- Será que ele tá bem? - Perguntou Andy olhando o cachorrinho com atenção.
- Ele está respirando, então eu acho que ele está bem. - Murmurei. - Talvez devêssemos levá-lo ao veterinário. - Opinei.
- Boa ideia.
Suspirei.
- Ok, trás minha jaqueta e depois volta pro carro.
Assentiu e fez oque eu pedi.
Levei o cachorro pro carro e o deitei no banco passageiro.
Liguei para Dom enquanto dirigia e avisei que iria atrasar.
Quando chegamos no veterinário, pedi que um dos empregados vigiasse as crianças enquanto eu ia deixar o cachorro e lavar as mãos.
Voltei, peguei Kit e dei a mão a Andy.
A moça da recepção pediu que eu preenchesse um formulário e que logo ele seria atendido.
Andy não me deixou deixar o cachorro ali.
Ficamos horas esperando novidades, não foi legal.Logo a veterinária que estava cuidando dele veio até nós.
- Ele está bem? - Perguntou Andy.
A doutora assentiu sorrindo.
- Na verdade, ele já está de banho tomado e medicado. Agora ele só precisa de um lugar pra ficar e de pessoas que darão amor à ele.
Assenti olhando pro tempo.
Andy e a doutora me encaram com expectativa, franzi o cenho e demorei uns segundos para perceber oque eles queriam.
- Ahh não Andy, sua mãe vai me matar se eu fizer isso sem o consentimento dela. Você sabe como ela fica quando está nervosa. - Disse sem parar.
Andy fez carinha de pidão.
- Por favor papai! A mamãe vai gostar da ideia! E o pobrezinho não tem onde ficar, igualzinho a mim e a Kit antes de vocês.
Suspirei.
Mas que carinha esperto...
Isso é quase uma chantagem emocional!
- Eu não to acreditando nisso! Se Amora perguntar, você me obrigou.
Ele riu e fez um hi-five com a doutora.
Compramos tudo oque o cachorro iria precisar.
Uma coleira, uma caminha, shampoo e condicionador para cães, brinquedos, ração da própria raça que eu vim a descobrir ser chow chow. E outras coisas...- Agora ele precisa de um nome. - Disse enquanto fazia a ficha médica do cachorro.
Da pra acreditar?
- Arnold. - Disse Andy.
- Arnold? - Perguntei com uma sobrancelha erguida, ele apenas assentiu. - Tudo bem, Arnold será.
Quando terminei.
Coloquei a coleira no Arnold e nos despedimos da doutora. Arrumei as sacolas no porta-malas, depois as crianças e depois o cachorro.Cara... o carro tá ficando pequeno.
Imagina só quando os trigêmeos nascerem!Liguei para Dom e avisei que estava indo, mas no meio da ligação, a delegada me ligou.
- Senhor Foster?
- Sim.
- Poderia vir até aqui? Temos assuntos importantes a tratar.
Respirei fundo.
- Mas é claro, já chego aí.
Voltei a ligação com Dom.
- Vou ter que me atrasar mais um pouco. Foi mal treinador.
Desliguei a chamada antes que ele pudesse me chingar e fui para a delegacia.
Tirei todos do carro e deixei Arnold e as crianças com um policial e fui até a sala da delegada.
- Bom dia.
- Então, o negócio é o seguinte. O senhor Smith morreu na madrugada de hoje, e você sendo um dos protetores legais do único parente vivo dele, foi seu contato de emergência. Além da Amora, é claro, mas ela não me atendeu.
Ok.
Não sabia bem oque pensar.
No que eu deveria pensar exatamente?
O desgraçado que machucou meu filho durante anos está morto.
Eu estava de boa com aquela afirmação.
Mas e Andy?
Ele só tem três anos.- O que eu devo fazer? - Perguntei meio perdido.
- Precisa se informar dos desejos de Andy e me dar uma resposta imediatamente.
Respirei fundo e assenti.
Tem sido uma coisa que eu tenho feito muito ultimamente.
Pedi licença e fui até ele.
- Andy, oque eu tenho para te dizer é muito... chato de se falar. E eu juro que se eu pudesse, deixaria isso pra lá, mas eu não posso.
Ele assentiu com o cenho franzido.
- Fala papai.
Suspirei.
- Querido, aquele...cara com quem você viveu durante muito tempo. Ele morreu. E eles precisam saber oque você quer que façam com ele, já que você...
- Você, a mamãe, a Kit e o Arnold são minha família. - Me interrompeu, surpreendendo-me. - Eu não quero ter nada haver com ele.
Sorri triste e assenti.
Abracei ele e disse que voltava já.
Voltei a sala da delegada e e lhe expliquei a situação, ela entendeu perfeitamente.
Perguntei a causa da morte dele e a vi dar um mínimo sorriso.
- Os detentos não são bem receptivos no quesito de molestadores. Principalmente quando as vítimas são seus próprios filhos.
Sorri e assenti.
Sai da sala dela depois de me despedir e estava pronto pra ligar para Dom quando o telefone tocou.
- Oi Morie, a delegada disse que não estava conseguindo falar com você.
- Oi Jo, pois é eu fiquei sem área, aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupada.
- Nada que precise se preocupar, está precisando de alguma coisa?
- Ah sim. - Pareceu se lembrar. - A tia da Is acabou de levá-la e as coisas aqui estão uma loucura, parece houve um acidente de helicóptero e os taxistas não estão ousando parar aqui. Você podia me buscar e a gente aproveitava para almoçar?
Respirei meio frustrado e surpreso por já ser 13:00hrs.
- Claro, chego aí em quinze minutos.
- Okay, até já.
Parece que hoje não é dia de treino.
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The Problem
RomanceSpin-off de The Love 1° livro da série salada de frutas - Mas você é meu irmão! - Não de sangue, caso acontecesse alguma coisa, não seria realmente um incesto. - Mas nós fomos criados como irmãos. #1 Stephen James (06/04/2019) #3 Emília Clark (06/04...