Capítulo Dezesseis

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Ao entrar na sala designada para a equipe, já os vejo prontos, com os tronos postos, a bandeira de Atlantic, e o palanque. Eu cumprimento Flynn com um aperto de mão e os de mais apenas com um aceno de cabeça, todos fizeram uma reverência formal e assim eu sigo até o meu lugar no lado esquerdo do meu pai. Logo eles entram, minha mãe no lado direito do meu pai e ele no meio, meus irmãos ficam assentados um perto do outro, perto de mim.

- 3... 2... 1!

- Olá, povo de Atlantic! Inicia-se mais um Jornal Oficial, agora com a presença de nossas altezas. Nosso príncipe Cameron tem um aviso para dar a todos.

Eu me levanto, arrumando meu paletó e sigo até o palanque e assim a câmera foca totalmente em mim.

- Olá, súditos de Atlantic. Nessa madrugada houve mais uma invasão dos rebeldes, e agora mais a tarde duas vidas foram brutalmente tiradas. Estamos em estado de alerta. Nós, da realeza, para proteger o reino estipulamos alguns novos decretos, temporários até conseguirmos capturar os criminosos - Eu suspiro, apertando minha mão no palanque. - Terá o horário de recolher, até as dez da noite os moradores poderão circular livremente pelas ruas, mas após esse horário, em ponto, todos deverão estar em suas casas com as portas trancadas. As ruas estarão sendo monitoradas pelos treinados guardas do castelo, vinte e quatro horas. Abro agora também as vagas para jovens, tanto homens quanto mulheres, para se alistarem para a Guarda Real. O reino precisa ser protegido, e eu acredito que os filhos de Atlantic possam fazer isso. Também os peço calma, peço que comuniquem para a Guarda Real qualquer coisa estranha que virem. Obrigado, e boa tarde.

[...]

Logo se é encerrado o jornal e eu me levantei, saindo da sala, respirando fundo. Eu me virei e vi meu pai andando até mim, com os braços soltos ao lado do corpo.

- Tem certeza disso, meu filho? - Ele pergunta e eu balanço a cabeça em afirmação.

- Sim, pai. Perdemos quase ciquenta porcento de nossos soldados, e agora mais que nunca precisamos reforçar a segurança de Atlantic e do castelo.

- Eu confio em você - Ele diz e acaricia meus ombros antes de se virar e pegar na mão de minha mãe, passando por mim.

Eu os observo até ver Kyle numa outra extremidade e assim andar até ele, o mesmo desvia a atenção para mim e encerra o que dizia com um soldado.

- E sobre os corpos das garotas? - Pergunto, tentando transparecer neutralidade.

- Fizemos o que mandou. O nome da outra garota era Nadine, ela também era comissária de bordo. Pelo visto, Anna e Nadine estavam saindo do avião quando foram capturadas. Estamos procurando pelas câmeras de segurança e por testemunhas oculares.

- Continue procurando. Sabe me dizer se isso ocorreu ainda hoje?

- A perícia ainda está averiguando, mas eu acredito que não. O cheiro que estava, e também pela mãe da Anna dizer que ela havia ligado para a filha semana passada, e a Anna avisou que ía estar em casa segunda.

- E hoje é quinta - Murmuro. Suspiro, fechando brevemente os olhos. - Você ouviu as novas leis que estipulei?

- Sim, ouvi por cima. E concordo. Creio que meu pai vai querer conversar sobre isso, mas vai concordar também.

- São tempos difíceis - Falei, e ele concordou. - Agora tenho que ir, tenho muita coisas para fazer ainda.

- Mais tarde passo no escritório - Falou e assim eu me despeço e ele faz uma reverência antes de seguir para a direção oposta da minha.

Ao descer para a biblioteca, ma surpreendo ao encontrar Lindsay ali. Ela estava sentada sobre a mesa, mexendo as pernas nuas, enquanto lia algum livro. Eu fechei as portas imediatamente, seguindo até a garota. Olho brevemente para a capa do livro, percebi que era um livro de romance a qual eu não havia conseguido terminar de ler.

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