Nineteen

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- A casa da bruxa? - Perguntei totalmente confuso. - Você não pode estar falando serio.

Ela suspirou e assentiu se levantando e enrolando um lençol por seu corpo nu.

- Foi aqui que eu aprendi maior parte das coisas que eu sei.

Me sentei na cama e observei ela pegar alguns livros.

- O que é isso? - Perguntei curioso enquanto ela vinha se sentar novamente.

- São livros de feitiços.- Disse espalhando seis livros pelo colchão. Mamãe pegou todos de magia branca quando minha magia começou a despertar, mas depois eu fui ficando curiosa e liguei dois + dois sobre quando você, o papai e a tia Claire foram sequestrados, encontrei essa casa e convenientemente encontrei os livros. - Suspirou. - Aprendi magia ofensiva e descobri o significado da maior parte dos objetos presentes aqui.

Ela sorriu triste.

Eu não sabia oque pensar sobre aquilo, Amora fez oque nossos pais mais temiam, procurou magia ofensiva. Mas deveria ser normal, adolescentes têm crises de identidades e Amora era uma adolescente com capacidades que não entendia em pleno Século XXI. Não podia juga-la de forma alguma.

- O que você descobriu? - Perguntei ainda curioso.

- Esses livros têm basicamente todo tipo de feitiço e quase todos os objetos que são preciso estão bem aqui. - Apontou. - Por exemplo essa suposta pirâmide de brinquedo, é na verdade uma âncora, ajuda bruxas com problemas de controle. - Assenti absorvendo tudo aquilo que ela dizia. - Eu tenho usado-a.

A olhei surpreso e ela apenas deu de ombros, oque queria dizer que ela não queria falar sobre aquilo.

Observei o lugar para tentar mudar de assunto.

- E pra que serve isso? - Perguntei segurando um objeto estranho que parecia uma lança com cabo em forma de osso.

- Eu não sei. - Disse pegando-o. - Eu acredito que tenha poder de bruxa aqui, eu sinto magia quando toco nele. Mas não é nenhum objeto realmente magico.

Assenti.

Vendo aquele objeto de perto, senti algo incrivelmente estranho, uma conexão com aquele objeto... Uma vontade de toca-lo.

Levantei minha mão e rodei meus dedos por cima dos de Amora e algo estranho aconteceu, uma luz extremamente cegante. Quando a luz se apagou, Amora me olhou assustada e eu acredito estar encarando-a da mesma forma.

Seus cabelos estavam encaracolados e as maçãs do rosto estavam super rosadas. De resto, continuava nua. Já eu, podia sentir meus cabelos baterem nas minhas nadegas... e era muito mas muito estranho...

A casa parecia ser a mesma, mas as coisa ou não estavam ou estavam em lugares diferentes.

- Aonde nós estamos? - Perguntei extremamente confuso.

- Não sei, mas não é Cronscoork e não tenho certeza de que seja 2019. - Disse observando o lugar.

Passei a vasculhar a casa a procura de uma roupa ou algo assim, já que nossas roupas não estavam ali.

Amora estava observando o objeto estranho e lendo os livros.

Tínhamos de voltar pra casa imediatamente, fomos irresponsáveis em sair do karaokê sem falar com ninguém. Onde estávamos com a cabeça? Temos um filho!

Quando finalmente encontrei as roupas, fiquei pasmado, mas era oque tínhamos. Fazer o que? Me vesti.

Não sei porque, mas minhas tatuagens continuavam em seus devidos lugares e eu agradeci por isso, elas faziam parte de mim e perdê-las seria como perder um pedaço meu

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Não sei porque, mas minhas tatuagens continuavam em seus devidos lugares e eu agradeci por isso, elas faziam parte de mim e perdê-las seria como perder um pedaço meu.

- Morie, encontrei essas roupas. - Disse vendo sua cara de repreensão. - Foi mal, só tinha essa  e a que eu to usando, e eu não ficaria bem de saia.

- Isso é sexismo. - Disse revirando os olhos e se levantando para se vestir.

Vasculhei o lugar mais um pouco e encontrei algumas armas, separei-as para o caso de ser preciso

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Vasculhei o lugar mais um pouco e encontrei algumas armas, separei-as para o caso de ser preciso.

- Descobriu algo? - Perguntei a Amora que ainda lutava com seu corpete.

- Acho que sim, não tenho a certeza. - Respondeu finalmente fechando aquele vestido. - Ao que parece, aquela 'faca' é um totem. A bruxa usou ele para sei lá oque e quando nós dois tocamos, fomos trazido para esse lugar...

Assenti e bufei.

Estávamos perdidos, literalmente. E não tínhamos ideia doque fazer.

- E o que faremos? - Perguntei realmente perdido.

- Vamos sair, explorar o lugar. Preciso de mais informações e os livros daqui não dizem muito. - Murmurou irritada agora com a bota. - Vamos levar essas armas.

Franzi o cenho mas mesmo assim assenti.

Me esqueci totalmente do meu nome estilo capilar e me sentei em cima do meu cabelo.

- Aí. - Grui.

Amora riu.
Ela riu!

- Vem cá, mamãe me ensinou a fazer a fazer tranças Dothraki e se tivermos onde eu acho que estamos, isso será muito para nós.

Ela me mandou sentar entre suas pernas e começou a trancar meu cabelo. Se não fosse trágico seria cômico.

- Como você acha que Andy está? - Perguntou de repente.

Eu sabia que essa questão viria a tona.

- Mamãe provavelmente não deixará que ele descubra que nós sumimos, cuidará dele. - Respondi imaginando. - Provavelmente as crianças tentarão distraí-lo e quando chegarmos ele ficará muito feliz por nos ver novamente.

Senti ela sorri, mesmo estando atrás de mim.

Quando a trança ficou pronta, puxei Amora para meu colo e a beijei com intensidade.

- Nós vamos sair dessa logo. - Murmurei com a testa colada na sua. - Eu te amo.

- Eu te amo mais.

- Impossível.

...

Ao sairmos da casa, Amora e eu nos deparamos com cavalos e decidimos pega-lós emprestados seja lá de quem.

Decidimos não ir muito longe para ficarmos situados. Com duas horas cavalgando, ficamos frustrados e decidimos voltar para a casa.

- Será que aqui só tem capim? - Perguntou chateada. - Seja quem for que more naquela casa é um baita isolado.

Apenas concordei.

Paramos os cavalos de repente ao perceber que estávamos sendo cercados.

- Ah Cristo... - Murmurou. - Espero que ainda se lembre das lições de Dothraki.

The ProblemOnde histórias criam vida. Descubra agora