Absorvendo

277 14 4
                                    

Ele seguiu agarrado nela, chorando muito, ela o fazia cafuné, mas nada o acalmava, soluçava um pouco, a olhava e começava a chorar novamente. Karol também estava emocionada, porém  passou a ficar preocupada com ele, mandou mensagem para sua prima para que trouxesse um copo de água. No andar de baixo Montse recebe a mensagem e informa Caro:
- Tia, Karol pediu pra levar um copo d'agua porque o Rugge ta chorando bastante.
- Deixa que eu levo Montse! - falou Antonella pegando o copo de água.
- Ela ja deve ter contado a ele... - disse Caro.
- Certamente, e se ele esta chorando bastante melhor que eu vá. - disse Antonella indo em direção as escadas.
Antonella subiu indo até o final do corredor, bateu na porta, vendo seu filho realmente chorando muito, ela se aproximou, Karol a viu e disse chorando também:
- Nella não sei mais o que fazer!
- Calma, filho - afagou o braço dele - sossega, levanta um pouquinho, toma uma água vai... - disse Antonella.
Rugge se levanta, senta, pega o copo de aguá, muito trêmulo, toma uns goles, respira fundo, Karol se levanta também se encostando na cabeceira da cama, deixando as pernas esticadas, ele se coloca junto dela, a observando soluçando intermitentemente, toma o resto da água, entrega o copo pra mãe, que o deposita sobre o criado mudo, se senta ao lado das penas da nora, Rugge abraça a Karol lhe dando um beijo na têmpora, ficando apoiado com o queixo no ombro dela olhando pra mãe, que o questiona:
- Se acalmou um pouco?
Ele balança a cabeça em afirmação, colocando a mão na barriga de karol novamente, ainda tentando entender conta para Antonella:
- Mamma, sarai una nonna.
- Lo so, figlio mio. E de uma menininha linda! Tuo papá è molto felice, anche tuo fratello perché diventerà zio! - disse Antonella.
- Sarò un papá,  mamma mi crederà? - perguntou ele.
- Vai sim e eu acredito que um buon papá! Agora vocês precisam se acalmar, daqui a pouco eu e Caro terminaremos de fazer o jantar e vocês precisam estar bem. É uma nova etapa, como dissemos no dia em que vocês se casaram, nós vamos estar aqui com vocês. Non me ne andrò finché non arriverà questa bambina! - disse Antonella se levantando saindo em seguida do quarto, voltando a cozinha para terminar o jantar.
Karol amparada por ele, o pergunta:
- Entendi quase tudo que sua mãe disse, menos a ultima frase, o que ela disse?
- Que ela não vai embora até ... - a abraça forte - nossa filha chegar. Nossa filha, quem nos visse a alguns meses atras jamais imaginaria, que estaríamos criando uma família! Sabe quando cheguei aqui e te vi deitada com o olhar meio caído, pensei que você iria desistir de mim... - respondeu ele.
- Hehehe, o que??? Não meu baloo, eu estava apreensiva pensando em como te contar e em como você iria reagir. - respondeu ela.
- Eu confesso que ainda estou absorvendo, mas estou muito feliz porque amanhã nem depois preciso mais ir embora, e essa noticia uufff - disse ele voltando a chorar.
Ela enxuga as lagrimas dele, e o segurando pelas bochechas o beija sendo retribuida, estavam com saudades um do outro, trocam mais alguns beijos e ele diz:
- Finalmente agora vamos passar mais tempo sozinhos - selinho - disse ele.
Ela faz bico pra ele, ele ri e pergunta:
- Que foi??
- Eu não queria te lembrar mas não estamos mais sozinhos. - respondeu Karol
Ele a puxa pro colo dele, a abraça forte,  a solta lhe da mais um selinho, a olha nos olhos, depois olha para a barriga a afaga e indaga:
- Estou tentando pensar como foi isso?
- Hummm Miami! - respondeu ela rindo.
- Hahaha não Moglito, como foi que eu não percebi isso antes? - perguntou ele corrigindo a frase.
- Foi melhor assim - olhando ele nos olhos - se você soubesse antes... - disse ela.
- Nós teríamos fugido pra Itália, tenha certeza disso... ahhh agora entendi foi por isso que pudemos quebrar o contrato. - disse ele a interrompendo.
- Está vendo, você jogaria o contrato pro alto! E sim, foi graças a ela que conseguimos quebra-lo! - continuou ela.
- Mas eu devo ter pedido muito... - começou ele.
- Não perdeu muita coisa, só dor, enjoo, vomito, nada tão importante - interrompeu ela.
- Ainda não se mexe? - perguntou ele.
- Que de pra perceber ainda não, mais umas 2 semanas e acho que já vamos poder senti-la se mexendo . - respondeu ela.
Em meio a conversa foram interrompidos por Caro, que os veio chamar pro jantar e ver como estavam:
- Oi, como estão vocês 3, mais calmos?
- Sim sogra estamos mais calmos. - disse ele.
- Vamos descer pra jantar? Eu e a Nella fizemos nachos caseiros, guacamole, chili...
- Má para de falar que eu ja babei! - exclamou Karol.
- E... babou mesmo... - debochou ele rindo.
- Então vamos vocês 3! - exclamou Caro.
Karol saiu do colo dele, deslizou saindo da cama, com ele logo atras, foram pelo corredor quarto ele atras dela mas a segurando de mãos dadas,  desceram as escadas, indo em direção a cozinha, mas estava fazia, antes que pudessem pensar Caro gritou ao longe os avisando que estavam na sala de jantar. Chegaram a sala abraçados, ele se soltou dela, puxou a cadeira para que ela se sentasse se sentando na cadeira ao lado, os nachos estavam incríveis, a salada montada individual na massa de pastel estavam de lamber os dedos, por vezes durante o jantar ele afagava a filha, como se ainda não acreditasse no que estava acontecendo, a unica coisa que ele tinha certeza é que nunca mais na vida ele precisaria ir embora, finalmente estava jantando com a família na sua casa, com a sua esposa e ninguém mais poderia mudar isso, foi um longo caminho, mas poder viver esse momento fez valer a pena todo o esforço, ainda mais que ele seria Pai, será que ele estava pronto pra isso, se perguntava, mas se ele estava com Karol tudo dali em diante daria certo, enfrentariam juntos o futuro e isso era o mais importante.
Depois do jantar, todos conversaram um pouco na cozinha enquanto Montse e Antonella lavavam, enxugavam e guardavam a louça, quando Karol se recostou em Rugge, que percebeu que ela estava com sono, fez menção para subirem, ela concordou bocejando, se despediram das mães e de Montse, subiram para o quarto, ela se organizou pra tomar um banho enquanto ele arrumava a cama e procurava um pijama no armário. Ela demorou um pouquinho pra sair do banheiro, mas quando saiu já estava pijama, obtou por um mais levinho e curto porque dentro da casa estava mais quente, ao se encontrarem no closet trocaram alguns beijinhos e ele foi pro banho, ela estava com muito sono, sem delongas se deitou de lado na cama, estava quase pegando no sono, quando o sentiu deitar na atras dela deixando uma das mãos sobre sua barriga a afagando, lhe deu um beijinho no pescoço e a disse:
- Te amo!
Mas ele foi surpreendido por uma resposta diferente dessa vez:
- Nós também te amamos muito. - disse ela colocando a mão próxima a dele.
- Eu amo vocês mais... muito mais.
Durante a madrugada o frio deu as caras o fazendo puxar mais um edredom sobre eles, a retornar a se deitar ficou bem grudado com ela para aquece-la.
De manhã, ela que ja estava virada com as costas pra baixo, escutava uma voz de fundo, esticou os braços, coçou os olhos e os abriu lentamente, quando percebeu que a voz estava bem pertinho, mas falava baixinho:
- E foi assim que eu e sua mãe nos conhecemos...
Ela olhou pra ele que estava deitado na transversal, olhando pra barriga dela, ela o faz cafuné, ele encontra o olhos dela que o pergunta:
- Esta conversando com ela?
- Uhum, estou contando nossa história - respondeu ele, segurando a mão dela e dando beijos na palma.
- Temos que pensar em um nome... - disse ela.
- Hummm deixa eu ver, se eu me lembro bem em um vídeo do seu canal você disse que se tivesse uma filha daria o nome de Lorenza... eu gosto desse nome. - disse ele.
- Lorenza Cisneiros Pasquarelli... um nome forte - disse ela.
- Mas bonito, eu voto nesse... - disse ele
- Mas nem pensamos em outros ... - interrompeu ela.
- Sim, porque vai ser esse, podemos chama-la de Lolo ou Lolozita o que você me diz?
-  Hummm Lolo, gostei e na verdade Lorenza é um nome bem italiano... - respondeu ela.
- É verdade, então esta decidido!  - ele se aproxima coloca o queixo sobre o quadril dela - Viu Lolo consegui convencer a mamãe! - disse ele.
- Hahaha, vocês estavam com tudo planejado! - exclamou ela rindo.
- Não senhora, quem escolheu primeiro foi você! - retornou ele.
- Hunf! Te amo seu bobo! - disse ela.
- Nós te amamos muito mais!









BoomerangWhere stories live. Discover now