Quer Saber o que é?

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Depois de um tempo abraçados, o choro sessou, a soltando a olhou nos olhos, arrumou os cabelos dela para trás da orelha e disse:
- Como você está meu amor?
- Muito melhor agora com você aqui! - respondeu ela.
Eles trocaram alguns beijos docemente, depois foram em direção ao sofá, ele sentou primeiro, ela sentou no colo dele de lado e ficaram abraçados mais um tempo, até o interfone tocar, dessa vez era a pizza, Montse desceu pra buscar a pizza, Caro arrumou a mesa, Montse retornou com 2 caixas e disse ao entrar:
- Tia não era uma pizza só??
- Sim, mas eu pedi mais uma por que o Rugge chegou, ele não vai ficar olhando a gente comer não é.
Montse apoia as caixas na mesa, remove as tampas e chama os dois pra virem a mesa, logo eles vem se acomodam o mais junto que podem, comem a pizza, depois ficam trocando olhares e risos, as vezes davam pizza um pro outro, por vezes ele passava o indicador no nariz dela e ela retribuía, até ele olhar o relógio virar pra Caro e dizer:
- Caro eu sei que já está terminando o tem...
Mas Caro o interrompeu:
- Rugge pode passar a noite aqui desde que você arrume uma boa desculpa pra Candelária e que vá amanhã cedinho pra casa pra não gerar problemas!
Karol ficou estupefata com a frase da mãe, Ruggero também, mas tratou de respondê-la.
- Bom eu já tinha avisado que estaria no Agustin e ele está avisado também! Amanhã tenho gravação as 10:00 então vou precisar ir mesmo, mas é sério que posso ficar??
- Sim é sério, e depois vamos combinar um outro dia para vocês se verem! - respondeu Caro.
Karol levantou e foi em direção a mãe para abraça-la fortemente, então Caro disse:
- Sabem, hoje mais cedo o Dario me fez relembrar e depois eu entendi, que vocês não são mais namorados, agora são casados, e não posso proibir vocês totalmente de se verem, mas isso não significa que eu vou dar moleza, a senhora rigorosa mandou tem que obedecer!
- Sim mamá! - disse Karol dando um beijo na bochecha da mãe a apertando mais no abraço. Rugge assentiu com a cabeça.
Ela se soltou da mãe e voltou a sentar ao lado dele pra terminar de comer, ele não tirava os olhos dela nem por um segundo. Depois do jantar, ele lavou os pratos e ela enxugava e guardava a louça enquanto cantavam diversas canções, por vezes ele cantava " si tu quieres nos banhamos se tu quieres nos soplamos pa sacarmos lo mojado" e jogava água nela, que se esquivava mais seguia cantando a próxima estrofe. Caro e Montse os observavam e riam dos dois, principalmente quando Karol o revidava com cócegas, eram só gargalhadas. Ao terminaram toda a louça, foram pro sofá, ele sentou com as pernas esticadas ao longo do móvel, ela ficou sobre ele o abraçando, ele pousou o queixo sobre a cabeça dela e a afagava as costas com carinho. Não demorou muito eles pegaram no sono, Montse foi pro quarto de sua tia dormir enquanto Caro tomava um banho. Mais tarde Caro voltou a sala, acordou Rugge de forma calma e mandou:
- Vão dormir na cama, não quero vocês dormindo tortos aqui na sala, tem um pijama seu antigo que ficou aqui, em cima da cama.
- Tá bom sogra,  já vamos pra lá. - respondeu Ruggero bocejando.
Caro volta para seu quarto, Rugge  acorda Karol, mas ela segue meio sonolenta,  se levantam, ele a pega no colo e a leva pro quarto, a pousa sobre a cama, pega o pijama e vai pro banheiro se trocar enquanto isso ela meio dormindo também troca a roupa por seu pijama. Ele volta do banheiro a vê e começa a rir, ela mais do que rápido lhe questiona:
- Porque você tá rindo??
- Você quer ganhar presente, ou é o que? - retorna ele.
- Que?? Porque?? - indaga ela.
- Porque colocou a camiseta do lado do avesso! - exclamou ele rindo.
- Hahaha o que o sono não faz com as pessoas! - continuou ela colocando um travesseiro no colo,  tirando e virando a camiseta pro lado certo discretamente.
- Ainda mais com as distraídas feito Karol Sevilla! - retornou ele se deitando e se acomodando na cama.
- Ah isso não é verdade Senhor Pasquarelli! - disse ela rindo e se deitando ao lado dele e puxando as cobertas.
Logo eles se abraçaram, trocaram alguns beijinhos, eles lhe faz carinhos circulares nas costas e rapidamente  caíram em sono profundo.
De manhã como de costume ele acordou primeiro, a deixou bem coberta pois fazia um pouco de frio, foi ao banheiro cumpriu seu asseio, depois trocou de roupa e foi em direção a sala, Caro estava terminando de por a mesa do café no capricho, Rugge a auxílio a montar a mesa, Caro sabia que ele adorava croissant para comer molhado no café, então o providenciou, depois que terminaram de arrumar a mesa, Caro se sentou para  tomar a primeira xícara de café do dia e começou uma conversa com ele:
- Então Rugge estava pensando em vocês se verem uma semana antes da quebra do contrato, o que acha?
- Eu por mim não iria mais embora, mas as coisas não funcionam assim, então você que manda!
- Humm, gosto de obediência! Estava pensando em você vir busca-la e levá-la pra casa em Navarro, ela vai amar! - disse Caro tomando um gole do café.
- Você falou alguma coisa sobre isso com ela?? - perguntou ele.
- Não, não, é que ontem fomos almoçar na casa do Dario, e passamos em frente a casa, e ela ficou tristinha, disse que fazia tempo que estava namorando a casa e que quando a colocaram pra vender ela pensou em juntar dinheiro para compra-la, porem haviam tirado a placa de vende-se.
- É verdade isso?? - retornou ele.
- É sim, você acertou em cheio, ela vai ficar doida quando ver que você que  comprou a casa e quando a ver por dentro ela vai ficar bem alterada!
- Uow! Agora fiquei muito feliz!! - exclamou Ruggero
- Vocês se essa sincronia! - seguiu Caro
- hehe sim e sempre sem querer... - continuou ele.
- Tudo começou com cores de roupas! - disse Caro rindo.
- Era engraçado porque nunca combinamos nada, e sempre escolhemos as mesmas cores, pelo menos uma das peças era da mesma cor, é muito doido isso. - disse ele.
Fez um barulho no corredor, o que fez com que Caro dissesse baixinho:
- Bom Rugge vamos combinar assim, você vem busca-la pela manhã e as 19:00 tem que estar aqui com ela de volta, certo??
- Sim Caro combinado! - respondeu ele.
Karol que havia se levantado, ido ao banheiro, depois de escovar o dentes foi em direção a sala, viu Rugge rindo com sua mãe, e foi pé ante pé, até chegar atras dele e o abraçar pelas costas lhe dando um beijo na bochecha dizendo:
- Bom dia meu Baloo!
Ele não respondeu, virou para olha-la enquanto segurava um dos pulsos dela que retribuiu o olhar sorrindo ternamente para ele. Como ele queria poder ficar, não ter que ir nunca embora e cuidar dela, mas faltava pouco pra isso, agora as despedidas eram com foco no futuro.
Eles trocaram alguns selinhos, ela se soltou dele, sentando na cadeira ao lado para tomar café, ele olhou no relógio, eram 8:15 da manhã, ele colocou a mão na testa dela e perguntou:
- Você esta bem meu amor, porque é super cedo e você não costuma acordar essa hora??
- hahaha seu bobo - ela bate na perna dele  e sorri, ele quase se perde no sorriso  dela - eu sei que você teria que ir cedo, queria aproveitar cada segundo, e depois eu posso voltar a dormir. - respondeu ela fazendo careta.
- Ahhhh mas olha que espertinha, vai voltar a dormir depois... - disse ele.
- E ela vai mesmo Rugge! - disse Caro rindo.
- Vem cá ... - disse ele puxando a Karol pro seu colo.
Ele a segurou pela cintura, ela passou o braço esquerdo atras do pescoço dele, se olharam intensamente, ela colocou a outra mão no rosto dele,  encostaram as testas um no outro, seguiram se olhando e trocando sorrisos, alguns beijinhos de esquimó  e por fim alguns beijinhos singelos.
Montse se junta a mesa pra tomar café, nota sua tia os observando e a pergunta:
- Que foi tia?
- Nada, é que Ruggarol é real. - respondeu Caro.
- Errr Tia, não é mais Ruggarol, é Sr e Sra Pasquarelli - disse Montse.
Os dois as ouvem conversando param um pouco e começam a rir delas, ele diz:
- Nenhum nem outro somos Mogloo!
- Hahaha nãooo Lutteo que ganha sempre! - debochou ela.
- Boaaaa... mas acho que o coração que ganha sempre! - retornou ele.
Todos seguiram rindo, até Caro olhar a hora no relógio na parede da cozinha, ja eram quase 9:30, ela com pesar teve que dizer:
- Rugge esta na hora.
Karol saiu do colo dele, com um ar de desapontamento, ele se levantou, pegou o celular colocou no bolso, a abraçou o mais forte que pode, a pediu pra segurar nele que ergueu as pernas dela ate a cintura e disse a Caro:
- Vou levar ela comigo...
- Não Ru....- começou Caro
- Mentira só ate a garagem! - interrompeu ele, e ela rindo - não que eu não quisesse a levar comigo não é...
- Hunf olha lá hein!! - advertiu Caro.
- Tranquila sogra, tranquila vou seguir o plano! - disse ele rindo.
- Assim que tem que ser!! - exclamou Caro.
Ele foi levando ela pela porta até o elevador, apertou o botão para chama-lo,  a colocou no chão e a abraçou novamente, trocaram alguns selinhos até o elevador chegar, os dois entraram, ficaram abraçados observando os números decrescerem no painel, chegando no andar da garagem, ele saiu do elevador a puxando pela mão até quase o portão, virou de frente pra ela, que o abraçou mas não tirou os olhos dele, logo ele disse:
- Vamos nos ver em breve te prometo!
Ela balançou a cabeça em acordo, ele a abraçou forte novamente a levantando, se beijaram, se soltaram e ele foi em direção ao portão de pedestre, apertou o botão para abrir, olhou pra ela que lhe disse:
- Te amo!
- Eu mais, te amo muito mais, se cuida por favor! - disse ele, meio emocionado.
- Eu vou me cuidar, te espero outro dia! - retornou ela.
- Eu volto! - disse ele jogando um beijo pra ela, e saiu.
Ela ficou observando ele pelas frestas do portão até sumir de vista, depois retornou ao elevador tentando se conter, mas uma lagrima escorreu, ao senti-la tratou de enxuga-la pois aquela situação iria mudar em breve e ela deveria focar nisso.
Entrando de volta no apartamento, sua mãe já tinha tirado a mesa do café, Montse estava correndo com as bolsas, Caro veio pelo corredor afoita e foi logo dizendo:
- Filha vai se trocar que as 11:00 você tem consulta com a Dra Marta.
Ela foi pro quarto, abriu a janela, deu uma arrumada na cama por cima pra sua mãe não brigar, trocou de roupa,  sentou na cama colocou os tênis, quando viu o pijama dele sobre a cadeira da escrivaninha, se levantou, pegou o pijama aspirou o cheiro dele que ainda estava impregnado,  o guardou com cuidado no armário. Caro a chamava na sala, ela tratou de correr, pegou seu urso Enfermito e foi de encontro a Caro e Montse. Elas fecharam o apartamento e desceram para a garagem, pegaram o carro e foram em direção ao Hospital, não era longe dali, mas sua mãe tinha que fazer uma volta maior para poderem entrar pela porta de serviço, para não terem problema com a imprensa. Caro estaciona o carro, Montse desce junto com Karol,  vão pra entrada do hospital, Dra Marta já as estava esperando, Caro vem logo em seguida, elas vão para a sala da dra conversar um pouco, fazer uma exame de toque pra ver como estava a infecção, depois foram pra sala de diagnostico por imagem, que era relativamente gelada, Caro e Montse se sentaram nas cadeiras ao lado da maca, Karol se deitou, levantou a blusa, já não bastasse a sala ser fria ainda tinha aquele gel super gelado, dra Marta verificou com o aparelho que a infecção ja não existia, o que foi um alivio, mas a avisou que tinha que continuar com os cuidados, tomando a água tudo direitinho mas não precisava mais tomar o remédio. Depois passou novamente gel mais ao centro,  seguiu com o exame dizendo:
- Está tudo bem, formação seguindo normalmente... Ah olha só! - exclamou a dra.
- O que foi ? - Karol perguntou.
- Você quer saber o que é? Porque ta aparecendo bem hoje.
Karol assentiu com a cabeça, com seu aval a Dra lhe informou:
- É uma mocinha!
Caro levou a mão a boca, Montse repetia:
- Eu sabia, eu sabia!!
A dra seguiu dizendo:
- Ela tem um pé grandinho até, vendo pela sua proporção.
Karol bem emocionada disse:
- O pai ... dela... é bem alto... e calça 44.
- Ah bom então faz sentido, ou seja ela vai crescer bastante! Bom deixa eu abrir o som pra ver os batimentos como estão. - disse dra Marta.
Karol ao ouvir o coraçãozinho bater, começou a chorar compulsivamente, Caro e Montse ficaram igualmente emocionadas, ela olhou pra mãe e disse:
- Queria Rugge aqui!
- Hei, não se preocupe, eu mando o arquivo do exame pro seu celular depois você pode mostrar pra ele.- disse a dra terminando o exame.
A dra removeu o gel, Karol se sentou, arrumou a blusa, ela conversou mais um pouco com a dra, que a deu uma cartilha com informações sobre a nova fase para ela ler, passou mais alguns cuidados específicos, inclusive de alimentação, depois marcaram o próximo e exame se despediram e as 3 voltaram pro carro. No trajeto de volta ao apartamento, ela ficou calada ainda com a rosácea um pouco vermelhinha de choro, seguia olhando a paisagem, pensando em muitas coisas, enquanto sua prima e sua mãe conversavam sobre coisas que precisavam ser compradas, como cobertinhas e roupinhas.
Chegando no prédio, Caro estacionou o carro, Karol desceu junto com Montse, lhe entregando o celular, pediu para mãe pra ficar um pouco no jardim sozinha, Caro a deixou ir e foi com a Montse para cima. Caro sabia que a filha precisava assentar os pensamentos, afinal era uma mudança muito grande na vida de uma jovem, que nem podia ver seu esposo e muito menos compartilhar com ele o que estava acontecendo.
Karol se sentou no banco estofado em baixo da varanda colocando os pés sobre o banco na frente, deixando os joelhos dobrados para poder apoiar a cartilha nas pernas para ler, haviam muitas informações em cada folha, mas aos poucos ela foi ficando com sono até que acabou adormecendo.







BoomerangWhere stories live. Discover now