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— Se soubesse que hoje faria um sexo tão vagabundo e com uma pessoa tão sem vontade, não teria saído de casa... O meu "consolo" é mais carinhoso. — A morena nua, faz o comentário deitada numa cama casal, enquanto observa o rapaz parado e pensativo na frente do espelho.

Ele também está nu.

— Malú, — O jovem loiro, alto, chapado, com os cabelos pelo ombros e possuidor de uma grande tatuagem tribal no braço esquerdo, vira-se para a mulher e continua: — Você está reclamando de que? Além do mais se não estou enganado, o seu dinheiro já esta guardado na sua bolsa...logo, é você quem tem que me dar prazer, e não o contrário. — Malú, suspira indignada com a passada na cara que acaba de escutar, ela apenas está cobrando por mais carinho.

Com raiva responde:

— É, você tem razão. Não deveria reclamar. Afinal, estou sendo paga para lhe dar prazer. — Dito isso Malú começa a se levantar da cama e procurar sua roupa para vestir.

O rapaz pelado, olha de lado com um sorriso cínico no rosto, e continua a provocação:

— E bem paga, por sinal. Muito bem paga! — Reitera ele com a voz debochada. — E sejamos sinceros Malú, pela fortuna que estou te pagando, você hoje foi uma merda na cama.

Malú não acredita no que acaba de ouvir.

Ela procura o restante das suas roupas embaixo da cama, e quando vai respondê-lo, o rapaz não deixa e se interpõem:

— Vista-se e vá embora. Por hoje é só. — Rioston olhando pelo canto dos olhos conclui dizendo: — Uma punheta bem batida, vai ser bem melhor do que foder você.

Malú para incrédula no que está escutando, ela nunca havia sido tão humilhada na sua vida e profissão. A mulher observa o rapaz loiro se dirigir até o banheiro e bater a porta na sua cara.

Rioston, olha para o espelho da pia e escuta Malú bater: os móveis, gavetas, jogar as roupas dos cabides no chão e por fim, ele a escuta gritar:

— Você é um cuzão filho de uma puta! — Ela sai e bate a porta da casa, com toda força possível.

O chuveiro é aberto, e sem pressa ele entra. A água está morna. Rioston, aproveita cada gota que cai sobre ele.

Quando sai do banheiro, ele deita na cama, e o celular acende com uma mensagem de texto, chamando-lhe a atenção com os seguintes dizeres:

"Acabamos de chegar no bar! Vem logo carai, há boceta por todo lado!"

Rioston sorrir com a mensagem de Gabriel, e ao invés de ir dormir, troca de roupa e sai.

Há dezenas de bares na rua principal do centro de Porto de Galinhas. Porém, existe um em especial que Rioston e seus amigos gostam de ir.

Quando ele desce do carro, já os enxergam de longe. Há sete pessoas sentadas, com duas mesas repletas de chopps.

— Rioston Ecobravo! Enfim o senhor chegou dando os ares de sua graça.

As quatro mulheres sorriem ao escutar Gabriel recitar o nome do amigo, que vem usando uma bermuda branca e uma camisa Lacoste, azul clara.

— Ele mesmo, em carne e osso. — Rioston apresenta-se como quem chega para fazer um show.

— É sério o nome? — A moça loira, sentada mais perto da ponta da mesa, faz a perguntar depois de uma nova golada no chopp.

— Claro que é! Esse é meu nome! Meu pai curte filme de guerra... Logo, meu nome surgiu inspirado desses filmes, onde o piloto grita para a Torre: "Houston-Eco-Bravo... Mayday.Mayday."

BORBOLETA PRETA - COMPLETO - Lançado 14/02/2019Onde histórias criam vida. Descubra agora