Melhores amigos...
Emma é uma estilista em ascensão, sonhadora e apaixonada por histórias de amor, acreditando que, um dia, encontraria seu grande amor. Crescendo ao lado de Jake, seu melhor amigo de infância e psicólogo, jamais imaginou que esse am...
Provérbios 4:23: "Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida."
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Acordei com minha mãe me chamando, dizendo que Jake estava me esperando lá embaixo. Mais uma vez, eu havia dormido demais. Preciso parar com isso; não sei de onde vem tanto sono, meu Deus. Sou do tipo de pessoa que poderia dormir em pé, se me deixassem.
— Já estou descendo! — gritei de volta, enquanto me levantava da cama e me espreguiçava. Caminhei sonolenta até o banheiro. Jack já me conhece e sabe que sou uma dorminhoca. Ele vai esperar, sem se importar.
Decidi tomar outro banho, pois meu rosto estava todo amassado, e meu corpo ainda implorava para voltar à cama. Me arrumei rapidamente, escolhendo uma blusa branca e uma saia preta florida, não muito curta. Passei meu perfume favorito e desci as escadas para encontrar meu amigo. No entanto, quando cheguei ao último degrau, um flash do que aconteceu naquela manhã me paralisou. A lembrança de nós dois tão próximos, com nossas respirações se misturando e meu coração disparando como nunca antes, fez meu corpo estremecer. Enquanto desso parece que esqueço até como andar, e precisei me apoiar no batente da escada.
— Oi, Jake — falei, tentando soar normal ao vê-lo na sala. Ele estava vestido de forma casual, com uma calça de moletom cinza e uma camiseta preta. O cheiro fresco de pós-banho que emanava dele me envolveu, e respirei fundo. Misericórdia, nunca senti nada assim por ele. O que está acontecendo comigo?
— Oi, linda — ele me cumprimentou, com seus olhos fixos nos meus enquanto eu me aproximava. Será que ele também está sentindo algo diferente, como eu estou desde o que rolou de manhã? Tento afastar os novos pensamentos que surgem e agir como sempre.
— Vamos escolher os móveis? — ele disse, animado. Nós não somos ricos, mas temos uma vida confortável. Nossos pais têm bons empregos, e Jake sempre trabalhou desde os 16 anos, juntando dinheiro para o futuro. Eu admiro tanto o jeito como ele é esforçado e como economizou para abrir seu próprio consultório.
— Sim, claro — respondi, puxando-o em direção ao meu quarto. Um arrepio percorreu meu corpo quando nossos dedos se tocaram, mas ignorei. Subimos as escadas, e deixei a porta do quarto aberta, como sempre. Meus pais sempre foram rígidos quanto a isso, e eu concordo plenamente. Não só por sermos cristãos, mas porque acredito que é o certo.
— Você está mais empolgada do que eu. Parece até que quer se livrar de mim, ajudando a deixar meu apê pronto — ele brincou, mal sabendo que meu coração apertava só de pensar em tê-lo longe de mim. Forçando um sorriso, respondi:
— Não é isso, é que não é todo dia que ajudo meu melhor amigo a decorar o apê dele, né? — Respondi sorrindo, mas, por dentro, um pânico se instalava ao imaginar como minha rotina mudaria quando ele se mudasse. Eu não estava pronta para isso.
— Sei, sei... — ele disse, rindo com aquele sorriso lindo que me desconcerta cada vez mais. Deus, por que estou reparando tanto no Jake ultimamente? Não sou cega; ele realmente está ficando mais bonito a cada dia. Tento me convencer de que é normal perceber isso, só isso.
