Cap. 25 - Adeus, China

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Madrugada de
01 de Junho de 2013.
China.

Leon e Helena se ofereceram para ajudar os soldados da B.S.A.A. com os sobreviventes. Um novo caos apocalíptico estava instalado. Durante todo o tempo, as piadas infames, o bom humor de Leon permaneceram desaparecidos. Era alguém muito diferente de quando estiveram em uma situação muito parecida em Tall Oaks.
Um tanque da B.S.A.A. os dava uma carona até um lugar distante da fumaça, onde haveria mais sobreviventes e onde eles poderiam se reagrupar. Pela janela, ambos assistiram em silêncio o cenário da cidade destroçada, dos mortos vivos, irracionais, tentando morder o veículo, os grunhidos e os gemidos dos inocentes sendo devorados.
“– Aqui é o máximo onde eu posso levá-los.”. – Disse o soldado.
“– Muito obrigado, já ajudou bastante.”. – Leon observou a rua sem saída bloqueada por uma fileira de veículos que capotaram. “– Vem Helena, eu te dou impulso.”.
Helena saltou por cima de um dos caminhões, em seguida puxando Leon pelo braço para que ele subisse também. Agora do outro lado da rua, quando buscavam um caminho para seguir a pé, sentiram um cheiro forte de gasolina. Um caminhão pipa estava vazando combustível veio desgovernado naquela direção, batendo e capotando. Não tiveram tempo de fugir, quando a explosão aconteceu e ambos tiveram seus corpos arremessados com toda a força contra o párabrisa de um carro, e então caíram desmaiados no asfalto.

                           (...)

Ada observava o mesmo cenário do helicóptero em que pilotava. Os olhos puxados observavam a rua atentamente, sentia-se triste, de certa maneira, como se fosse responsável por tudo aquilo.
“– Ela não estava brincando quando falou sobre causar um inferno...”. – Os olhinhos ávidos avistaram ao longe, dois corpos jogados no chão inconscientes. Seguindo rumo a eles, uma horda de zumbis. Ela reconheceu os dois, ela os conhecia muito bem. Estavam se movendo com dificuldades, estavam vivos.
“– Leon!”.

                           (...)

Leon acordou zonzo. Foi uma pancada forte. Com certeza algumas costelas já tinham se partido. Demorou alguns segundos para reconhecer o local, o fogo, Helena jogada ao seu lado. Zumbis atacando pessoas logo à frente, sobreviventes lutando. Sua arma não estava longe, pegou-a de volta.
Pôs-se de pé e foi até Helena. Com dificuldade, conseguiu erguê-la do chão, colocou o braço da mulher em volta do pescoço. “– Vamos lá... Eu peguei você.”.
Helena estava muito ferida, e ele também. Os zumbis estavam muito próximos. Leon não acreditou que naquele estado, tão machucados, conseguiriam fugir. Num momento seguinte, um farol vindo do alto cegou os olhos azuis do agente por alguns instantes. Era um helicóptero, muito, muito próximo.
O helicóptero metralhava zumbis lá do alto, começando a limpar a rua em volta dos agentes. Helena acordou com o barulho dos tiros. O helicóptero estava tão perto que mesmos confusos de dor, puderam ver o piloto.
“– Leon... É...”.
“– Ada! Achei que estivesse morta.”.
“– Vamos indo enquanto podemos. Por ali!”.
“– Será que tudo isso fazia parte dos planos diabólicos de Simmons?”. – Indagou a si mesmo.
Ambos se arrastaram até a calçada, aproveitando a ajuda de Ada para fugir. Encontraram um prédio com a porta aberta para se refugiarem.

                           (...)

“– Estou começando a me sentir sua guarda costas pessoal, Senhor Kennedy.”.
Ada abateu todos os zumbis da rua, e assistiu os agentes do governo se refugiarem em um prédio. “– Agora vocês estão por conta própria.”.
Foram muitas boas ações para um só dia, talvez boa parte justificada por seu mal estar quanto a Carla. Mas ela ainda tinha uma missão para terminar. Tinha que chegar até a torre na sede da Neo-Umbrella. Tomou seu caminho de volta, encontrando novamente às ruas repletas de caos, helicópteros da Neo-Umbrella por todas as partes para ela abater.
“– Alguém poderia avisar esses caras que a patroa deles já se aposentou? Você realmente não me queria nessa torre, não é mesmo Carla?”.

Leon and Ada Side Story (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora