Capítulo 45

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Beatriz💫

Terminei de me arrumar e dei um beijo no André que ainda tava deitado.

Deco: Mais tarde vou te buscar jaé?

Bea: Tá, vê se não me deixa esperando
igual semana passada.- falei pegando minha bolsa.- tchau te amo.

Deco: Também te amo.

Peguei pão de queijo na mesa e sai de casa comendo.

Alguns dias se passaram desde que o Lucas foi embora, e por enquanto tá tudo normal.

Victória se negou a ir no psicólogo, então o fumaça trás o psicólogo até ela.

Entrei na loja dando bom dia pra todo mundo e elas me responderam.

Guardei minha bolsa e comecei a trabalhar.

▪▪▪▪

Peguei meu celular rapidamente assim que os fogos foram lançados.

Ligação📱

Bea: Amor, é ele? - perguntei nervosa.

Deco: É ele, hoje isso tudo vai acabar Bea.- falou feliz e eu já senti uma sensação ruim.

Bea: André, por favor não vai. Eu to sentindo uma sensação ruim, vai acontecer alguma coisa contigo, não vai.- falei olhando as meninas fecharem loja.

Deco: É meu trabalho nega, não vai acontecer nada, tenho que ir. Te amo tá?

Bea: Eu também te amo...- ele desligou o celular.

Ligação📱

▪▪▪▪

Aquela sensação não saia de mim por nada.

Eu sabia, eu tinha certeza que alguma coisa ia acontecer com o meu André.

Os fogos foram lançados novamente e nós saímos de trás do balcão, depois de duas horas de confronto.

Peguei minha bolsa já pra ir pra casa e alguém começou a gritar meu nome desesperadamente.

Depois de um tempo reconheci a voz do Cadu e eu levantei o portão.

Bea: Você tá bem? - abracei ele.

Cadu: Tô bem, eu preciso que tu venha comigo.- pegou na minha mão.

Bea: Cadê o André? - perguntei já chorando.- me diz que tá tudo bem com ele Cadu.

Cadu: Ele tá ferido, mas vai ficar tudo bem. O carro já foi chamado, ele vai fica bem Bea.

Eu sabia que era coisa pior.

Sai correndo sem rumo até ver uma multidão na praça.

Acelerei meus passos e assim que eu me aproximei todos se afastaram, me dando a visão do André caído no chão.

Bea: NÂOOO.- me ajoelhei do lado dele sentindo todas minhas forças irem embora.

Deco: Eu matei ele amor, ninguém mais vai te fazer mal.- falou baixinho e eu abracei o corpo dele.

Todo mundo olhava pra mim com pena e eu só sabia pedir, orar, pra que Deus não levasse ele de mim.

Ele fez tudo isso por mim, pra me proteger, e tudo vai acabar assim?

Let: Amiga, vem.- abaixou do meu lado chorando.

Bea: Não, não.- segurei a mão dele.

Cadu: Reage Beatriz.- pediu mas eu não tinha forças pra nada.

Bea: Por favor não me deixa, eu te amo muito.- pedi já sentindo o coração do meu amor bater fraquinho.

Deco: Eu te amo como eu nunca amei ninguém.- falou com dificuldade.- acabou, eu vou morrer.

Bea: Não, você não vai. - me recusei a acreditar.

Um carro parou do nosso lado e dois homens sairam de lá pra pegar ele que tava sangrando no chão.

Segurei a mão dele e ele susurrou um "Eu te amo".

Cadu me abraçou e eu chorei como eu nunca tinha chorado antes.

Ele cumpriu o que ele havia me prometido.

Matar o meu pai.

Let: Vem, vamo pra casa..você precisa descansar.

Bea: Não, eu não vou.

Cadu: Vai pra casa Bea, agora tu não vai poder ver ele.- falou de cabeça baixa e eu consegui ver as lágrimas escorrerem nos olhos dele.

Fechei os olhos e ali veio todas as lembranças.

Pra mim nada mais tinha sentido, eu estava desmoronando aos poucos.

Complexo Da MaréOnde histórias criam vida. Descubra agora