Melhores amigos...
Emma é uma estilista em ascensão, sonhadora e apaixonada por histórias de amor, acreditando que, um dia, encontraria seu grande amor. Crescendo ao lado de Jake, seu melhor amigo de infância e psicólogo, jamais imaginou que esse am...
Provérbios 4:23 "Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida."
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No dia seguinte ao meu encontro com Eric, fui para a Escola Bíblica Dominical com meus pais, evitando pegar carona com Jake como fazíamos há anos. Meu coração estava em conflito. Jake e eu sempre fomos inseparáveis, melhores amigos desde a infância. Agora, eu me via apaixonada por ele, mas ele estava se aproximando de Ana, e eu não podia estragar nossa amizade com meus sentimentos.
A manhã foi cheia de ensinamentos abençoados, mas a presença de Jake ao meu redor tornava difícil me concentrar. Durante a EBD, trocamos breves palavras — nada fora do comum, mas cada vez que nossos olhares se encontravam, eu sentia aquele aperto familiar no peito, o mesmo que agora me acompanhava sempre que ele estava por perto.
Quando voltamos para casa, minha mãe me surpreendeu: convidou os pais de Jake para almoçar. Era uma prática comum, afinal, nossas famílias eram próximas desde sempre. Eu não podia reclamar, mas sabia que estar tão perto de Jake, enquanto escondia o que sentia, agora era difícil. Ele parecia animado com o convite, e me lançou um olhar curioso e, talvez, um pouco expectante. Não consegui decifrar totalmente.
Assim que chegamos, nossas mães foram para a cozinha preparar o almoço, enquanto nossos pais foram para o jardim. Jake e eu ficamos na sala, sentados lado a lado no sofá. O silêncio entre nós, que antes era confortável, agora parecia cheio de tensão. Eu não sabia o que dizer, porque, honestamente, qualquer palavra poderia entregar o que eu estava sentindo.
Jake quebrou o silêncio, do jeito direto e curioso que eu tanto admirava nele.
— Então... você e o Eric saíram ontem? — Ele perguntou, sem me olhar diretamente.
Senti um frio na barriga. Falar de Eric com Jake parecia errado, como se eu estivesse tentando forçar algo que não existia.
— Sim, saímos — respondi, tentando manter a voz neutra.
Ele assentiu, mas continuou me observando de canto de olho. Parecia mais interessado do que eu esperava.
— E foi bom? Onde vocês foram? — Ele perguntou, cruzando os braços, o tom casual demais.
— Fomos a um restaurante... depois fomos em um parque abandonado e andamos na roda gigante, em um bairro próximo da casa dele. — Fiz uma pausa, lembrando da noite. — Foi... legal.
Jake assentiu novamente, mas o silêncio que se seguiu me incomodou. Eu sabia que ele estava prestes a perguntar mais.
— E... você está gostando dele? — Ele finalmente soltou, a voz baixa, como se quisesse parecer despreocupado, mas seus olhos me encararam, buscando algo.
Meu coração disparou. Eu sabia que ele estava sendo sincero, que se preocupava comigo. Mas a verdade era que falar sobre Eric não mudava o fato de que era por Jake que eu estava apaixonada. E isso me assustava.
