Capítulo 14

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MANUELA🌸

Acordei no outro dia e o sol invadia o quarto, Gabriel não estava mais na cama e senti o cheiro de café e sorri. Levantei e fiz minha higiene matinal, desci e ele estava só de cueca box fazendo meu café, era demais pra mim.

Manu: assim me deixa mal acostumada — disse rindo e selamos nossos lábios —.

Gabriel: é pra ficar mesmo — ele riu e me abraçou —.

Sentamos e tomamos café juntos, conversamos de tudo menos da noite passada. Não foi um erro, e eu me sentia livre, livre de tudo, do meu medo, da vergonha, do Eric, é melhor sensação impossível. 

Voltei pro quarto e vesti a mesma roupa de ontem, marquei no shopping com a Letícia, a gente precisava conversar. Eu não estava nenhum pouco afim de voltar pra casa, não queria ver a cara dos dois. 

Gabriel estava indo me deixar lá, fomos ouvindo música, sua mão grudada na minha, me sentia segura ao lado dele.

Gabriel: não quer conversar sobre o que rolou na sua casa? — me olhou e desviou pra avenida —. 

Manu: não quero estragar nosso dia — ri — não se preocupe, eu resolvo. 

Gabriel: como quiser — ele sorrio e beijou minha mão —.

Cheguei até o shopping e nos despedimos com um beijo bem caloroso por sinal. Entrei e comecei a procurar por Letícia, fui até a praça de alimentação e lá estava ela bem abatida por sinal.

Letícia: Manu — ela me abraçou —. 

Manu: Ei — retribui o abraço e acariciei seus cabelos — vem cá — me sentei e puxei ela pra cadeira — o que houve?

Letícia: ela é horrível Manu, fala coisas horríveis, acha que sou prisioneira dela. E o seu — fez uma pausa — nosso pai, não faz nada pra defender parece que tem medo dela. 

Manu: eu queria ter condição de sair de lá e levar você junto, mas tu é menor Le, a briga que ia dá na justiça seria terrível. Você sabe como sua mãe é. 

Letícia: não quero voltar — abaixou a cabeça —. 

Manu: nós vamos, e juntas.

Andamos no shopping e compramos algumas coisas, acabou que almoçamos lá mesmo. Pegamos um táxi para voltar, Letícia estava bem tensa ela era um nenezão pra mim ainda, ela era um bebê quando foi morar conosco e peguei um amor anormal por ela. Paguei a corrida e descemos, paramos em frente de casa, ela me olhou e eu sorri. 

Era difícil encarar os dois, mas eu precisava, pretendia sair de lá logo o mais rápido possível. Entramos e meu pai estava na cozinha, não disse nada fui subir e ele chamou.

João: ela estava com você né? 

Letícia: não, eu não estava com ela. Liguei hoje pra ela ir me buscar. Na verdade voltei por ela —  disse firme —. 

João: você não entende Letícia, sua mãe...— interrompi —. 

Manu: nos poupe de discurso pai — sorri sínica e subimos —.

Quase um casal |Onde histórias criam vida. Descubra agora