bom tempo desde a última mamada Lorenza estava faminta. Rugge se sentou meio zonzo, mas arrumou as almafomadas para que Karol se sentasse, agilmente ela se arrumou, ele colocou uma almofada em baixo da filha, que logo começou a mamar parando imediatamente com o choro.
- Mamãe demorou filha, eu sei. - dizia Karol enquanto enchugava as lagriminhas da filha.
Quando Lolo passou a mamar mais tranquila, Rugge voltou a se deitar no sofá deixando a cabeça sobre a perna de Karol, que lhe fazia cafuné nos cabelos. Passados alguns minutos, ela sentiu o próprio estômago ranger, estava sem comer desde o café da manhã, exitou um pouco mas chamou Rugge:
- Baloo!
- Oi? - retornou ele baixinho.
- Estamos a muito tempo sem comer - seguiu ela.
- O que você quer comer? - indagou ele bocejando.
- Humm não sei, o que for mais prático e rápido. - respondeu ela.
Ele se virou de frente para ela e perguntou:
- Talharim a bolonhesa?
- Perfeito! - respondeu ela seguido de um sorriso.
Rugge iria dizer algo, mas Lorenza começou a reclamar.
- Que foi? - perguntou preocupado
- Temos que mudar de lado papai - respondeu Karol virando Lorenza.
- Ela ta com bastante fome pelo jeito - disse Rugge fazendo carinho na cabeça da filha.
- Dormimos, me atrasei quase 1:30, por isso ela está assim. - disse Karol - alcança o paninho ali pra mim.
Rugge se levantou, pegou o paninho em cima da bolsa, entregou a Karol, deu um beijinho na testa da filha que mamava sonoramente, depois deu dois selinhos em Karol e disse:
- Vou fazer o Almo... jantar.
Karol riu e ele seguiu:
- Qualquer coisa me chama tá. - selinho, olha para Lorenza - Mas você é igual sua mãe mesmo, devagar filha!
Lorenza que estava com os olhos meio entreabertos, os abriu e olhou pro pai, que continuou:
- É, é com voxê memo que eu tô falando - ela solta do peito da mãe e olha pra ele - não podi mamar com pressa, você é muito pequenininha, e se você engasga? Vai deixar a gente preocupado, vai devagar, a mamãe não vai deixar você.
Lorenza sorri pra ele, Karol olha pra ele fazendo bico, ele balança a cabeça em negação e segue:
- Vocês... hunf ... me derreto ... vou fazer papá!
Lolo volta a mamar, mas mais devagar, mas seguia olhando pro pai que logo disse indo a caminho da cozinha:
- Melhor assim ... hunf!
Lorenza seguiu mamando mas olhando para a Mãe, Karol tinha um olhar de satisfação e ternura, amor era uma palavra que vazia muito mais sentido naquele momento. Lolo parou de mamar, mas sem tirar os olhinhos de Karol, que enchugava a boquinha da filha também a observando e por fim disse:
- Chega?
Lorenza sorriu pra mãe em resposta enquanto mexia as perninhas, Karol fechou a blusa, levando a filha de encontro ao peito, dava leves batidas nas costas da bebê que fazia barulhinhos com a boca, até o arroto chegar, Karol a inclinou um pouquinho para olhar pra ela lhe dando um beijinho na testinha, Lolo lhe retribuiu com um bocejo e piscadinhas, logo Karol a deitou sobre seus braços, fazendo carinho em uma de sua mãozinhas até ela pegar no sono mais uma vez.
Na cozinha, Rugge já havia colocado a água pra ferver, preparava o molho enquanto a carne descongelava, estava concentrado no que fazia mas era engraçado, toda uma vida com ouvido pra música, naquele momento seus ouvidos estavam na sala de TV, pra caso Karol precisasse de ajude ou a bebê chorasse.
Karol colocou a filha novamente no carrinho, levou ele com cuidado até a sala de estar perto da porta da cozinha, puxou a mantinha sobre Lorenza, ergueu a capota para a claridade não incomodar, deu uma última olhada na filha e foi para a cozinha.
Rugge estava de costas, cortando condimentos na bancada, Karol foi até ele o abraçando pelas costas, o fazendo dizer:
- Oi!
- Oi meu Baloo! - retornou ela.
- Ela já dormiu? - perguntou ele.
- Uhum! - respondeu ela, sentindo o cheiro da comida - Humm o cheiro tá muito bom!
Ele terminou de cortar as cebolinhas e virou pra ela que seguia agarrada nele a abraçando dizendo seguido de um selinho:
- Falta só macarrão ficar no ponto e já vamos poder comer!
- Nhami! Quer que eu ajude, ralando o parmesão? - perguntou ela.
Eles trocaram olhares e acariciando o lábio inferior dela com o dedão ele respondeu:
- Quero! Tá na segunda gaveta de frios.
- Si si - disse ela com a voz grossa - mas só posso ir até a geladeira se você me soltar - falou ela fazendo bico.
Mas ele não parecia escuta-la, a olhava fixamente, colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, contraiu os lábios, ela retribuia o olhar com aqueles olhos verdes e brilhantes, que o faziam perder o domínio de seu próprio mundo, no seus ouvidos o borbulhar da água na panela fez ele retornar da dimensão paralela que ela sempre o levava, por fim a soltou devagar e disse ainda meio inebriado:
- É claro.
Ela deu um risinho mordiscando o lábio inferior e foi até a geladeira pegar o queijo.
Ele foi verificar o ponto do macarrão, olhou pra ela ralando o queijo com a visão periférica e bufou, o que a fez perguntar:
- Que foi?
Ele olhou novamente pra ela e respondeu:
- Você sabe.
Ela caminhou até ele pousando o prato com o queijo ralado próximo a pia onde ele escorria a massa, se encostou na bancada apoiando o cotovelo, segurando a cabeça com a mão encontrou os olhos dele e perguntou mesmo já sabendo a resposta em tom doce e complacente:
- Que você me ama?
- Muito! - respondeu ele - Na realidade muito ainda é pouco, não consigo mensurar quanto te amo, nunca pensei que fosse sentir algo tão especial e forte assim por alguém.
Karol contraiu os lábios deixando as bochechas cheias de ar parar pensar em uma resposta para o que tinha acabado de ouvir, depois de tudo que havia sofrido no passado, acalentava o coração ouvir tais palavras ainda mais vindas dele, antes que ela pudesse dizer em voz alta o que sentia, ele já havia interpretado tudo, já havia lido em seus olhos o que ela sentia por ele, finalmente o conceito de amar e ser amado em retribuição era verdadeiro e ambos estavam vivendo plenamente o amor mais puro que um coração poderia viver e sentir, por fim ele acabou a puxando para um abraço forte e ela começou:
- Acho que agora pertencemos um ao outro...
- Sempre! Se pode tentar fugir dos problemas, da rotina, e até da morte, mas do destino não e o nosso sempre esteve lavrado! - disse Rugge finalizando com um beijo calmo mas com alma.
Enfim ele serviu jantar, os dois estavam tão famintos que repetiram mais uma vez cada um, de sobremesa saborearam um belo pão doce recheado de creme. Rugge percebeu Karol ficando sonolenta, levou a mão a bochecha dela e disse:
- Porque você não sobe, toma um banho e deita um pouco pra descansar hum?
- Nossa filha... - começou ela.
- Ela está dormindo meu amor, a próxima vez que ela acordar vai ser pra trocar a fralda aí eu subo com ela, você precisa descansar, está com os olhos quase fechando, vai! - interrompeu ele.
Karol relutou um pouco mais o cansaço estava pegando, ela acabou cedendo e subiu parar se banhar e deitar como Rugge havia sugerido.
Ele ficou cuidando da louça e da limpeza da cozinha, quando terminou, foi até a sala de estar, verificou a filha que seguia dormindo profundamente, levou o carrinho com cuidado até a sala de TV, se sentou e assistiu o jornal local. Mais tarde viu Lorenza se mexendo no carrinho e antes que ela chorasse, desligou a TV e a pegou com cuidado, desligou as luzes e subiu com Lolo começando a resmungar.
- Papai já vai trocar filha, não chora, sua mãe precisa dormir um pouco.
No quarto de Lorenza, Rugge a coloca sobre o trocador, liga a chaleira elétrica pra esquentar um pouco de água, abre o body, tira a calça da bebê, tira a fralda que estava cheia, com um paninho e com a água morna a limpa, depois higieniza o umbigo que logo deve cair, a enxuga e rapidamente coloca uma nova fralda, a calça e fecha o body novamente, depois limpa as mãozinhas e por fim a pega no colo e se senta na poltrona ninando ela um pouquinho até ficar mais calminha. Lorenza olhava o pai atentamente, fazia alguns barulhinhos, até começar a soluçar e ficar incomodada, Rugge se levantou e com ela nos braços buscou uma mantinha no armário e a enrolou, voltou a sentar na poltrona a deixando sobre seu peito, o soluço sessou, ele deu alguns beijinhos delicadamente na cabeça da bebê e sussurrou:
- Já passou minha princesa, pode voltar a dormir tranquila, papai vai ficar aqui com você.
Ele ficou um tempo com a filha, aproveitando cada segundo, se recordou de um dia quando estava na casa do seu avô e ele contava sobre algo chamado "Doce far Niente", um momento muito especial da vida de uma pessoa, quando ela não tem pensamentos apenas vive aquele instante plenamente, ele estava passando exatamente por esse instante, onde tudo parece devagar e calmo, afinal ele estava em casa, com a filha e a esposa que o faziam se sentir completo e com uma carreira promissora pela frente, não precisava de mais nada a não ser desfrutar, seu avô ainda disse que algumas pessoas passavam uma vida toda em busca de um momento como esse, diante disso ele olhou as estrelas no céu pela janela e apenas agradeceu a dádiva.
Lorenza estava dormindo em sono profundo, ele se levantou e com cuidando foi em direção a seu quarto, entrou sorrateiramente, havia apenas uma luminária acesa bem amena, Karol estava dormindo serenamente com a boca levemente aberta, ele se aproximou do berçinho perto da cama e colocou a filha suavemente dentro do berço, arrumou a coberta para mante-la quentinha e quando viu ela também estava com a boquinha aberta, ele pensou " eu sabia que tinha visto alguem dormir assim, hunf, você é igual sua mãe mesmo.", ele deu uma última olhada nas duas e foi tomar um banho. Terminado sua higiene pessoal, Rugge colocou o pijama e voltou pro quarto, contornou a cama começou a arrumar o lado dele pra deitar, quando Lolo começou resmungar e a chorar logo em seguida, ele foi por ela, a julgar pelo horário dessa vez era fome, Karol logo acordou e se sentou na cama esfregando os olhos, Rugge entregou Lorenza a ela dizendo baixinho:
- É fome mamãe.
Karol bocejou e abriu rapidamente a blusa do pijama se arrumando amamentando a filha logo em seguida. Rugge deu a volta na cama e se sentou ao lado dela, que o perguntou:
- Que horas são?
- 22:34, dormiu bastante até amor! - respondeu ele.
Ela respirou fundo e encostou a cabeça no ombro dele, que ao analisar a filha disse:
- Ela está pegando bem melhor já.
- Uhum - confirmou Karol.
Ele seguiu as observando até Lolo ficar satisfeita, depois Karol a fez arrotar e logo ela estava dormindo novamente, Rugge se levantou, pegou a filha dos braços da mãe que estava quase dormindo também, deu um beijinho na testinha e a colocou no berço outra vez.
Ele voltou pra cama se deitando e se cobrindo, Karol virou para ele, lhe deu um selinho e ele a puxou a aninhando em seu braços lhe dizendo baixinho:
- Que saudade que eu estava de dormir grudado com você!
- Nem me fale, dormir na cama do hospital não era fácil... - começou Karol.
- Mas agora - selinho - Já podemos dormir juntinhos - selinho - interrompeu Rugge.
Os dois adormeceram praticamente ao mesmo tempo, abraçados um ao outro.
Quatro dias depois os dois já estavam começando a se acostumar com a nova rotina com a bebê, bem como Lorenza também estava mais ambientalizada, tinha seus horários cronometrados, a rotina estava sendo muito eficaz para o período noturno, além disso ela era bem boazinha acordava só duas vezes por noite, uma pra mamar e uma para trocar. Karol e Rugge dividiam os afazeres da casa enquanto a filha dormia, mas Rugge sempre protetor não deixava Karol se esforçar demais, porém o cansaço foi se instalando nele, até que sexta a noite ele estava exausto, trocou Lorenza de madrugada mas estava com tanto sono que a entregou a Karol para fazê-la dormir e caiu na cama.
Sábado pela manhã Karol, optou por deixa-lo dormir, fez a primeira troca de fralda do dia, depois que Lorenza dormiu levou as roupinhas sujas pra lavar, passou as roupinhas limpas, arrumou a mesa pro café, subiu com as roupas, foi pro quarto da Lolo para guarda-las e próximo das 9:00 a bebê acordou com fome, Karol a pegou no bercinho em seu quarto, Rugge seguia dormindo, então ela retornou ao quarto da filha para não o incomodar.

Sentada na poltrona, Karol amamentava a filha olhando pela janela, a visão era muito bonita, o sol refletia na água da Marina dando uma sensação de infinito, a copa das árvores no jardim balançavam com a brisa breve de primavera, enquanto aprecisa...

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Sentada na poltrona, Karol amamentava a filha olhando pela janela, a visão era muito bonita, o sol refletia na água da Marina dando uma sensação de infinito, a copa das árvores no jardim balançavam com a brisa breve de primavera, enquanto aprecisava a paisagem ouvia de fundo alguém correndo pelo quarto ao lado abrindo portas e correndo pelo corredor, ela olhou pra porta do quarto e disse:
- Aqui Baloo, estamos aqui!
Rugge parou na porta do quarto fechando os olhos e respirando fundo, foi até Karol puxando uma banqueta e sentando ao lado da poltrona se encostando em Karol vendo a filha mamar, então disse:
- Que susto!
- Hehe, você estava muito cansado preferi deixar você descansar. - disse Karol
- Mas perdi a troca de fralda. - seguiu Rugge.
- Já troquei, tranquilo. - disse ela.
Ele analisou a filha e seguiu todo orgulhoso:
- Ela já engordou um pouquinho, tá começando a ganhar umas dobrinhas no pescoço.
- Aham, tem algumas nas perninhas também. - disse Karol rindo.
- Graças a Deus ela está mamando mais calma. - explanou ele.
- Também depois que você brigou com ela... - começou Karol.
- Por sorte ela só se afogou, mas foi um susto e tanto - interrompeu ele.
- Foi, mas passou, também agora ela está mais acostumada com a rotina e nós também. - disse ela
- Sim, por falar em rotina, vou levar a roupa suja la pra baixo. - disse ele
- Eu já levei, a máquina já deve até ter terminado e as outras estão no tanque, já arrumei até a mesa pro café, mas preparar é contigo. - disse Karol sorrindo.
- Que agilidade - selinho - vou deixar vocês um pouquinho e vou preparar o café porque tô morrendo de fome e creio que você também... Humm... wafles? - perguntou ele.
- Aiii Simmm com Nutella! - respondeu ela.
- E leite morno! - concluiu ele.
- Humm me deu água da boca! - Exclamou Karol.
- Não vai babar na nossa filha por favor amor! - disse ele
- hahaha Não, mas quase... mentira! - disse ela rindo.
- Olha eu não duvido, vou descer, qualquer coisa me chama. - concluiu ele lhe dando um beijo e outro na mãozinha da filha.
Antes que ele saísse pela porta Karol o chamou:
- Hei ... Chico Fresa!
- Sim Chica Delivery? - retornou ele rindo.
- Te amo! - respondeu Karol ternamente.
- Eu mais! - disse ele lhe dando uma piscadela e seguindo rumo as escadas.
Ele chegou na cozinha, separou os ingredientes, os colocou no líquidificador, enquanto batia colocou o leite e a maquina de wafles pra esquentar, quando foi desligar o liquidificador avistou um taxi do aeroporto embicar no portão, ficou curioso pra saber quem era, então desligou a leiteira e foi até saída da garagem, quando viu seu irmão descer pela porta de traz do carro, correu pegar o controle do portão e ir até lá, Leo logo o viu, foi apenas o tempo de o portão abrir uma fresta para ele se abraçar a Rugge.
- Feliz aniversário atrasado mano e parabéns Papai! - disse Leo.
Eles foram interrompidos por Antonella e Bruno que se juntaram ao abraço.
- Mamma, Papa! - Exclamou Rugge.
- Que saudade filho - disse Bruno.
- Como você está mi bambino? - perguntou Antonella.
- Sim Papá muita saudade, estou bem Mamma, mas vamos entrar, eu sabia que vocês viriam mas não essa semana! - respondeu Rugge.
- Sua mãe não aguentava mais de ansiedade pra conhecer a neta. - disse Bruno enquanto caminhavam em direção a garagem.
- Eu? Querido não minta, você que não parava de falar que queria ver sua neta! - disse Antonella
- Na verdade todos queríamos vir conhecer a nova integrante da família e ver como você e Karol estão - concluiu Leo.
Eles foram conversando ate entrarem pela porta da cozinha, então Antonella perguntou:
- Cadê Karol?
- Está lá em cima amamentando, querem ir lá? - retornou Rugge.
- Vai você primeiro Nella, não é bom irmos todos, ela pode se sentir desconfortável. Eu vou terminando de preparar o café da manhã junto com o Leo, que notoriamente nosso filho estava preparando. - disse Bruno
- Tem razão mi amore. - concordou Antonella.
- Então vamos mãe? - perguntou Rugge
- Vamos. - respondeu Antonella.
Eles subiram as escadas, Antonella tentava conter a empolgação, chegando perto da porta do quarto Rugge fez sinal de silencio para a mãe, chegou na porta olhou para Karol e disse:
- Amor, temos visitas!
- Temos? - perguntou Karol.
Então Rugge entrou no quarto liberando a porta para Antonella aparecer e dizer:
- Ciao!
- Nella!! - disse Karol sorrindo a ela, olhou para Lorenza que continuava mamando - A Nonna veio te ver filha!!

BoomerangWhere stories live. Discover now