The Problem

Twenty-seven

Amora P.O.V

- De acordo com a Is, é uma casinha azul pastel. - Disse olhando ao redor.

Josh assentiu.

Tudo ainda estava na minha cabeça. Batendo e batendo...
Era como ser socada com um martelo repetidamente.

Minha cabeça estava a mil.
Eu sentia que a qualquer momento meus neurônios iriam morrer e meu cérebro parar de funcionar.

Depois que Cora morreu, Josh e eu fomos avisar Is. Dissemos o pedido dela e ela, mesmo completamente abalada nos contou tudo sobre Kit e seu pai drogado. Disse que ia morar com a mão em Idaho e que era bom a Kit ter quem cuidasse dela.

Depois pedimos para Mike cuidar de Andy por umas duas horas e vinhedos ao endereço dado por Is.

- Chegamos. - Josh anunciou.

Olhei pra fora e observei a casa.

Era simples, muito simples.
O azul que uma vez deve ter sido alegre, estava descascado.
Uma das duas janelas presentes ali na frente estava quebrada.

Saímos do carro e andamos até a porta receosos.

Josh pegou minha mão e deu leve aperto. Em sinal de vai dar tudo certo.

Bati na porta.
1...2...3...4...5..........9...10 vezes.

E só na décima primeira vez a porta se abriu.

O homem parecia estar de ressaca e abstinência ao mesmo tempo. Era branco 1,80cm olhos negros...Tinha uma carranca gigante e parecia ter acabado de acordar.

- Que é?

Senti o bafo de cachaça com vômito e sei lá mais oque vir na minha cara. Josh também deve ter sentido porque também fez careta.

- Nós viemos buscar a Kit. - Disse.

Ele franziu o cenho.

- São da assistência social? - Perguntou desconfiado.

- Não somos. - Disse Josh. - Somos as pessoas que vão adota-la.

O homem achou muita graça, mas quando foi rir, fez uma careta esquisita.

- Ninguém vai adotar a pretinha, já tenho planos pra ela.

Meu estômago embrulhou com aquela constatação.

- Bom, eu acho que não. - Disse Josh dando um passo à frente. - Eu tenho certeza que sua casa está cheia de garrafas de bebida alcóolica, e tem uma criança aí dentro. Se formos os dois brigar na justiça por ela, você gastará dinheiro que poderia ser gasto para suas merdas. Mas você pode nos entregá-la agora. Porque nós não vamos desistir dela, você decide apenas qual caminho tomar.

O homem nos encarou com raiva e murmurou um " Que se dane." Antes de nos deixar entrar.

Josh estava certo, a casa estava cheia de garrafas. Vodka, rum, bourbon, tequila...e não era só isso, tinha maconha, algumas seringas espalhadas é um pó branco que com certeza era cocaína.

- Ela tá no quarto. - Disse apontando para uma das duas portas ali.

Entramos e eu perdi o ar.

Que coisinha mais linda!

Ela é tão fofa e linda e...

Ela estava dormindo em um berço improvisado que parecia mais confortável que a cama.

- Josh encontre uma bolsa e pegue apenas o necessário.

Ele assentiu e eu peguei a pequena Kit no colo. Ela não tinha nem um ano direito. Coitadinha já perdeu tanto.

- Encontrei os documentos dela. - Disse Josh.

- Ótimo. - Murmurei. - Assim será mais fácil.

- Eles não tem um bebê conforto. Quer dizer, pra que eles iriam precisar?

Assenti.

- Eu levo-a no colo agora e paramos em algum lugar pra comprar algumas coisas pra ela.

Ele assentiu.

- Vamos precisar de um berço e eu sei exatamente pra quem ligar. - Pegou o telefone e ficou algum número. - Oi Dom é o Josh...sim...sabe oque é cara, eu precisava de um berço... não sei se dá tempo... nós vamos ao hospital buscar o Andy e depois vamos falar com nosso advogado...tem a certeza?...ok valeu cara.

Desligou e eu fiquei esperando.

- Então? - Perguntei curiosa.

- Lembra do cara que eu disse que fez o quarto de Andy? - Assenti. - Ele disse que em duas horas ele consegue fazer o quarto da Kit.

- Oh! Isso é bom. Eu acho. - Fiquei meio confusa. - Como ele vai entrar em casa?

- Vou mandar uma mensagem ao porteiro.

Franzi o cenho.

- Nós temos um porteiro?

Ele riu.

- Temos sim, o senhor Zaung. Ele não fica no portão. Tá mais pra uma salinha com ar condicionado e câmeras de segurança.

Assenti.

Pegamos as coisas da Kit e saímos.

O cara estava jogado no sofá com uma seringa jogada ao seu lado.

Respirei fundo e sai daquela casa horrorosa.