Five

1.8K 103 28
                                    

Droga droga droga...

Desci rápido de cima de Viseryon.

Estava em frente a casa onde Peter vivia com mais três amigos. Por puro azar ele estava sozinho hoje.

Ok, agora eu preciso aliviar minha mente, eu não tenho força o suficiente para tirar Josh de cima do pobre coitado, mas tenho minha magia.

- Separatum.

E com um movimento com a mão e Josh estava encostado na parede.

Ouvi ele gritar coisas sem nexo e o deixei preso na parede.

Me abaixei próxima a Peter, Josh fez um bom trabalho nele, o cara está desconfigurado.

- Ab intus enim de vulnus sanandum.

Aos poucos seu rosto foi voltando ao normal.

E logo Peter deu seu sorriso costumeiro de cafajeste.

- Valeu gatinha, é bom saber que se preocupa comigo.

O empurrei fazendo-o bater a cabeça no chão, resmungou alguma coisa fechando os olhos.

- Se o denunciar ou se chegar perto da minha família de novo, eu mato você. - Ameacei e me levantei, soltei Josh e o empurrei para o carro antes que ele voltasse para bater mais no Peter.

Por mais que ele merecesse, eu não podia arriscar ser cúmplice de assassinato.

Josh ainda exclamava xingamento quando eu entrei no banco motorista do carro.

- Oh não, vai não vai dirigir o meu...

- Cala a boca Joshua ou eu serei obrigada a cala-lo.

Resmungou outra coisa mas ficou quieto.

O caminho até em casa era curto, mas pareceu uma eternidade em meio aquele silencio.

- Oh graças a Deus! - Exclamou Framboesa assim que sai do carro. - Você chegou a tempo?

Assenti, joguei a chave do carro para Josh e fui em direção a piscina. Ninguém vai estragar minha despedida, nem mesmo Peter ou Josh.

...

Josh P.O.V

Dois dias depois.

A casa está uma loucura, As crianças me levaram para conhecer seus lugares favoritos da cidade, vi pelo menos um treino de cada, ajudei os gémeos com alguns golpes básicos para idade e muitas outras coisas.

Agora eu estava arrumado minhas malas e pensando na conversa que eu tive com meu pai ontem.

***

- Josh, preciso dizer o real motivo de eu não ter deixado Amora ir sozinha para longe. - Franzi o cenho, meu pai nunca fazia nada em baixo do lenções, era sempre tudo as claras. - Ultimamente, a magia da Amora tem se manifestado com mais regularidade, coisas básicas como levitar enquanto dorme, mover objetos quando tem oscilações de humor... - Respirou fundo. - Eu confio na Amora e sei que ela nunca faria nada de mal a alguém e nunca mostraria seus poderes em publico, mas pode ser que ela não tenha opção. E toda magia que ela conhece venho dos livros daquela bruxa e... - Assenti entendo oque ele queria dizer. -Eu não posso proibi-la de viver um sonho, mas não posso deixa-la sozinha em um lugar desconhecido. Josh eu sei que você tem sua vida, mas Amora precisa de você na vida dela, agora.

***

Eu posso ter sido um péssimo irmão até agora, mas vou tentar ser o melhor que posso para Amora. Não vou abandona-la de novo.

- Oi JoJo, posso entrar? - Perguntou Jabuticaba me tirando dos pensamentos.

- Claro. - Sorri.

Ela entrou e se sentou na cadeira da escrivania me observando guardar as coisas na mala.

Jabuticaba sempre foi meio tímida até mesmo dentro da família, então eu não a confrontei, apenas esperei seu tempo fingindo não prestar atenção nela.

Vi quando ela suspirou e chamou minha atenção.

- Olha, eu sei que não sou a Morie, Mo ou a Bo mas eu sinto sua falta e... - Engoliu em seco. - eu só quero que saiba que eu amo você e sinto realmente muito a sua falta.

- Jabu... - Murmurei indo abraça-la. - Você é tão importante pra mim quanto a Morie, a Mo e a Bo, eu amo todos vocês ok?

Beijei sua cabeça e ela deu um pequeno sorriso assentindo.

- Quer ajuda? - Perguntou olhando para a mala. - Você é péssimo nisso, credo.

Ri quando ela foi em direção a minha mala e começou a tirar as coisas que estavam la dentro.

...

- Thau mamãe. - Abracei-a e algumas lagrimas desceram pelo seu rosto.

Era finalmente a hora da despedidas, como da primeira vez que eu fui embora , todos estavam em frente ao portão da casa. Inclusive tia Claire e Stuart.

- Thau Josh, não suma de novo, ligue pelo menos uma vez por semana e venha nos visitar no natal! - Disse enquanto mexia no meu cabelo.

- Pode deixar mãe. - Beijei sua cabeça.

Foi minha vez de abraçar papai e Amora a mamãe.

- Thau pai.

Ele deu alguns tapas nas minhas costas.

- Lembra da nossa conversa ok?

Assenti e ele bagunçou meu cabelo sorrindo.

Qual o problema com o meu cabelo hoje?

- Hora do abraço salada de frutas. - Todos riram e vieram me abraçar. - Você também Stuart. - Meu primo sorriu e foi me abraçar.

Me despedir da tia Claire e entrei no carro sem olhar pra trás.

Pode me chamar de insensível mas essa é a minha forma de lidar com despedidas.

Minutos depois Amora entrou no carro e colocou seus fones de ouvidos.

E assim se iniciou a viagem. Silenciosa e torturante.

The ProblemOnde histórias criam vida. Descubra agora