Capítulo 16

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Chegamos em Vancouver no domingo à noite e fomos direto para o quarto de Alec, o vôo de volta não foi muito bom, cheio de turbulência e meus nervos ficaram em frangalhos. Alec tentou me acalmar, e então a comissária me deu um remédio e eu dormi. Fui acordada poucos minutos antes do pouso, mas o remédio era bastante forte e assim que chegamos ao hotel, caí na cama e dormi imediatamente.

Nosso último dia em Paris, foi tranquilo. Passamos assistindo filmes, jogados no sofá do hotel e saímos a noite para uma última volta pela cidade, sentamos em um bistrô numa ruazinha próximo ao centro, tomamos vinho. Muito vinho.

Senti beijos nas minhas costas e me encolhi. Se Alec queria fazer sexo, ele teria uma decepção. Estava com o corpo todo dolorido.

- Ei dorminhoca. - Ele sussurrou no meu ouvido.

- Alec, eu quero dormir. - Gemi.

- Eu sei, mas você precisa comer alguma coisa.

- O que eu preciso é dormir. Me deixa em paz. - ouvi ele sorrindo e senti o lençol sendo tirado de cima de mim.

- Laura, acorda. - Repetiu e senti a mão dele na minha cintura.

- Sai pra lá seu tarado. - Enfiei a cabeça embaixo do travesseiro. Ele sorriu e descobriu o meu rosto.

- Daqui uma hora eu vou voltar e você vai levantar. Já está dormindo há muito tempo.

- Tá. Agora sai.

- Laura, eu estou falando sério. Se você não levantar daqui uma hora, eu vou chamar um médico.

- Não precisa, Alec. Só preciso dormir mais um pouco.

- Ok. Daqui a pouco eu volto. - Ele me deu um beijo no rosto e ouvi os passos dele saindo do quarto.

Cedo demais fui acordada novamente.

- Laura. - Sua voz estava estranha. Meu ombro foi cutucado.

- Hunm - tentei abrir os olhos, mas a claridade não deixou. Apertei os olhos.

- Alec, apaga a luz. - A minha voz estava estranha também e se a dor na garganta era um indicativo, parecia que eu estava doente.

- Brad, eu quero um médico aqui. Agora.

- Ele já tá chegando, Alec. Calma.

- Ela tá dormindo há horas. Eu deveria ter levado ela pra um hospital.

- Espera o médico chegar e ele vai dizer se é necessário.

Eu queria falar que estava bem, Alec parecia estar muito aflito, mas a minha garganta estava queimando.

Abri os olhos e em segundos ele estava pairando sobre mim.

- Tudo bem?

- Minha garganta tá doendo. - Falei o mais baixo pra evitar a dor.

- Tá com febre. - Alec encostou uma mão na minha testa. Tentei levantar, mas meu corpo protestou. - Fica deitada.

- Eu tenho anti-inflamatório no meu quarto.

- Já chamei um médico.

Eu queria discutir, mas não tinha forças. Voltava da inconsciência uma e outra vez, ouvia apenas metades das conversas. Acordei com um grunhido.

- Alec, me entenda porra. - Brad meio sussurrou, meio gritou.

- Não vou sair daqui.

- Você é teimoso pra caralho.

- Não vou sair desse quarto. - Alec era taxativo.

- Irmão, me escuta. Só Deus sabe qual foi o milagre de você ter passeado pela Europa com ela e ninguém tenha fotografado vocês juntos. Por um outro milagre qualquer, estamos nesse hotel há semanas e essa notícia ainda não vazou. Não podemos cometer um deslize agora, não conhecemos esse médico.

Por Trás do Seu SorrisoOnde histórias criam vida. Descubra agora