One

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- Eu não quero saber Joah! - Exclamei para meu agente que queria fazer uma coletiva na minha cidade natal. - Não quero a imprensa perto da minha família.

Se eu tenho vergonha da minha família? É obvio que não!

Tudo bem que meus 15 irmãos são barulhentos e tudo mais, mas eu os amo e não tenho vergonha deles, eles são de todo, meu maior orgulho.

Mas a imprensa não conhece a minha família, nem a minha cidade natal, e não acho que seja uma boa ideia, fotógrafos aparecendo em Cronscook. Muitas cameras que podem pegar os dragões, e eu não quero isso.

Fazem sete anos que eu não vou a Cronscook, na verdade eu não pensava em voltar tão cedo. Minha carreira de lutador tem ido tão bem.
Minha irmãzinha, Amora, passou na LA Dance Center e papai disse que só a deixaria ir se fosse para morar comigo, então mamãe me ligou e me intimou a vir busca-la. Quando meu agente descobriu isso, ele endoidou e está louco para que eu aceite fazer uma entrevista em casa.

Estou há 6 horas na estrada tendo de convence-lo a parar de tentar me convencer!

- Mas Josh, isso será ótimo para sua imagem! Lutador do momento viaja para um reencontro familiar! Pense só nisso.

Bufei e revirei os olhos.

- Quer saber? Vai de ferrar Joah! Não terá entrevista e muito menos coletiva de imprensa. Ninguém chegará perto da minha família. - Disse e desliguei a ligação voltando a prestar atenção na estrada.

Ainda tinha um bom caminho pela frente.

...

Cronscook...cidadezinha pequena, todo mundo conhece todo mundo... fofocas rolam para todo lado...

Dessa parte eu não senti falta.

Estacionei em frente a casa onde eu vivi até meus 15 anos e suspirei prevendo o barulho.

Saí do carro e deixei para pegar minhas coisas depois. Estranhei o silencio. Era suposto estar acontecendo uma festa de despedida, mas pelos vistos foi adiada.

- Tem alguém em casa? - Chamei.

Ninguém respondeu, mas ouvi uma certa movimentação na cozinha então fui pra lá.

Oh

Meu

Deus...

Que gata! Quero dizer, pelo que da pra ver pelas costas.

Seus cabelos eram escuros e estavam presos em um coque mal feito. Suas costas eram largas de um jeito certo, sua cintura era fina e seu bumbum... Nossa Senhora das bicicletas sem rodinha!

Ela estava com fones de ouvido e cantava enquanto dançava e lavava louça, apenas com um biquíni vermelho.

Dançava bem, então deveria ser amiga da Amora.

Senti minha calça ficar apertada.

E então ela se virou sorrindo, meu olhar desceu para seus seios bem formulado e depois para sua barriga, onde uma pequena tatuagem com um 16 em forma geométrica se encontrava ao lado de uma marca de nascença em forma de coração, depois desci o olhar um pouco mais...

The ProblemOnde histórias criam vida. Descubra agora