Capítulo 11- Um teste a mais

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A comemoração foi instantânea assim que eles se encontraram no caminho de volta ao palácio. Adam e Helin começavam a conversar sobre o que havia acontecido quando perceberam que Nick estava cheio de terra e, mais estranhamente ainda, não parecia nervoso sobre aquilo. Nick não respondeu a nenhuma das dezenas de perguntas que os dois fizeram a ele, só disse que precisava muito tomar um banho. E em meio a felicidade do momento, Adam fez uma pergunta em que esperava receber uma resposta bem diferente:

- Então Lucano, quando é que nós vamos poder receber a sua parte da Chave Perdida e seguir viagem atrás das partes restantes?

O rei sorriu e respondeu com a maior naturalidade:

- Vocês são livres para ir quando quiserem, porém, vocês ainda não podem ter a minha parte da Chave, pois ainda não foi concluído o último teste.

Os meninos pararam de andar e os sorrisos sumiram:

- Último teste? -Perguntou um atônito Helin.

- Vocês não prestaram atenção no que eu disse, não foi? Eu disse que vocês todos seriam testados!

- Mas nós já fomos todos testados! – Protestou Adam – Ou... falta alguém.

O garoto ficou em choque ao perceber isso. Ele não havia pensado que Melissa também estaria incluída naquilo. Sua primeira vontade foi a de sair correndo em direção ao roseiral, mas não foi preciso. Melissa vinha andando ao lado de Lucímia da direção oposta. Todos foram até elas. Helin e Nick a bombardearam de perguntas imediatamente, mas Adam os deteve, percebendo que ela não estava bem. Melissa não pareceu escutar nenhuma das muitas perguntas, ela somente vidrava o chão com um olhar perdido enquanto mexia na ponta dos seus cabelos escuros (Adam sabia que isso não era bom sinal):

- Mel – Chamou ele – Você está bem? Você fez o teste?

Ela pareceu despertar dos seus pensamentos:

- Hã?! Ah o teste! Bem, eu ainda não o fiz, na verdade ele ainda nem começou. Vamos ter que esperar duas semanas para fazê-lo, porém eu não posso entrar em mais detalhes que isso por enquanto.

Aquilo teve um efeito ainda pior na ansiedade de Adam, ele estava pronto para perguntar mais, porém foi Lupina, que havia reaparecido na floresta assim que todos haviam acabado com os testes, que o deteve dessa vez:

- Desculpe Adam, sei que você quer saber de mais coisas, porém por enquanto vocês não podem! Agora ela passa por uma provação pessoal e se vocês soubessem do que se trata poderiam interferir ou ajudá-la de alguma forma. Não é, Sanguessuga?!

- Hãm? É! Isso mesmo... eu não posso falar nada por enquanto, então vou voltar para o palácio e descansar um pouco, está bem?

O fato de Melissa não reclamar de como foi apelidada por Lupina o inquietou ainda mais, porém Adam nada mais perguntou. O restante do dia foi mais silencioso do que cada um esperava. Os meninos não estavam nada entusiasmados agora, então quase não houve conversa durante o jantar. Adam dormiu inquieto naquele dia, enquanto flashes do seu último sonho lhe passavam a mente. A torre escura, a mão que saía do chão, os zumbis pelos corredores, os olhos cinza de alguém na escuridão. Acordou de súbito, novamente um pouco suado, porém continuou deitado por mais alguns minutos até se levantar percebendo que já era de manhã. Passou a mão pelos olhos enquanto tentava decifrar um pouco de tudo aquilo, porém alguém bateu na porta:

- Adam, você está aí? É a Lupina!

Ele se assustou um pouco, a batida na porta cortou os seus pensamentos sobre seu pesadelo:

A Chave PerdidaWhere stories live. Discover now