Capítulo 1

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MANUELA🌸

Quinta-feira 7h AM ⛅️

Dei um pulo da cama com o despertador tocando, a rotina continua. Levantei e tomei um banho de 15 minutos pra acordar, sai enrolada na toalha e fui escolher uma roupa. Vesti uma calça dobrada, Nike Air Max 90 e uma blusinha de manga qualquer, me perfumei e fiz uma make básica pro dia a dia. Peguei minha mochila e desci, meu pai estava na mesa enquanto minha madrasta preparava o café.

Manu: bom dia — falei me sentando —.

João: bom dia filha — sorrio e voltou a mexer no celular —.

Letícia: bom dia — falou bocejando e descendo as escadas —.

Manu: caiu da cama pivete? — perguntei rindo —. 

Letícia: babaca — deu língua — vou correr. 

Luana: isso aí filha, melhor do que ser sedentária.

Segurei o riso e a boca, Luana não perdia a oportunidade e eu não iria me estressar logo cedo. 

Sai sem nem me despedir, pegava só um ônibus pra chegar lá e era bem rápido. Eu era na minha, não era de muitas amizades era bem fechada e sofria um pouco por ser assim. A única pessoa que eu conversava era Letícia, filha da minha madrasta, nós duas éramos muito parecida, amava ela como se fosse minha irmã de verdade. Fui pra sala e coloquei o fone de ouvido até o professor entrar, 4 aulas puxada estava exausta e o dia mal havia começado. 

11h50 saí da sala, passei pelo Eric, era o mais cobiçado da faculdade muitas meninas babavam nele, namoral era gato mas não valia 1 real, eu estava fora.

Eric: bom dia marrentinha — ele acariciou meu cabelo e sorriu, que sorriso puta que pariu —. 

Manu: bom dia Eric — pisquei e passei reto, mas foi em vão —  qual a sua em? — parei fitando seu olhar —.

Eric: quero você — ele riu e revirei os olhos —.  

Manu: tu é muito trouxa — balancei a cabeça — me erra tá?

Eric: ei ei — foi atrás de mim — calma, queria levar você pra comer amanhã à noite, topa?

Manu: porque eu iria? 

Eric: porque minha companhia é muito gostosa — ele riu safado —.

Manu: você não presta — fiz careta — vamos vê, vai que mudo de ideia.

Sai e deixei ele lá, talvez cairia bem sair um pouco da rotina, já que era da faculdade pra casa toda semana. Peguei o ônibus e cheguei exausta, subi pro quarto e tomei um banho. Dormi o dia todo, acordei com Letícia perturbando minhas ideias, ela não parava um minuto.

Letícia: mas não sei se ele está afim sabe — falava andando pelo quarto —. 

Manu: tu não cansa? — sentei na cama e cocei os olhos — me deixa dormir — choraminguei —. 

Letícia: não posso falar disso com a mamãe.

Manu: sua mãe — repreendi a mesma e sorri — Le — fiz uma pausa — desse esses trouxa na sua mão, tu só tem 15 anos é linda, tem tanta coisa pela frente. 

Letícia: é você tem razão — ela ficou pensativa —.

A minha sexta-feira passou como um jato, e estava bem animada pra sair com Eric. Claro que não iria avisar o meu pai que iria com ele, mas disse que ia sair, não menti apenas omitir. 

Ele passou o dia na faculdade me perturbando, ele estava mais ansioso que eu, que nunca fui de ter "encontrinhos", já estava estranho mas não me apeguei nisso. Fui direto pra casa, me troquei e fui para o salão afinal não é toda sexta-feira que saímos com o mais cobiçado da faculdade.

Fiz tudo que tinha direito unha, cabelo, depilação. Sai de lá quase no horário que marquei com Eric, como sempre atrasada, tomei um banho sai enrolada no roupão e Letícia entrou no quarto com um vestido e um salto na mão. Encarei a mesma que balançou a cabeça e fez xiiiu com a mão, revirei os olhos e fui me arrumar, passei hidratante, desodorante e coloquei um vestido branco colado acima do joelho, um salto alto preto e fiz uma make pesada, me perfumei e estava pronta. 

Ele mandou mensagem dizendo que estava chegando, precisava sair antes do meu pai ver, desci e não havia ninguém lá.

Letícia: eu digo que tu já foi.

Manu: por isso que te amo — apertei as bochechas dela —. 

Letícia: vai logo, não deixa o bofe esperando — disse rindo —.

Balancei a cabeça rindo e sai, tranquei a porta e Eric parou sua BMW conversível e entrei, nunca na vida que ele seria um cara romântico mas eu precisa curtir. Fomos papeando até lá, chegamos na Eazy, já ouvi falar mas nunca havia frequentado, o frentista abriu a porta e desci, Eric segurou em minha cintura e entramos, a mulher que estava na entrada colocou a pulseira e fomos direto para o camarote, estava muito lotada, tocando sertanejo, eu ouvia de tudo um pouco não tinha tempo ruim. 

Eric fez um copo de uísque pra mim, fiquei meio acanhada no começo mas fui me soltando. Ele não estava fofo comigo e sim atencioso e me dando atenção.

3 horas depois eu estava praticamente com o mesmo copo, Eric já estava pra lá de Bagdá e fiquei com receio de voltar com ele pra casa assim.

Eric: bebe — me entregou um copo —.

Manu: tô de boa — sorri sem graça —.

Eric: por favor Manu — choramingou — não me deixa louco sozinho vai.

Manu: tá bom, só um pouco — revirei os olhos —.

Quase um casal |Onde histórias criam vida. Descubra agora