Cap. 10 - Sr. Wong

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Leon permaneceu parado em meio à sala de estar, apenas observando o resultado final de seu trabalho doméstico. Não sabia quando Ada iria aparecer, portanto teve que ser rápido. Socou os jornais velhos, correspondências antigas e revistas dentro das gavetas de qualquer maneira. Arrumou as almofadas que estavam espalhadas em cima do sofá, catou os copos, pratos e canecas de café e jogou-os dentro da máquina de lavar louça. Quanto ao carpete, ele teve que contratar uma empresa de lavagem a seco três semanas atrás devido ao "acidente estomacal" por causa do uísque, estava, portanto bem limpo. No quarto não tinha muita coisa, apenas algumas roupas espalhadas e que ele escondeu no guarda-roupa e quanto a cama... Levando em conta o que tinha em mente, talvez nem valesse a pena arrumar...
Não teve tempo de passar no mercado ou comprar algo para comer, tinha até medo se a mulher resolvesse abrir a geladeira ou os armários para procurar algo e encontrar um zumbi ou a Ashley morando lá dentro. Bem, Washington DC tem uma ótima oferta de delivery, alguns, vinte e quatro horas, não iriam passar fome. No final, só precisou esvaziar as lixeiras que estavam transbordando, e pronto, tudo limpo.
Olhou para si mesmo, da roupa que foi ao enterro só tirou o terno e a gravata, além de ter suado um pouco com a limpeza mal feita, porém desesperada em seu apartamento. Precisava de um banho, começou a desabotoar a camisa enquanto caminhava rumo ao banheiro.

(...)

Ada pousou silenciosamente na varanda daquele apartamento no nono andar, a porta de correr envidraçada que dava para a sala estava aberta, luzes apagadas, era como se Leon soubesse que ela não chegaria pela porta como uma visita normal. Viu o terno preto pendurado na cadeira de uma pequena mesa de quatro lugares, passou as mãos suavemente pelo tecido como se estivesse passando as mãos no próprio Leon. Identificou nos bolsos uma carteira de couro, um telefone celular, uma cartela de aspirina... E um cantil prateado. A espiã fez uma nota mental sobre não saber se ele tinha esse hábito de antes, ou se o adquiriu nesse tempo em que ela desapareceu. Seus ouvidos apurados escutaram o barulho do chuveiro ligado. Um sorriso surgiu em seus lábios.
"- Hmm, faz tempo que eu não tomo um longo banho quente.". - Disse enquanto se livrava das botas de couro e meias de seda, caminhando em direção ao banheiro, silenciosamente, se esgueirando como uma gata. Livrou-se do lenço vermelho abandonando-o pelo chão, fez o mesmo com o cinto, a blusa branca e quase transparente de seda, a saia de giz riscado e por último, cada peça de sua lingerie. Olhando para trás durante alguns segundos, satisfeita com o rastro que deixou.
Leon enxugava a espuma de seus cabelos com a água abundante e fria quando escutou o barulho da porta se abrir, imediatamente viu a figura feminina surgir do outro lado do blindex, caminhando em direção a ele com passos lentos, se espreguiçando lindamente. Essa era uma das muitas características que o fez se apaixonar quase que a primeira vista por aquela mulher, ela era naturalmente felina, em todos os simples gesto, era uma gatinha até para sentar e respirar, e esperta como uma, ele não sabia o que o encantava mais, quando ela era uma gatinha frágil, ou quando ele a via se transformar em pantera, forte, ágil e independente.
"- Ui.". - Ela gemeu baixinho quando entrou no box e sentiu a água fria. - "- Leon como você consegue?". - Disse enquanto aumentava a temperatura da água, molhou primeiro as mãos, depois os pés, por fim molhou o rosto entrando completamente em baixo d'água e puxando o agente para um beijo, o vapor já embaçava completamente o blindex. - "- Ah, agora esta bem melhor.".
"- Sinta-se a vontade. Mi casa, su casa.". - Ele não podia dizer que estava surpreso por ela simplesmente invadir a casa, no fundo era como se adivinhasse que era exatamente isso que ela faria. Mas gostou de ser surpreendido no banho, diria que teve algumas surpresas boas na vida, mas ter a espiã invadindo o seu banho completamente nua foi sem duvida uma das melhores. Leon a envolveu em seus braços não se importando o quão óbvio já estava à reação do seu corpo a presença dela ali. O sabor de suas salivas se misturava ao da água e ao do gloss que Ada usava, o agente reparou na diferença, hoje ela não estava usando batom vermelho, mas tinha os lábios num tom de rosa, com gostinho de frutinha que ele até tentou, mas não conseguiu identificar que diabos era.
Ada interrompeu o beijo apanhando o sabonete da saboneteira e começando a lavar o peito do amante, o pescoço, os braços, admirando a força daquele corpo pálido diante de si. Gostava de cada mudança sofrida por aquele corpo, do jovem policial com cara de menino até quase Deus Viking que tinha ali a sua frente hoje, e ela amou cada um deles. Aproveitou quando ele a beijou de novo para ensaboar as costas do loiro, as nádegas, ele saiu do beijo e jogou a cabeça para trás quando ela apanhou seu sexo com as mãos, ensaboando e massageando.
Leon tomou o sabonete para si, lavando o corpo da espiã também, e aproveitando o ato para tocá-la inteira, até nas partes mais íntimas, fazendo a espuma e deixando que a água quente a levasse embora. Deixou que o sabonete fosse ao chão ficando com as mãos livres só para atacá-la, guiou-a contra a parede, usando o próprio corpo para prendê-la ali. - "- Você tem razão, é bem melhor assim.". - Ele abocanhou o pescoço molhado, beijando, chupando e mordiscando, dali pulou para o seio esquerdo fazendo a mesma coisa depois prendendo o mamilo entre os dentes, soltou-o quando ouviu Ada soltar um gemido de dor. - "- Desculpa.".
A espiã sorriu e fez um sinal negativo com a cabeça, não machucou, era só uma dor boa. Ela o puxou para mais um beijo e o corpo do agente para mais junto ao seu. Ele já podia perceber o quanto ela estava receptiva a ele, como ela movia os quadris e o convidava para um contato mais íntimo. Ele sabia que ela já estava pronta, que ele já poderia fazê-la sua outra vez ali mesmo se quisesse, mesmo assim não o faria agora. Leon a ergueu pelos quadris fazendo com que ela o envolvesse com as pernas, sem sair do beijo, fechou o chuveiro e a carregou para fora do box... Do banheiro... Cruzaram o corredor e chegaram ao quarto.
A cabeceira da cama bateu contra a parede quando se deu a queda dos dois corpos, unidos e molhados. Ada sentiu as gotas d'água do cabelo molhado de Leon respingarem em seu rosto quando ele se afastou um pouco para se posicionar melhor sobre ela, usou os dedos para penteá-los para trás e assim fitar os profundos olhos azuis dele. Ela fechou os olhos e o envolveu com os braços quando ele afundou o rosto contra o seu pescoço e a penetrou a primeira vez, gemeu e mordiscou-lhe a orelha quando ele se retirou para arremeter-se a segunda vez...
Leon ergueu o rosto mais uma vez, só para assistir, extasiado, a expressão de Ada enquanto eles se amavam depois de tanto tempo, ela o tocou no rosto... - "- Não importa o que aconteça, Bonitão, você sabe... Eu te amo.". - O agente sorriu aliviado, ele sabia, ou sentia isso, mas eram tão raras as vezes que ela confessava isso verbalmente, que acabava tornando momentos como esses simplesmente os mais preciosos. Beijou novamente a boca rosada, agora inchada depois de tantos beijos quando se afundou inteiro dentro dela.

Leon and Ada Side Story (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora