A noite

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Ele a levou no colo até chegar na porta da casa que era muito bonita, bem iluminada e muito aconchegante, a pôs no chão, abriu a porta, entraram juntos, ficaram deslumbrados com a beleza e todo cuidado da parte interna da casa. Ele fechou a porta, ela ficou olhando pra tudo, o conceito de design era rústico porém moderno e até um pouco minimalista, o sofá cinza parecia muito confortável, era incrível como lá fora estava quente e ali dentro estava tão fresco mesmo com as janelas abertas. Ele foi atrás dela, se aproximou pela lateral pois não queria estragar o vestido, ele a pediu para esperar e ficar parada um instante até que ele conseguisse desabotoar a anágua do vestido, alguns botões depois ele conseguiu soltar tudo, com muita delicadeza dobrou e a deixou sobre a mesa de jantar, agora ela estava mais livre para andar pela casa. Os dois conheceram a casa toda, cada cômodo tinha seu charme e detalhes incríveis, na suíte eles ficaram chocados com o tamanho do banheiro, provavelmente era maior do que os quartos deles juntos, mas era muito bonito todo ladrilhado em azul claro, com uma banheira de pés típica de filmes, ele não aguentou e abriu a torneira para enchê-la, enquanto isso ela tentava insistentemente abrir o vestido mas sem sucesso, até ele vir e em um passe de magia abrir o zíper. Ele foi pro outro canto no quarto, tirar a roupa e colocar um shorts, afinal mais cedo já havia deixado ali duas bolsas com roupas e tudo mais que precisassem. Ela tirou o vestido e com muito cuidado e ainda o admirando, o pousou sobre uma poltrona, procurou na bolsa que estava ao lado da poltrona algo que ela pudesse colocar quando encontrou aquela camiseta do pijama dele e tratou de colocá-la, depois ficou olhando a paisagem pela janela, até ele vir avisá-la que a banheira estava cheia. Ela entra no banheiro atrás dele que já ia tirando o shorts, ficando só com a roupa de baixo, ele entra na banheira que já estava com muita espuma e com um aroma muito bom de sais de banho, ela tira a camiseta a pendura, entra na banheira de frente pra ele, apenas se olham por um tempo, até ela assoprar um pouco de espuma nele, ele revidar e começarem um guerrinha de espuma intercalada por muitos risos. O dia havia sido cheio os dois estavam com os pés doloridos e os ombros um pouco tensos e igualmente cansados, o banho de banheira estava realmente sendo bem relaxante mesmo com as brincadeiras e um eventual espuma no olho dele, que a fez ficar preocupada, ela não sabia como abrir o chuveirinho, então se esticou para pegar um copo na pia com água limpa e jogar no olho dele, até ele a puxar pela cintura e ela cair sobre ele e os dois caírem na gargalhada, mesmo que ele estivesse com o olho vermelho e ela tivesse batido o joelho na lateral da banheira na queda.

[PROIBIDO PARA MENORES]

Os dois saíram do banho, mais relaxados, colocaram roupões e voltaram pro quarto, ela se jogou na cama de bruços exausta, ele encontrou um hidratante corporal com óleo bifásico sob a cômoda e resolveu usá-lo. Tirou o roupão dela a deixando ainda de bruços e com o auxílio do hidratante começou a fazer uma massagem bem relaxante nos ombros dela que ainda estavam um pouco tensos, ele desceu pelos braços, antebraços, pulsos e dedos, depois pelas costas, na altura do encaixe das clavículas, desceu até os quadris, passou pelo bumbum, as pernas até chegar nos dedinhos dos pés. Ela já estava bem sonolenta, mas ele a virou de frente e seguiu com a massagem, mas de baixo pra cima, dos dedos ao calcanhar, aos joelhos, as coxas, os quadris, a barriga, peito, até chegar nos ombros novamente, subiu pelas laterais do pescoço, orelhas, têmporas, testa fazendo movimentos circulares com os polegares, maçãs do rosto, bochechas, nariz e lábios, a deu alguns selinhos, ela estava bem relaxada e com a tez tranquila, então ele se deitou ao lado dela, começando a acariciá-la com as pontas dos dedos até a sentir se arrepiar, deu beijinhos no pescoço enquanto ela suspirava profundamente, ele tirou o próprio roupão, e sem deixar cair todo seu peso se colocou sobre ela, que o abraçou enquanto trocavam beijos delicados e doces, ele a seguia acariciando, quanto mais ele descia mais ela o apertava nas costas, as coisas estavam esquentando cada vez mais lá embaixo, os beijos foram ficando mais velozes, quando ela deu por si, seu corpo já implorava o dele fugazmente, ele se sentou à trazendo junto dele, ela passou as pernas pela quadril dele as cruzando, até que se encaixaram, pararam os beijos para olhar um para o outro ofegantes, ela passou os braços em volta do pescoço dele, ele a segurou pelo bumbum, para guiá-la, seguiram se olhando como se não houvesse nada ao redor, como se fossem apenas dois corpos no espaço, finalmente eles eram totalmente um do outro e ninguém poderia mudar isso. Voltaram aos beijos, até eles ficarem sem fôlego, seguiam num ritmo mútuo quase não tinham muito domínio sobre seus corpos, ele a colocou deitada novamente, aumentando a velocidade de suas investidas, sem parar de acariciá-la um segundo, assim como beijá-la não só a boca mas tudo que ele alcançasse, por vezes a sentia succionar seu pescoço com mais força, até chegarem lá em um uníssono, ele ficou sobre ela um tempo, mas sem tirar os olhos dos dela.

Minutos mais tarde já deitado ao lado dela, voltou a beijá-la, a virou de lado de costas para ele, ergueu a perna direita dela, e começou a fazer movimentos circulares lá em baixo, a deixando acesa novamente, assim se encaixaram novamente, e por toda a noite seguiram se amando como nunca haviam feito antes.

[FIM DA PARTE PROIBIDA.]

Pela manhã, ele acordou por primeiro como de costume, a deu beijinhos no pescoço, se levantou colocou a roupa de baixo e o shorts, cumpriu com seu asseio e foi preparar um bom café da manhã para eles.

Ela ainda inebriada, despertou devagar, se esticando na cama, percebeu que ele não estava no quarto, então levantou, foi ao banheiro, vestiu a camiseta dele, escovou os dentes, saiu do quarto o procurando, quando chegou na metade do corredor sentiu cheiro de panquecas no ar, logo foi de encontro a ele na cozinha.

Chegando lá, o viu de costas, fazendo movimentos de virar a panqueca na frigideira, ao lado em um prato já havia uma pilha prontas. Ela foi se aproximando silenciosamente, até abraçá-lo por trás, e ele dizer virando de frente para ela:
- Oi! Bom dia meu raio de sol! Acordou cedo! Dormiu bem?
- Bom dia meu amor! Dormi sim, e você o que está fazendo? - perguntou ela.
- Estou fazendo panquecas com Nutella pra nos dar energia depois da noite. - respondeu ele dando um beijinho na testa dela.
- Hummm! Nutella, delícia, só tem uma coisa que eu gosto mais que Nutella… - disse ela, mas logo ele a interrompeu.
- Uhum de que?
- De um italiano bem louquinho! - respondeu ela.
- Louquinho de amor por você, sua linda! - disse ele dando beijinho de esquimó nela.

Os dois tomaram o café, em meios a risos e olhares, depois se sentaram na chaise na varanda, grudados um no outro, aproveitando a paisagem, vendo os pássaros livres a voar, os esquilos a brincar nas árvores, as nuvens fofas que por vezes faziam formas de bichinhos, tudo estava perfeito, até o celular dele tocar o alarme. Ela que estava apoiada sobre seu peito, se levanta olha pra ele, que notoriamente mudou da feição tranquilo para a de chateado, ela sabia que embora tivessem se casado o maldito contrato abusivo existia, se eles queriam em um futuro próximo ficar juntos sem mais empecilhos teriam que se submeter às cláusulas pacientemente. Ele levantou, desligou o alarme, a olhou fundo nos olhos como quem dissesse “ eu não quero ir, eu não quero deixar você”, ela tão pouco queria que ele fosse, mas fazendo carinho no cabelo dele disse:
- Preciso que você vá, pra que possa voltar!
- Eu sei, mas é horrível ficar sem você, é horrível acordar e não ter você ao lado. - disse ele muito aborrecido.
- Precisamos ter só mais um pouquinho de paciência, logo ninguém mais vai poder nos separar! - retornou ela, seguido de um beijo.

Ele nunca a viu tão segura, e transmitindo tanta certeza, ele ficou um pouco surpreso com a reação dela, mas ela tinha um motivo bem claro para estar assim e estava no seu anelar.

Eles trocaram de roupa e arrumaram suas coisas, fecharam a casa ela pediu a ele que pudessem voltar ali em outro momento, ele a prometeu que voltariam certamente. Desceram a colina agarrados um no outro, chegaram em frente o portal de vidro, ele iria chamar um táxi, quando Maurício apareceu com a esposa, e chegando perto deles disse para Ruggero:

- Você já tem que ir?
- Sim. - respondeu ele ainda chateado.
- Eu levo você pro aeroporto, assim vocês podem passar mais um pouquinho juntos. - Disse Maurício zeloso.

Andaram até o estacionamento, entraram no carro, Maurício e a esposa na frente e Karol e Ruggero atrás agarrados um no outro,  durante o percurso por vezes trocavam selinhos, as vezes abraçavam-se mais forte. Chegando no aeroporto o vôo dele de volta a Buenos Aires já estava na penúltima chamada, entraram correndo todos, ele fez check in, e foram correndo em direção ao portão de embarque antes da última chamada.

Ele a abraçou, se beijaram várias vezes, mas ele não queria ir, estava contendo as lágrimas, mas era quase impossível, ela seguia firme, repetindo a ele enquanto enxugava suas lágrimas, que logo se veriam e que continuariam se falando todos os dias até poderem se ver de novo. No alto falante a locutora repetia a última chamada para o embarque, ele seguiu de costas pelo corredor dizendo que a amava até perdê-la de vista. Ela ficou olhando pela janela até o avião dele partir, algumas lágrimas escorreram pelo seu rosto, mas pela primeira vez em 3 anos, ela tinha certeza de que ele voltaria, mas ao mesmo tempo ela sentia que algo havia mudado dentro dela, não sabia muito bem o que, mas algo estava diferente.

BoomerangWhere stories live. Discover now