Thirty-six

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- Quando eu vou ficar bem papai? - Perguntou Andy enquanto eu esfregava seu cabelo com o shampoo.

- Logo, assim que o tratamento terminar você já estará 100%. - Respondi sendo o mais positivo que consigo.

- Promete?

- Nem que eu tenha que te da os meus pulmões. - Brinquei.

Ele riu assentindo.

Já faziam quatro semanas desde o episodio da pneumonia.

Andy já estava muito melhor, mas depois da ultima tomografia, o medico decidiu continuar com o tratamento.

Aparentemente, pneumonia química é a mais seria entre os outros três tipos. Isso porque a inflamação pulmonar facilitar o aparecimento de bactérias e pode evoluir para uma pneumonia bacteriana.

As aulas de Amora voltaram na semana passada e nós combinamos um esquema. Eu treino antes deles acordar e quando eu chego Amora está saindo. Fico com as crianças durante o dia inteiro enquanto as lutas não começam, depois não sabemos ainda oque faremos. Talvez contratemos uma babá de confiança ou talvez deixemos as crianças por conta do tio Mike.

Ai vocês perguntam, mas o Mike não trabalha?

Sim, ele trabalha. Ele é meu relações publicas, mas raramente faz seu trabalho. Então...

A barriga de Amora está incrível. Ela está de seis semanas e os trigémeos parecem gostar de se mostrarem. Ela diz que eles tem isso de mim.

Kit é um amorzinho, mas semana retrasada essa casa ficou um verdadeiro inferno. Andy teve uma crise, Amora ficou enjoada o tempo todo, Kit teve cólicas e Arnold enlouqueceu. Eles me deixaram louco.

Enquanto eu ajudava Andy a fazer os movimentos que o medico nos ensinou para a respiração dele normalizar, eu também balançava Kit de forma a que a dor passasse, Amora gritava do banheiro que a culpa dela estar "gorda", "nojenta" e "enjoada pra caralho" (palavras dela, não minhas) era minha e Arnold latia para os quatro ventos. Por fim, eu chamei Mike para cuidar de Andy enquanto Amora levava Kit ao pediatra e eu levava Arnold ao veterinário. Teria levado ao psiquiatra se ele entendesse cachorrez.

Voltei a realidade quando Andy me perguntou oque seria o almoço.

- Acho que vou pedi comida italiana, o que você acha?

- Pode ser aquela massa que nós pedimos da ultima vez? - Perguntou com os olhos brilhando.

- É claro! - Respondi sorrindo.

O sequei e o coloquei na cama. Peguei o berço móvel de Kit e o levei pro quarto dele enquanto Arnold me seguia pra tudo quer canto. Peguei o notebook e o celular e me sentei perto de Andy em sua cama, da mesma forma que eu tenho feito nas ultimas quatro semanas. Pedi a comida e liguei a televisão, deixei que ele escolhesse o filme enquanto respondia a alguns e-mails de fãs.

Quando a comida chegou, nós comemos, Andy tomou os remédios e pronto.

O resto da tarde passou em um raspão até Amora chegar e colocar a cabeça para dentro do quarto.

Arnold levantou a cabeça ao mesmo tempo que eu.

- Parece que eles estão dormindo. - Disse entrando no quarto e me dando um selinho indo fazer carinho no cão logo depois.

- Eles dormem muito. - Murmurei fazendo-a rir baixo.

Peguei a babá eletrónica e descemos para a sala. Só nós dois. O preguiçoso do Arnold ficou por la mesmo.

- Eles estão mexendo tanto! - Disse tirando os sapatos e se jogando no sofá. - Era pra ser tudo tão rápido assim? - Perguntou fazendo careta.

Me sentei ao seu lado e beijei sua cabeça.

- Nós não somos muito convencionais Morie. - Disse sorrindo.

Ela sorriu também.

- Eles não param quietos, quer dizer, o bebé 1 e 2 não param de se mexer, o bebé 3 até que é calminho.

Ri.

Fiquei de bruços e deitei minha cabeça nas pernas de Amora para falar com os bebés.

- Oi pequenos, aqui é o papai falando. Como é viver dentro da mamãe? Tenho certeza de que não é como quando eu estou dentro dela, mas deve ser tão maravilhoso quanto. - Amora riu e deu um tapa na minha cabeça, me fazendo rir também. Passei a mão pela extensão de sua barriga. - Vocês precisam seguir o exemplo do calm e deixar a mamãe descansar só um pouquinho. - Murmurei. - Não sejam tão Thunder e Storm, tudo bem? - Eles se mexeram como se concordassem e eu sorri. - Então ta, nós estamos ansiosos pela chegada de vocês, temos a mamãe, o irmão Andy, a irmã Kit e Arnold, amamos vocês.

Então, como se fosse uma ligação telefónica, a conversa foi encerrada.

Fiquei de barriga pra cima e olhei pra Amora que me encarava como alguém que acabou de ter uma ideia.

- Josh! Você é incrível!

- Por acalma-los? - Perguntei com o cenho franzido.

Já tinha feito aquilo algumas vezes.

- Não, quer dizer, por isso também. Mas os nomes que você escolheu são perfeitos!

Arqueei as sobrancelhas

- Não Amora! Aquilo são apelidos! Por amor de Deus nem pense nisso!

- Oh! Vá lá Josh! São perfeitos, temos a Calmaria, o Trovão e a Tempestade! Calm, Thunder e Storn.

Cocei minha cabeça me sentei.

Onde eu fui me meter...

- Mas nós nem sabemos os sexos ainda! - Opnei.

- Isso é oque menos importa. Pode ser a Calm, a Thunder, a Storn ou o Calm, o Thunder e o Storn.

Bufei olhando para aqueles olhinhos verdes maravilhosos. Como dizer não para aqueles olhos?

- Ok Amora! Vamos ter filhos com nomes climáticos.

The ProblemOnde histórias criam vida. Descubra agora