Sinais

233 12 5
                                    

Mesmo com Karol rindo, Rugge a pegou no colo e a levou para o banheiro, ela tirou a roupa, mas estava frio, antes que ela se gelasse ele a colocou sentada na banheira a água ainda estava quente, Rugge se sentou no banquinho ao lado para lhe fazer companhia, quando ele encontrou o olhar dela, ela lhe indicou com a cabeça que ele entrasse também na banheira, ele se levantou segurou nas duas mãos dela e a puxou um pouco para frente, tirou a roupa, entrou na banheira e se sentou atrás dela a puxando, deixando que ela se recostasse nele, que a abraçou, se encostou no encosto da banheira e juntos fecharam os olhos, respiraram fundo e aproveitaram o momento, afinal na cabeça de Karol ela estar nessa condição não iria se repetir tão cedo. A água começou a esfriar, logo ele saiu da banheira se enrolou em uma toalha, a tirou da banheira a aquecendo com um roupão, foram pro closet se secar e colocar pijamas quentinhos, enquanto Karol retornou ao banheiro por necessidade, Rugge foi arrumando a cama no quarto, deixando os travesseiros bem posicionados e acrescentando mais um edredom, logo Karol retornou do banheiro ele a acomodou na cama, depois se deitou abraçado a ela, que ficou o olhando, piscava lentamente mas não tirava os olhos dele, que intrigado perguntou:
- O que foi?
Ela a princípio balançou a cabeça dizendo que não era nada, mas por fim disse:
- Estou com sono, mas as vezes não acredito que estamos juntos, então gosto de olhar pra você até dormir pra ter certeza de tudo que estamos vivendo.
Ele a faz cafuné, mas logo diz:
- Tudo isso é muito real Moglito... Mas ... Humm... Façamos assim, como você não anda dormindo direito em especial essa última noite, amanhã não vamos sair de casa, vamos ficar bem grudadinhos um no outro, vou cuidar de vocês duas o dia todo, e principalmente vamos repor um pouco desse sono, o que você acha? Karol balançou a cabeça em acordou e se aninhou no peito dele e enquanto ele seguia a fazendo cafuné ela pegou no sono e ele logo em seguida.
Como Rugge sugeriu, passaram todo o outro dia em casa basicamente no quarto, ele zelou pelas duas, não deixou Karol fazer nada a não ser ir no banheiro e voltar rapidinho para ficarem grudados um no outro, ele pediu comida via delivery e ainda brincou com ela:
- Delivery para minha eterna chica delivery!
Ela só teve aquela dor contundente nas costas por 3 vezes durante o dia todo, cansados de ficar na cama, desceram para jantar e depois foram para a sala de tv se enrolaram nas cobertas, Karol se aninhou no colo dele e ambos acabaram pegando no sono e para variar dormiram a noite toda na sala de tv.
Sábado de manhã, Karol despertou primeiro sentindo Lorenza se mexendo bastante, parecia querer encontrar uma posição mais confortável mas a essa altura não havia mais espaço, ela se levantou com cuidado e foi ao banheiro fazer xixi a primeira de muitas vezes no dia, enquanto isso Rugge se espreguiçava, bocejava e se localizava, ele sentou no sofá dobrando a coberta e deixando no canto, ficou de pé, esfregou os olhos, arrumou as almofadas no lugar, então Karol voltou a sala, indo de encontro a ele lhe afagando o cabelo e lhe dando um beijinho de bom dia.
- Bom dia meu Moglito! - retribuiu ele.
- Precisamos ir no mercado abastecer a dispensa Baloo. - disse Karol.
- Sim - bocejo - está faltando algumas coisas. - concordou Rugge.
- Você me ajuda a fazer a lista? - pergunta ela o puxando em direção a cozinha.
- Claro, mas antes - bocejo - eu preciso tomar um café - respondeu ele a acompanhando.
Na cozinha enquanto Karol anotava o que se lembrava que estava faltando, Rugge passava um café e olhava o armário pra ver o que mais precisava comprar:
- Farinha, achocolatado... Ahh ovos, acabou na geladeira... - dizia ele, enquanto ela anotava.
Depois de terminar de passar o café e tomar um bom gole ele a pergunta:
- Quer um leite morno?
- Quer... Ufff - começou Karol quando foi acometida pela dor contundente novamente, porém dessa vez um pouquinho mais forte.
- Ka?? - perguntou Rugge indo até ela.
Ela levanta a mão pra ele e diz respirando fundo:
- Está tudo bem... É só aquela dor nas costas, agora ela surge mais pulsada me incomoda, mas passa rapidinho, fica tranquilo.
- Ok, mas fico de olho, você sabe. - disse ele tomando mais um gole do café.
- Eu sei, vamos terminar a lista? - perguntou ela.
Então ele voltou a ver o que mais faltava para que ela anotasse. Depois de ele terminar de tomar o café e ela seu leite que ele havia aquecido, os dois subiram pra trocar de roupa, Karol colocou uma camiseta e jardineira vestido e uma sapatilha, prendeu duas presilhas de lacinho no cabelo, depois foi ajudar Rugge a fechar a camisa, por fim desceram, trancaram a porta, Rugge pegou o carrinho dobrável e foram caminhando até o mercado que ficava perto da casa.
No mercado Rugge deixa Karol guiando o carrinho, enquanto ele vai pegando os itens, os dois analisavam os valores para garantirem boas compras mas de forma econômica. No corredor de itens de bebê, Karol para em frente as mamadeiras, as observa e se encanta por uma com uma estampa bem colorida, Rugge vem logo por ela depositando os pacotes de papel higiênico no carrinho, então a diz:
- O que você tá fazendo Moglito?
- Vendo uma mamadeira, sei que ganhamos uma mas é sempre bom ter mais de uma, eu gostei dessa o que você acha? - retorna Karol lhe mostrando a mamadeira.
- Essa não amor, essa não é livre de BBA... - começa ele.
- Que? - interrompe Karol
- BBA, é uma toxina que contém no plástico que quando aquecido solta esse componente que se mistura com o conteúdo, ou seja, imagine que você precise sair de casa, aí eu pego esquento o leite e coloco nessa mamadeira, nossa filha vai tomar algo tóxico, não pode, tem que ser uma livre disso, deve estar escrito na embalagem " Livre de BBA "- explica Rugge.
Karol tenta encontrar alguma assim, até que Rugge encontra uma a pega e diz:
- Perfeita essa amor, livre de BBA e de estampa de Valente!
- Ahh que linda, vamos levar essa! - diz Karol alegremente.
Rugge coloca a mamadeira no carrinho e seguem fazendo as compras. Terminada a lista eles se dirigem ao caixa, na espera por sua vez, Rugge abraça Karol pela as costas sentindo um pouco a filha, Karol sobe um pouco a mão dele e o olha sorrindo, ao sentir o que era lhe retribui o sorriso e diz:
- Um pésinho! Ela deve estar com as perninhas cruzadas.
Ela faz que sim com a cabeça e lhe dá um beijinho na bochecha.
Eles passam as compras, efetuam o pagamento, carregam o carrinho e vão de retorno a pé pra casa de mãos dadas, Rugge observa o horizonte e a Marina de Navarro e diz:
- Se fizer um dia bonito assim amanhã, o que você acha de fazermos um piquenique na Marina?
- Eu quero! Vai ser bom passar um tempo na natureza, aproveitando a paisagem, afinal depois que ela chegar não vamos poder sair muito de casa. - respondeu Karol animada.
- Então combinado, amanhã pique nique! Mas me conte senhora, agora que estamos reabastecidos o que você vai querer almoçar? - retornou Rugge
- Humm deixa eu pensar... Que bom que o Chico Fresa fez uma musica pra mim... Não mentira ... - começa ela.
- Essa fala era minha! - exclama ele a interrompendo.
- Acho que sua massa ao pesto, vai ser perfeito! E sim a fala era sua! Mas eu sou fã dessa cena! - disse Karol.
- Acho que porque não nos suportavamos eu presumo? - perguntou ele rindo.
- Quando você se põe assim eu não te suporto! - disse ela cerrando os olhos.
- Que bom porque eu tão pouco te suporto! - disse ele parando e a segurando pela mão - Espera! - seguiu ele.
- O que foi? - perguntou ela achando estranho.
- Como o que foi, falta terminar a cena poxa! - respondeu ele se aproximando dela.
Eles sorriram um pro outro e chegando mais perto ele a beijou profundamente, se soltaram do beijo, ele abriu o portão eles entraram, e enquanto caminhavam até a entrada da garagem, Karol perguntou:
- O que será que Luna e Matteo estariam fazendo agora?
- Compras? - sugeriu Rugge.
Eles se olham e dizem juntos rindo:
- Com patins!!
- Nossa! A próxima vez que formos ao mercado vou de patins muito mais fácil! - disse Rugge.
Karol riu muito imaginando ele pegando as mercadorias e levando pro carrinho de patins. Eles entram em casa, desenbalam as compras, e enquanto Rugge prepara o almoço Karol guarda alguns itens na dispensa e nos armários.
O interfone toca os interrompendo em seus afazeres, Rugge acha estranho e atende, observa pelo visor um agente de entregas, que logo o diz que tem um entrega para o senhor Pasquarelli, Rugge confirma que é pra ele alertando o entregador para aguardar que ele logo chegaria no portão para o recebimento.
- Você comprou o que? - pergunta Karol guardando o último item das compras no armário.
- Não comprei nada... Que eu me lembre... Vou lá ver o que é. - respondeu Rugge passando por ela dando um breve afago na filha.
Rugge sai pela porta da frente, vai até o portão o abre e recebe uma caixa relativamente grande, agradece ao entregador, fecha o portão e entra dentro de casa indo diretamente para a cozinha novamente.
- Nossa, o que será que é? - perguntou Karol se juntando a ele na península para abrir o pacote.
- Não sei Ka, mas veio da Itália pelo selo - nota o remetente - Ah foi mi Mamma que enviou, vamos ver o que é. - respondeu ele abrindo o pacote.
Ao abrir a caixa havia uma camada de papel de seda sobre o conteúdo e um bilhete escrito:
" Figlio, mi aspetto che tu arrivi in ​​orario, tua nonna ha fatto queste cose con le sue stesse mani, per sua figlia. Spero che ti piaccia e dimmi se sei arrivato in tempo.
Un bacio da tua Mamma! "

BoomerangWhere stories live. Discover now