Capítulo 12- Há um significado

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Por mais esperado e aguardado que aquilo fosse, o anúncio ainda foi inesperado o bastante para que Adam, Helin e Nick iniciassem uma série de perguntas misturadas que eram impossíveis de se entender. Melissa em resposta ao alvoroço que tomou conta dos meninos somente levantou as mãos em um gesto pedindo para que se acalmassem. Por alguns segundos eles não pareciam serem capazes dessa "difícil" tarefa, porém em seguida, eles abriram brecha para que ela pudesse continuar. Assim que o silencio se fez, ela olhou na direção de Lucímia e perguntou:

- Posso agora então?

Lucímia acenou positivamente.

- Bem, é isso mesmo que vocês ouviram: A Guerrilha vai ser a minha provação. Será um teste para testar minha habilidade de liderar e desenvolver estratégias. Nas últimas semanas andei estudando na biblioteca do palácio tudo sobre o evento. Estudei as táticas mais usadas nos jogos passados até os mapas mais precisos da ilha. – Melissa tirou sua mochila de baixo do seu assento, como se já estivesse á tempos esperando por aquilo, e colocou sobre a mesa montes de papéis – Então, se eu conseguir nos levar a vitória amanhã na Guerrilha, nós ganhamos a parte de Lucano na Chave.

- Você sabe que eu confio em você para nos liderar Mel, mas agora eu fiquei curioso sobre essa Guerrilha... vamos mesmo precisar de todo esse conhecimento sobre guerras?

Disse Adam enquanto examinava os papéis. Lucano riu, pois, aparentemente a ideia que o garoto estava formando da Guerrilha era um pouco distorcida:

- Não, não. Com toda a certeza boas estratégias farão a diferença na competição, porém, tenho certeza que Melissa só se aprofundou tanto em seus estudos porque não gostaria de correr riscos.

- Não gosto mesmo de riscos. – Concordou Melissa – Por isso acredito que tenha previsto grande parte dos cenários possíveis do evento somente por precaução. Mas enfim, deixem me explicar primeiro o que é essa tal "Guerrilha". Pois se vocês não se lembram, nós chegamos a essas ilhas justamente no dia da sua última edição.

- É, e um time que não era o meu venceu da última vez justamente pela confusão que a Suga-Suga aqui causou ao chegar.

Disse Lupina como se cobrasse um pedido de desculpas:

- Se me lembro bem, foi você que saiu no meio da Guerrilha para atacar um visitante, não estou certa? – Repeliu Melissa claramente nervosa pela intromissão.

- Naquele dia você não era classificada como uma visitante, e sim como intrusa. Você exalava cheiro de perigo e ainda por cima não veio pela nossa estação, então, acho que eu tive meus motivos.

- Embora – Interveio Lucímia— Nós concordamos que mais diplomacia não faria mal, certo Lupina?

A princesa parecia querer responder, mas não disse nada e se sentou novamente. Melissa respirou fundo para acalmar os nervos e continuou com sua explicação:

- Acontece amanhã na cidade um festival chamado de "Festival da Lua Cheia", que se inicia à tarde e dura até o dia seguinte. No meio desse festival, os doze grupos selecionados de todas as ilhas, cada grupo com cinco participantes, participam da Guerrilha. A Guerrilha é basicamente um jogo de bandeiras, o time que perde a própria bandeira é imediatamente desclassificado e, ao final, o time que tiver o maior número delas vence.

- Tem câmeras espalhadas por toda a ilha central. —Disse Lucano – Então, possivelmente veremos cada batalha que vocês travarem pela bandeira do adversário. A cidade entra em um estado de grande euforia quando alguma luta é transmitida. E como Melissa disse, o festival e a Guerrilha vão do meio-dia de amanhã até o meio dia do dia seguinte, então vocês passarão a noite na floresta.

A Chave PerdidaWhere stories live. Discover now