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— Aonde estou? — Rioston encontra-se deitado numa grama macia, olhando para o céu com azul inimaginável.

Ele senta-se. A náusea é forte. Rioston sente a cabeça levemente pesada e está
tonto.

Com agilidade levanta-se, com a sua memória o lembrando do acidente. Não há cicatrizes pelo seu corpo.

— Que lugar é esse? — Ele ao perguntar-se, abre as palmas das mãos sentindo o calor do sol.

Rioston também percebe que está usando a roupa do acidente. Mas, não encontra-se suja com seu sangue.

Ele também não está usando a bengala, e vendo com os dois olhos.

Percebido isso, leva suas mãos à cabeça tocando nos seus cabelos.

Ele começa a caminhar.

O local é cercado por uma vasta paisagem verde. Árvores frondosas que estão à margem do caminho, pintam ainda mais o lugar com verde.

Os pássaros de todos os tamanho e tipos revoam de um lado para o outro cantando.

Por um momento ele esquece suas indagações iniciais. As belezas do lugar são hipnotizantes

Rioston caminha seguindo em frente e ver uma pessoa parada próximo das árvores.

O homem está sorrindo para ele.

Rioston aproxima-se do local e não consegue diferenciar se as árvores estão cantando ou se as musicas estão vindo de outro lugar, apenas observa que o vento ao passar no meio delas, emite uma nota musical.

Ele para saudando o homem com o movimento de baixar e subir com a cabeça.

Rioston olha por baixo das copas das árvores procurando a presença de passarinhos.

— Realmente quem estão cantando são árvores. — Rioston fala admirado.

— As pessoas sempre ficam curiosas quando chegam aqui e veem as árvores cantantes. — Fala o homem ao sair das sombras das árvores.

Rioston fecha os olhos.

No primeiro momento a luz que atravessa o corpo é muito forte. O cegando de imediato.

É como se ele estivesse frente a frente com um espelho que reflete a luz.

— Quem é você? — Rioston pergunta, com sua mão direita ainda escondendo seus olhos da claridade.

— Alegre. Meu nome é Alegre. Pode tirar as mãos dos olhos, a luz não vai mais te incomodar.

Rioston abaixa a mão direita e de fato a luminosidade de Alegre não o incomoda mais.

Porém a felicidade nos olhos do rapaz é surreal.

Rioston está curioso:

— Seu nome reflete sua personalidade? — Alegre sorrir ao ver Rioston fazer a pergunta, olhando para todas as direções.

— Não! Mas está feliz te incomoda? — Rioston para de olhar em volta e volta toda sua atenção para o rapaz.

— Aonde estou? — Ele pergunta esfregando as mãos.

— Se eu disser a verdade, promete não correr? — Rioston franze o cenho. — Estou perguntando isso, porque quando digo às pessoa que estão mortas, tem algumas delas que começam a correr para todos os lados. — A frase soa com a voz de Alegre sorrindo.

— Mortas? — A sua mente começa a trabalhar, como se recebera uma descarga elétrica. Logo tudo começa a fazer parcialmente sentido, e ele entende onde está: — Morto? É isso mesmo? Eu estou morto?

BORBOLETA PRETA - COMPLETO - Lançado 14/02/2019Onde histórias criam vida. Descubra agora