Capítulo 18- A Lobolândia

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Era ótima aquela sensação. Ao que parecia ser uma eternidade para ele, Adam não tinha um dia tranquilo que não oferecesse risco á sua vida ou que não fosse tomado pelos treinamentos pesados. Durante todo o caminho até o parque temático, que ficava em uma ponta diferente da cidade, Lupina dava saltos periódicos de animação mesmo que os enormes guardas de óculos escuros, camisetas havaianas e bermudas largas que os observavam á distância aborrecessem ela um pouco. Helin estava enérgico como sempre e "chateava" Nick com sua animação durante o caminho, porém quase meia hora depois, quando chegaram, até mesmo Nick teve que fazer certo esforço para também não parecer animado. "Lobolândia" estava escrito em neon mágico na entrada do parque e o nome brilhava, trocava de cores e se transformava em um lobo descendo uma montanha russa em pleno ar. O parque era encostado á grande borda de pedras que pertencia ao vulcão. E ao pagar as entradas e entrar nele, Adam imediatamente se maravilhou com uma ótima visão.

Brinquedos dos mais diversos lotavam o parque de ponta a ponta, havia um fliperama á esquerda e uma sessão de lojas com comidas típicas de parque á direita. Helin saiu correndo até as bancas de comida e quando Melissa conseguiu finalmente arrastá-lo de volta para o grupo ele já estava com um boné com orelhas de lobo e uma camisa escrita "Eu amo a Lobolândia" além de várias comidas e refrigerante nos braços. Demoraram um pouco para decidirem em qual brinquedo iriam primeiro, mas eles acabaram por ir no "Lobo de Bate-Bate", que tinha carrinhos mecânicos (em forma de lobos que rosnavam, uivavam ou ganiam) soltos em uma pista fechada onde você deveria pilotar o seu próprio carrinho e, se quiser, se chocar contra o de outras pessoas.

Depois foram, por sugestão de Helin, ao "Rabo Maluco Do Lobo", onde entravam dentro da cauda de um lobo gigante e eram cachoalhados de diversas formas. Em um momento, Helin pareceu que poderia passar mal devido a extrema movimentação e seu estômago cheio, mas ele respirou fundo e se controlou (para a alegria de Lupina que estava ao seu lado). A sensação de felicidade começou a invadir Adam. Ele riu alto e por um instante se sentiu confortável ali, mesmo com toda aquela movimentação. Ele teve a impressão de que guardaria aquele momento para sempre em sua memória. E então, eles desceram do brinquedo poucos minutos depois, um pouco tontos, mas já prontos para a próxima. Foram na Roda Gigante, por sugestão de Lupina, depois na Estande de tiros por sugestão de Nick, onde pequenos lobos metálicos e enfeitiçados se moviam, se escondiam entre prateleiras e até caçoavam de você quando errava. Por fim, Adam decidiu sugerir o brinquedo:

- " Toca do terror"! Ouvi um pessoal conversando sobre essa atração antes de entrarmos aqui. Parece uma boa!

Todos pareceram gostar da ideia de imediato e começaram a ir para a parte do parque em que ficavam alguns brinquedos diferentes: "Túnel do amor do lobo", "Lobos espaciais" e alguns outros. Então viram "Toca do terror" escrito em um tipo de neon verde de aparência gosmenta. Então, no primeiro "Vagão Amaldiçoado" que entrava no brinquedo, Nick foi acompanhado de uma criança hiperativa de sete anos que ficou gritando somente por ele começar a se mexer. Nick pareceu estar se controlando bastante para não gritar com ele no ato. Já no segundo vagão, Helin e Lupina entraram discutindo qual criatura do reino mágico era mais assustador enquanto, Adam e Melissa foram no último. Os vagões do brinquedo andavam sobre um trilho de metal que, possivelmente de propósito, pareciam enferrujados. Toda a entrada do brinquedo realmente parecia ser feita de rocha suja e maciça e, ao passarem por ela, barulhos estranhos como gritos e sussurros começaram a serem ouvidos. Mas Melissa, de certa forma, parecia olhar tudo com uma grande felicidade e talvez com um pouco de nostalgia também.

O vagão foi devagar passando pela entrada e mãos esqueléticas caíram do teto sobre o colo dos dois, elas se agitavam como se tentassem agarrá-los e feri-los, mas assim que você encostava nelas, elas simplesmente desapareciam no ar. O carro então parou, Melissa riu baixo e Adam teve que perguntar:

A Chave PerdidaWhere stories live. Discover now