CAPÍTULO 4

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Quando Jisung chega em casa, vai direto pro quarto, deixa suas coisas na mesinha de estudos e vai pro banheiro. Toma um longo banho e sente-se mais relaxado. Apenas veste uma cueca box e se joga na cama.
- Jisung, abre a janela pra mim vai. – Ele ouve a voz de Minho falando baixo e batendo de leve na janela de seu quarto.
- Minho, o que você tá fazendo aí? Você quer morrer? – Jisung levanta e vai abrir a janela para o amigo.
Quando Minho está dentro do quarto é que Jisung percebe que está só de cueca box e quando vai pegar uma calça de moletom de cima de uma pilha de roupas na cadeira é impedido por Minho.
- Fica assim, eu nunca tinha te visto seminu apesar de sermos amigos faz tempo.
Jisung não esperava que o outro dissesse isso e fica um pouco sem reação.
- Olha, desculpa te acordar desse jeito, mas eu precisava vir aqui fazer isso. – Sem mais nem menos, Minho se aproxima de Jisung e o beija, começando com um leve selinho até que Jisung vai dando espaço para a língua de Minho e o selinho se transforma em um beijão que deixa os dois sem ar.
Quando Minho vai puxar  Jisung para a cama, ele tropeça e faz um estrondo e nesse momento Jisung dá um sobressalto e acorda do seu sonho.
- Droga, por que agora eu tô tendo esses sonhos? – Diz frustrado, colocando o travesseiro no rosto e batendo as pernas no colchão. Talvez fosse pelo fato de ter visto a camiseta de Minho colada no corpo dele o que o deixou mais atraente do que o habitual.
- Eu ainda vou ficar maluco desse jeito. Jisung ou você abre o jogo pra ele sobre seus sentimentos ou continua nessa de sonhos eróticos e amor platônico. – Jisung podia ouvir seu subconsciente o aconselhando, mas não tinha coragem de despejar esse assunto em Minho, justo agora que ele está empolgado com a possibilidade de entrar para a companhia de dança e Jisung além de não querer estragar esse momento também não gostaria de estragar a amizade entre eles.
Nesse momento, o vibrar de seu celular o alerta de uma nova mensagem.
“Meia hora, na lanchonete perto da quadra de basquete”. Era uma mensagem de Minho, só ele mandaria algo assim, sem nem perguntar se Jisung poderia ou gostaria de ir. “Te encontro lá”, foi o que Jisung respondeu, vestindo uma camisa preta larga, uma bermuda de moletom e seus tênis favoritos.
Meia hora depois, Jisung está na frente da lanchonete observando Minho mexer em seu celular. Ele tem uma visão privilegiada do amigo, pele clara, cabelos pretos, nariz levemente afilado e boca com lábios rosados e simétricos que davam vontade de beijar se Jisung olhasse muito pra eles. Guardando esses sentimentos bem no fundo de sua alma, o loirinho adentra na lanchonete.
- Mas e aí, qual foi agora? Jisung pergunta ao se sentar na cadeira em frente a Minho.
- Só promete não me matar de soco quando eu terminar de falar, beleza? – Quando ele diz isso os instintos de “lá vem merda” de Jisung são ativados.
- Desembucha Minho.
- Promete primeiro!
- Tá eu prometo. – Mas Jisung cruza os dedos da mão embaixo da mesa.
- Põe as duas mãos em cima da mesa espertinho. – Minho retruca.
- Assim está bom pra você, ó mestre?! – Jisung revira os olhos e estende as mãos sobre a mesa.
- Está ótimo criado, agora promete.
- Tá legal, Minho eu não vou socar tua cara assim que tu falar a merda que fez dessa vez, apesar de eu saber que vou me arrepender de prometer isso.
- Okay, lembra que você me disse que não tava pronto pra se meter no mercado musical? Eu não concordei e sem você saber enviei sua demo para aquela gravadora.
- VOCÊ FEZ O QUÊ? – Jisung fala mais alto do que gostaria e atrai atenção de alguns clientes por isso decide sair do local e vai caminhando em direção à quadra de basquete com Minho em seu encalço.
- Jisung, espera e me ouve droga.
- Você não poderia ter feito isso Minho, eu disse que não tava e não estou preparado pra isso ainda, porra. – Jisung bufa de raiva e frustração.
- Ah então é assim que funciona? Só vale nossa amizade quando você me apoia mas eu não posso fazer isso por você? Pelo menos uma vez?
- A questão aqui é completamente diferente Minho e você sabe disso. Você praticamente vai passar naquele teste, mas eu não, eu vou ser humilhado com minhas rimas. Agora aquele pessoal da gravadora deve tá rindo da minha cara e da minha demo medíocre. – Jisung fala apressadamente.
- Quer deixar de ser idiota? – Minho segura Jisung pelos ombros e o balança. – Quem garante que você não vai ser um puta de um rapper no futuro hein?!
- Até parece. – Nesse momento o celular de Jisung toca, interrompendo a conversa dos dois e ele atende ao segundo toque.
- Sim, sou eu. O quê? Como assim? Na sexta-feira? Sim, tudo bem. Até lá. – Jisung fica mudo e com os olhos arregalados de surpresa.
- O que foi Jisung? Parece que você viu um fantasma.
- Era da gravadora. Eles querem que eu vá na sexta-feira conversar com eles. – Ele responde atordoado.
- E então, você vai ser humilhado ou vai humilhar com suas rimas? – Minho dá um sorriso presunçoso ao amigo e continua : - Não custa nada dizer “obrigado Minho, você é um amigo tão atencioso”. – Usando as palavras do amigo contra ele mesmo.
- Cala boca Minho, a minha vontade ainda é te socar. – Jisung tenta fazer cara de bravo e faz um gesto de soco na direção de Minho, o que o faz rir. E os dois seguem pra lanchonete novamente.

Stay By My Side  {MinSung SKZ}Onde histórias criam vida. Descubra agora