Ursão

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Ela cumpriu com os dias de repouso de forma rigorosa, estava cansada de ser carregada embora fosse ele a fazer isso, mas ela queria poder andar com a próprias pernas novamente. Passado uma semana do término do repouso ela só deveria manter os cuidados padrões: não carregar peso e não se reforçar demais, a melhor parte era poder voltar a fazer as coisas sozinha.

Era sábado e por um milagre ela tinha acordado antes dele, por volta das 9, ele estava em sono profundo ela não quis acorda-lo, então ela foi a banheiro escovou os dentes, saiu do quarto fazendo o mínimo de ruido possível e desceu as escadas em direção a cozinha. Chegando lá, encontra sua mãe e sua sogra terminando de arrumar as coisas do café da manhã.
- Bom dia Má, bom dia Nella! - disse Karol pegando um pêssego e indo em direção a pia para lava-lo.
- Está tudo bem filha? - perguntou Caro, achando estranho ela estar desperta.
- Está sim Má! - respondeu Karol toda animada indo em direção a sala.
- Rugge já acordou Ka? - Perguntou Antonella antes que ela saísse da cozinha.
- Aínda não Nella, ela está dormindo tão bonitinho que não quis acorda-lo. - disse Karol saindo da cozinha saltitando.
- Ela está bem animada Caro! Mas é muito estranho ver ela acordar antes do Rugge. - continuou Antonella arrumando a bandeja de frios.
- Sim Nella, isso é novidade, mas ele não dormiu direito esses dias atrás de olho nela, mas já já ele acorda. - disse Caro levando a louça em uma bandeja para a sala de jantar.

No quarto ele acordou, mas não abriu o olhos, tateou pela cama a procura dela, mas ao não senti-la se sentou de sobressalto abrindo bem os olhos a procurando, viu que a porta do banheiro estava aberta mas com a luz apagada, ele se levantou cumpriu com sua higiene matinal, trocou de roupa e desceu para a sala. Chegando a sala de tv a encontra sentada no sofá ainda de pijama como usualmente, assistindo desenho e terminando de comer o que parecia ser um pêssego, ela percebe a chegada dele, o olha e lhe dá um sorriso lindo, não havia melhor bom dia do que aquele.
- Acordou meu ursão? - perguntou ela rindo.
- Ursão? Esse é novo! - retornou ele rindo e indo se sentar ao lado dela.
- Ué o Baloo é um urso bem grande! - exclamou ela apontando a tv.

Em comparação ao Mogli realmente ele é grande! - disse ele vendo que ela estava assistindo Mogli menino lobo.
- Então se nós somos Mogli… - começou ela
- Moglito! - enfatizou ele a interrompendo.
- Enfim, se somos Moglito e Baloo, logo você é meu ursão! - disse ela encostando o indicador no nariz dele.
-E você vai ser o que? Minha menina? - perguntou ele retribuindo o gesto da mesma forma.
Humm - pensou ela.
- Ursinha? - retornou ele rapidamente.
- Sabe o que a ursinha faz? - perguntou ela, imitando uma garra com a mão e indo em direção a ele, que logo se afasta dela.
- Não, não… Não - dizia ele em tom mais alto de afastando dela todo acanhado.
Ela seguiu o ameaçando com cocegas de longe ele se levantou do sofá, ela também e foi em direção a ele ainda o ameaçando, ele sai correndo com ela atrás.
- Não Kaaaaaaaaa Paraaa! - pedia ele.
- Você não escape que vai ser pior - disse ela correndo atrás dele o deixando encuralado atrás da poltrona.
Ela conseguiu chegar no pescoço dele o fazendo se contorcer enquanto ela morria de rir dele, que fazia de tudo pra se esquivar sem sucesso, o jeito foi ele revidar fazendo cócegas nela, que logo correu pro outro lado da sala rindo bastante. Ele foi atrás dela, mas ela fez a garra com as duas mãos e rindo disse:
- Tem certeza que você vai revidar?? Se você cair no chão eu tô de meia só pra te alertar!
Ele olhou pro pé dela, a olhou nos olhos rindo, e correu pra cozinha com ela logo atrás, ele sabia que se ele caísse no chão as cócegas com o pé de meia eram mortais, certamente ele pararia no banheiro de tanto rir, era melhor ele correr. Chegando na cozinha ele já foi logo dizendo indo pra trás de sua mãe:
- Não Karol, não… para… Mamma me ajuda!
- Vocês dois! - disse rindo Caro.
- Rugge vem aqui! - mandou Karol.
- Não você tá de meia eu tenho medo. - disse ele se escondendo atrás da mãe.
- Vem aqui! - seguiu ela indo pra cima dele.
Ele saiu de traz da sua mãe e foi pra sala de jantar, ela deu a volta foi pela sala de estar assim o encontraria de frente.
- Adoro quando eles estão assim! - disse Antonella a Caro, terminando de arrumar as bandejas do café.
- Fazia tempo que nós os via tão brincalhões um com o outro, isso é um bom sinal! - disse Caro colocando o leite quente na leiteira.
- Às vezes esqueço que no fundo eles ainda são adolescentes Caro. - disse Antonella levando as últimas na bandejas de comida pra sala de jantar.
Karol o bloqueou a passagem de frente como havia planejado, ele tentou se esquivar indo pro outro lado da mesa mas ela o seguiu, ele contornou a mesa o mais rápido que pode, pensou por um segundo que tinha consigo burlar ela, mas sentiu aquelas pontas de dedos coçarem seu pescoço o fazendo rir feito uma hiena, ela não dava margem nem pra ele revidar, em uma distração dela ele conseguiu se desvencilhar dos seus dedos torturantes e correu novamente pra sala de tv, a esperando já do lado oposto do sofá. Ela chegou na sala fez que ir por um lado e ele ia pro oposto, assim o fizeram por alguns segundos, até ela parar cruzar os braços e fazer bico.
- Que? - disse ele rindo.
- Vem aqui! - brandou ela.
- Eu não você quer me ver jogado no chão pra me torturar com o pé nem pensar! - disse ele.
- Vem aqui sério! - seguiu ela batendo as mãos nas laterais das coxas e batendo os pés no chão.
- Seja boazinha não me mate. - disse ele indo lentamente em direção a ela, bolando estratégias de fuga.

BoomerangWhere stories live. Discover now