Dúvidas

285 16 10
                                    

Eles chegam a sala de jantar, Bruno havia feito um bonissimo churrasco com legumes na manteiga, Antonella, Caro e Eli,  haviam feito as guarnições e Léo fez uma limonada divina, Montse ajudou sua mãe a fazer uma sobremesa de uvas verdes muito saborosa.
Depois que terminaram o jantar, ficaram conversando, pois no dia seguinte todos iriam embora por alguns dias, ficaria apenas a mãe de Rugge para auxiliá-los no que precisassem.
Karol se pôs um pouco triste porque já havia se acostumado com a presença do irmão, da tia, da prima, do sogro e do cunhado em casa, mas todos tinham seus afazeres em suas respectivas casas, Caro precisava ver os preparativos pro seu casamento com o Miguel, Mau precisava voltar pra esposa porque estava morrendo de saudade, Montse e sua mãe estavam com saudade de casa, Bruno tinha a oficina pra gerir e Leo os jogos da liga italiana pra treinar. Porém assim que possível voltariam, Karol começa a bocejar com frequência, Rugge da um beijo em sua testa e a diz baixinho enquanto os outros conversam:
- Esta com sono não é, hoje foi corrido e não tivemos tempo de descansar, vamos subir?
Ela já sonolenta concordou com a cabeça, ele a abraçou e lhe deu um beijinho na cabeça, a soltou se levantou da cadeira, a ajudou a levantar e se dirigiu a todos:
- Estamos cansados família - ele a pega no colo - tenham uma boa noite! Até amanhã!
Ela do colo também os deseja boa noite, todos retribuem o cumprimento e ficam até mais tarde conversando e se organizando para o dia seguinte.
Ele sobe as escadas com ela, chegam no quarto ela vai direto pro banho, ele senta na cama para espera-la, quando se recorda da cartilha que a Dra lhe havia dado, a tinha deixado no quarto da bebê, foi rapidinho buscá-lo, deixou sobre o criado mudo ao seu lado. Ele pegou uma toalha, foi em direção ao banheiro, a encontrou saindo do box já enrolada na toalha, visivelmente cansada, ele a abraça e ela o diz:
- Tenho sono.
- Eu sei, vai se trocar e ir pra cama que eu já chego. - disse ele baixinho.
Ele a solta, ela começa a ir em direção a porta quando volta para dar um selinho nele e aí então ir para o quarto.
Ela coloca o pijama, se acomoda na cama em baixo das cobertas, sem demora ele volta ao quarto, se põe na cama também, mas ela já estava em sono profundo, ele virá pra um lado, para o outro um tanto inquieto, cansado porém sem sono, se senta coloca um travesseiro nas costas, liga o abajur, verifica se não a incomoda, coloca os óculos e meio relutante pega a cartilha e abre a capa, "paternidade", uma palavra simples, para uma situação nada simples, "será que ele estava pronto para tamanha responsabilidade?", "ele estava pronto pra isso? ", ele se perguntava, virou a segunda folha e começou de fato a leitura. Ele seguiu lendo por algumas horas, até ela acordar e perguntar meio sonolenta:
- Porque está acordado?
- Estou sem sono, tá tudo bem? - retornou ele.
- Esta sim, só preciso ir ao banheiro. - disse ela se levantando.
Enquanto ela foi por sua necessidade, ele notou que já havia chego na metade da cartilha, achou melhor parar um pouco e deixar para ler o restante no dia seguinte, quando foi fechar notou um papel de cor vibrante colado na contracapa, era um recado da Dra que dizia:
" Percebi que vocês dois ainda não fazem ideia do que está acontecendo, por isso você precisa ler esse conteúdo, quando você terminar de lê-lo tenho certeza de que você compreenderá e a ajudará também."

Tudo que havia lido até ali já havia sido bem esclarecedor, coisas que ele nunca pensou em conhecer até aquele momento, seus pensamentos foram interrompidos por ela retornando ao quarto, logo ele colocou a cartilha no criado mudo, deixando os óculos sobre a capa, esfregou os olhos, deslizou se esticando na cama ao mesmo tempo que ela voltava a se deitar, ficaram de lado um de frente pro outro se olhando por um tempo, era um hábito desde que começaram a se relacionar conversar apenas por expressões faciais ou gestuais, uma linguagem complexa, como um dialeto só deles, se entendiam melhor assim do que falando com palavras. Depois de alguns minutos ela foi por ele se aninhando em seu abraço e por fim entraram em sono profundo.

Pela manhã, a casa já estava movimentada desde muito cedo, malas no corredor, batidas em portas, som de zíperes, conversas bem sonoras, ela acordou antes dele, já que Lorenza parecia fazer parte mesmo da família pois estava bem agitada, ela olhou pra ele o fez cafuné, lhe deu um selinho que foi meio retribuído, ela se levantou cumpriu com sua higiene, foi a porta do quarto a abriu e ficou encostada na porta com os braços cruzados observando as pessoas correndo, enquanto sua filha fazia movimentos visíveis.
- wow! Ela tá se mexendo bastante! - disse Maurício a notando indo em direção a ela e fazendo os outros pararem.

BoomerangWhere stories live. Discover now