Capítulo 21

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MANUELA🌸

O Gabriel não existia mesmo, estava tão feliz porque ele também estava feliz. 

Cheguei em casa e corri pra me arrumar, Letícia escolheu uma roupa enquanto eu tomava banho, sai e ela estava sentada na minha cama me olhando toda boba.

Letícia: amo te ver feliz. 

Manu: e eu amo quando você me ajuda assim — sorri —.

Letícia: quero conhecê-lo.

Manu: vamos marcar algo, mas não aqui — rimos —. 

Coloquei um vestido branco até o joelho que realçava meus seios e minhas curvas, um saltinho preto, algumas joias e fiz uma make, Letícia fez cachos nas pontas do meu cabelo e estava perfeito, tudo para dar certo. Me perfumei e logo ele buzinou, olhei e era ele. 

Letícia: boa sorte, e arrasa — rimos e sai —.

Entrei no carro e selamos nossos lábios, Gabriel me elogiava tanto que eu já estava mimada demais. Chegamos a um restaurante bem chique, só gente bonita. O garçom nos levou até uma mesa que estava perfeita  e toda decotada, era o lugar mais reservado do restaurante, Gabriel puxou a cadeira e me sentei. 

Fizemos os pedidos e ele ficou babando em mim, nunca na vida eu pensei que pudesse amar uma pessoa, depois da morte da minha mãe e principalmente depois do abuso do Eric eu me desliguei totalmente, pensei que tudo havia se tornado diversão na minha vida mas ele estava me mostrando ao contrário. 

Eu podia amar alguém!

O jantar foi maravilhoso, tudo perfeito. Comemos e teve direito a sobremesa, claro que não deixei passar, não havia mais vergonha entre nós, depois de tanta coisa juntos mesmo em apenas 8 meses. 

Fui ao toalete, fechei a porta e quando ia sair ouvi duas mulheres conversando, eu ia sair até entender que era de mim. 

XxX: você acha que pode uma coisa dessa? Patrícia perdeu pra uma novinha — as duas riram —. 

XXX: ela é bonita, mas claro que não chega aos pés. Patrícia e Patrícia né? 

XxX: ano novo está chegando, ele nunca deixa ela e Pietra, quero vê como vai ser agora com essa aí. 

Respirei fundo e sai, as duas não sabiam onde enfiar a cara. Lavei minha mão e retoquei o meu batom, elas ficaram com uma cara de tacho, sai e voltei pra mesa. 

Aquilo não iria me atingir, não vou dar esse gostinho a ninguém, acredito no que Gabriel é pra mim entre 4 paredes, só nós dois, e o resto? Bom ninguém precisa de resto pra viver mesmo. 

Assim que me sentei Gabriel tirou uma caixinha do bolso, uma aliança de compromisso, travei na hora e fiquei sem reação.

Manu: você, você é louco né?  — ri nervosa e tremia —.

Gabriel: por você — ele riu e tirou aliança da caixinha — aceita namorar comigo? 

Manu: mas é claro seu bobo — segurei as lágrimas pra não borrar a make mas foi impossível, Gabriel colocou em meu dedo e coloquei no dele —.

Gabriel: essa é só pra teste. 

Manu: teste? 

Gabriel: sim, vai que você não me aguente né — ele riu —. 

Saímos agarrados e passamos pelas mulheres que estavam falando no banheiro, não sabiam onde enfiar a cara olhei e dei um sorrisinho. Ele é meu, nada vai mudar isso e nem tirar de mim. Fomos para sua casa, fizemos um amor gostoso e adormeci em seu braço.

Acordei com meu celular vibrando, Gabriel não estava mais na cama, me sentei e ele apareceu com a toalha enrolada na cintura. Olhei a hora e estava cedo ainda, mas precisava ir trabalhar e não tinha levado roupa nenhuma. 

Manu: meu Deus Gabriel, atrasada e sem roupa pra ir pra empresa. 

Gabriel: calma — ele riu e beijou o topo da minha cabeça —. 

Manu: não posso me atrasar — ele ria mais ainda —. 

Gabriel: pedi pra Ana comprar algumas peças para deixar aqui — abriu o guarda-roupa e tinha muita roupa, social de todo que é jeito —. 

Manu: você é realmente louco — ri —. 

Gabriel: vai tomar banho que já vamos — ele riu e corri pro banheiro —. 

Não demorei muito no banho, sai enrolada no roupão e soltei o coque que havia feito. Gabriel separou uma roupa e vesti, caiu super bem, aposto que foi ele quem escolheu todas.

Fomos rápido para o trabalho eu queria subir primeiro ou depois de Gabriel mas ele quis ir junto comigo. Não sabia se era bom fazer isso, mas ele disse que era só disfarçar e não dá na cara, bem difícil com o tamanho da aliança no nosso dedo. Teve muitos olhares mas ninguém falou nada. Por um lado fiquei aliviada. 

O dia foi bem cheio e graças a Deus era sexta-feira. Almocei com a Bru e Gabriel, voltei pro meu expediente até ele entrar.

Manu: já está com saudade? — ri e ele também —. 

Gabriel: vim me despedi, vou ter uma reunião no Rio hoje mais tarde e já tenho que ir.

Manu: ah — fiz beicinho e ele me beijou —. 

Gabriel: o motorista vai estar te esperando lá embaixo, amanhã eu tô aqui e temos uma festa de criança pra ir. 

Manu: muito doce? — rimos —. 

Gabriel: muito gordinha — apertou minha barriga de leve —. 

Manu: e pra que motorista amor? 

Gabriel: pra eu ter certeza de que você chegou bem.

Manu: tá bom — sorri e me levantei —.

Quase um casal |Onde histórias criam vida. Descubra agora